• Tidak ada hasil yang ditemukan

HYDATID CYST IN THE CERVICAL SPINAL CORD COMPLICATED BY POTENTIALLY LIFE-THREATENING DIFFICULT AIRWAY: A CASE REPORT

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2024

Membagikan "HYDATID CYST IN THE CERVICAL SPINAL CORD COMPLICATED BY POTENTIALLY LIFE-THREATENING DIFFICULT AIRWAY: A CASE REPORT"

Copied!
3
0
0

Teks penuh

(1)

RevBrasAnestesiol.2020;70(5):553---555

RELATOS DE CASO

Cisto hidático na medula cervical complicada por via aérea difícil com potencial risco de vida: relato de caso

Dmitriy Viderman

a,c,∗

, Aisa Nurpeisov

b

, Omirzhan Balabayev

b

, Yermek Urunbayev

c

, Guilherme de Almeida

d

e Federico Bilotta

d

aNazarbayevUniversitySchoolofMedicine(NUSOM),DepartmentofBiomedicalSciences,Astana,Cazaquistão

bNationalNeurosurgeryCenter,DepartmentofAnesthesiologyandCriticalCare,Astana,Cazaquistão

cNationalNeurosurgeryCenter,DepartmentofSpinalNeurosurgery,Astana,Cazaquistão

dUniversityLaSapienza,DepartmentofAnaesthesiaandIntensiveCare,Roma,Itália

Recebidoem6dejulhode2019;aceitoem1deagostode2020 DisponívelnaInternetem11desetembrode2020

PALAVRAS-CHAVE Manuseiodasvias aéreas;

Intubac¸ão intratraqueal;

Obstruc¸ãodasvias respiratórias;

Equinococose

Resumo Ocistohidático naregião cervicaléuma condic¸ãoextremamenterara quepode criar desafios paraosanestesiologistas. Oreconhecimentooportuno dasviasaéreasdifíceis eapreparac¸ãodoplanodemanejosãocruciaisparaevitarcomplicac¸õescomriscodevida, comodanoscerebraishipóxicos.Descrevemosumcasodedifícilcontroledasviasaéreasem um pacientecomcistohidáticocervicalmacic¸o.Utilizamos sedac¸ãocomcetamina-propofol embaixadoseespraydelidocaínaparaanestesialocalorofaríngea.Relaxantesmuscularesnão foramutilizadosearespirac¸ãoespontâneafoimantidaduranteaintubac¸ão.Oreconhecimento, aavaliac¸ãoeoplanejamentoperioperatóriosãoessenciaisparaomanejodifícildasviasaéreas empacientescomcistohidáticocervical.

©2020SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´eum artigo OpenAccess sobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/by- nc-nd/4.0/).

KEYWORDS Airwaymanagement;

Intratracheal intubation;

Airwayobstruction;

Cysticechinococcosis

Hydatidcystinthecervicalspinalcordcomplicatedbypotentiallylife-threatening difficultairway:acasereport

Abstract Hydatidcystinthecervicalregionisanextremelyrare conditionthatcancreate challengesforanesthesiologists.Timelyrecognitionofdifficultairwayandpreparingthemana- gementplaniscrucialtoavoidlife-threateningcomplicationssuchashypoxicbraindamage.We describeacaseofdifficultairwaymanagementinapatientwithmassivecervicalhydatidcyst.

We usedalow-doseketamine-propofolsedationandlidocainesprayfor localoropharyngeal anesthesia. Muscular relaxants were not used, and spontaneous breathing was maintained

Autorparacorrespondência.

E-mail:[email protected](D.Viderman).

https://doi.org/10.1016/j.bjan.2020.08.004

©2020SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´eumartigo OpenAccesssobumalicenc¸a CC BY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

(2)

554 D.Vidermanetal.

duringintubation.Recognition,assessment,andperioperativeplanningareessentialfordiffi- cultairwaymanagementinpatientswithcervicalhydatidcyst.

©2020SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Thisisan openaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense(http://creativecommons.org/licenses/by- nc-nd/4.0/).

Introduc ¸ão

Adoenc¸ahidáticaéumainfecc¸ãocausadapeloEchinococcus granulosus,queéprevalenteprincipalmentenaAméricado Sul,SuldaÁsiaOriental,NovaZelândia, AustráliaeMédio Oriente.1 Cistos hidáticos na medula ocorrem em 1% de todosos casos e são maisfrequentemente localizados na porc¸ão dorsal.2 Nos estágios iniciais, a doenc¸a hidática é geralmenteassintomáticaeodiagnósticodefinitivoéreal- izadopormétodosdeimagem,taiscomoultrassonografia, TomografiaComputadorizada (TC),Ressonância Magnética (RM) e imunodiagnóstico.3 A localizac¸ão cervical do cisto hidáticopodeserumdesafioparaneurocirurgiõeseaneste- siologistas.Omanejoinadequadodasviasaéreaspodelevar aconsequênciasperigosas,potencialmenteletais.Orecon- hecimento oportuno de vias aéreas difíceis e preparo do planodemanejosãocruciaisparaevitarcomplicac¸õescom riscodevida,comolesãocerebralhipóxicaeóbito.Oobje- tivodesterelatodecasoéapresentarnossospontosdevista emrelac¸ãoao manejode umpaciente com cistohidático gigantenamedulacervicalcomobstruc¸ãodasviasaéreas, pelaperspectivadaanestesiologia.

Relato de caso

Umpaciente dosexomasculino com25 anosde idadefoi admitidoao departamentodeneurocirurgia demedula do NationalNeurosurgeryCenter,com históriarecorrentede cistohidáticonaregiãocervical.Haviasidointernadopre- viamenteem nosso hospitaltrês anos antespara retirada decisto hidático nonível deC3-C4-C5, ressecc¸ão decor- posvertebraisdeC3-C4-C5eespondilodeseC2-C6.Adoenc¸a recorreuem umperíododetrês anose levou aobstruc¸ão gravedas viasaéreas. Naadmissão,a RM mostroucresci- mentoprogressivodocistohidáticonaregiãocervicalcom crescimento para a região paravertebral, compressão da medula,mielomalácianoníveldeC3-C4(fig.1).

No exame pré-anestésico de rotina, não conseguiu a extensãodopescoc¸odevidoàespondilodeseeclassificac¸ão deMallampati modificadagrau IV. A faringeestava quase completamente obstruída pela parede faríngea posterior pelo crescimento do cisto hidático. O paciente estava ligeiramente agitado, mais provavelmente em func¸ão da leve hipóxia e hipercapnia. O SpO2 era 89%−92%−94% e pO2, 81mmHg; enquanto recebia 3 litros de oxigênio por minutoviacânulanasal,opCO2semantevea48mm.Hg,a pressãoarterialnãoinvasivaa140/90mm.Hgepulsode88 batimentosporminuto.Opacientefoiencaminhadocomo emergencialàsaladecirurgia.

Na sala de cirurgia, realizamos monitoramento anestésicopadrão, incluindo monitoramentode saturac¸ão periférica de hemoglobina, pulso, ECG, pressão arterial não invasiva e temperatura. Após cateterizac¸ão de veia

Figura1 CortesagittaldeRMcervicaldecabec¸aepescoc¸o mostrandocrescimento progressivodecistohidático(flecha), compressãodamedulacervical,esôfagoeviasaéreas(traqueia, laringe,faringe).

periféricacomcânulaintravenosa18G,comec¸amosinfusão de soro fisiológico padrão. Com a previsão de intubac¸ão difícil,convidamosumendoscopistaetrouxemosocarrinho e material de via aérea difícil para estabelecimento da via cirúrgica. Não conseguimos realizar a endoscopia pré-operatória devias aéreas (como métodoavanc¸adode avaliac¸ão de vias aéreas) porque foi impossível passar o endoscópio pelas áreas comprimidas dafaringe, laringee traqueia. Como o paciente estava agitado e não inteira- mente cooperante, nãoconsideramos intubac¸ão acordada sob bloqueio regional e decidimos realizar intubac¸ão traquealsobsedac¸ãomínimaamoderadaeanestesiatópica daorofaríngeemrespirac¸ãoespontânea.

Usamosaseguintetécnicadeintubac¸ão:pré-oxigenac¸ão conscientecom100%deoxigêniopor6minutos,seguidapor sedac¸ãomínima,que incluiuadministrac¸ãointravenosade 0,5mg.kg-1 depropofolparasedac¸ão edosesub-hipnótica decetamina(0,7mg.kg-1)paraanalgesia,lidocaínaspraya 10%paraanestesiatópicadaorofaringe,sembloqueadores musculares;arespirac¸ãoespontâneafoiconservada.Antes dalaringoscopia,usou-se lidocaína spraya10% nafaringe para anestesia local da orofaringe. Após laringoscopia direta,obroncoscópiodefibraóticafoiinseridonatraqueia e o tubo endotraqueal foi guiado sob controle visual. O localcorretofoiconfirmadoporvisualizac¸ãoporfibraótica, etCO2, ausculta bilateral dos pulmões. Este método nos permitiu conservar o oxigênio alto, minimizar o risco de depressãorespiratóriaeencurtarotempodeinduc¸ãopara intubac¸ão, enquanto se realizava analgesia adequada. A

(3)

Cistohidáticonamedulacervicalcomviaaéreadifícilepotencialriscodevida 555 saturac¸ãoarterialnãocaiuabaixode90%duranteoperíodo

de induc¸ão e intubac¸ão.A cirurgia duroutrês horas e foi finalizadacomsucesso.Apósacirurgia,opacientefoitrans- feridoparaaunidadedeRecuperac¸ãoPós-Anestésica(RPA) eextubadosemintercorrênciasapóscompletarecuperac¸ão daanestesia.

Discussão e conclusão

O preparo para via aérea difícil deve incluir equipa- mentoparaomanejodeviasaéreasdifíceis,informandoe incluindoprofissionaisexperientesemmanejodeviaaérea difícil,pré-oxigenac¸ãocomoxigênioa100%,eadministrac¸ão deoxigêniodurantemanejodasviasaéreas.4Cistoshidáti- coscervicaispodemserreconhecidoscomocausapotencial de via aérea difícil. Como tais pacientes podem chegar com obstruc¸ão de vias aéreas, pode ser impossível usar algumas opc¸ões de manejo de via aérea difícil, como a máscaralaríngea.A estratégiapara via aérea difícildeve ser planejada antes. A escolha de hipnóticos, sua dose e a profundidade da sedac¸ão podem ter um papel crucial e até espelhar umerro mínimo que pode levar a conse- quênciastrágicas.Nossopacienteapresentavaváriosfatores derisco paravia aérea difícil.Primeiro,foiinternado em estágioavanc¸adode doenc¸a,com estreitamento graveda faringe, laringe e traqueia que levou a dificuldades na respirac¸ão. Poderia resultar em insuficência respiratória gravemesmo se tivessesido internado vários diasdepois.

Segundo,comohaviasidosubmetidoaespondilodesecervi- calrecentemente,nãohaviaflexãoouextensãodopescoc¸o, causandodificuldadesadicionaisnomanejodasviasaéreas.

Antes da cirurgia, o paciente ficou agitado e foi díficil manter sua cooperac¸ão, portanto, não usamos aneste- sia regional para intubac¸ão acordada. Decidimos realizar intubac¸ão comrespirac¸ão espontânea.Fracionamos lenta- menteumacombinac¸ãodedosesubhipnóticadecetamina (0,7mg.kg-1)epropofol(0,5mg.kg-1).Osprayingmacic¸oda áreaorofaríngeacomlidocaínapareceupropiciaranestesia tópicasuplementar.Opacientefoisedadoadequadamente, e a respirac¸ão espontânea, conservada. Uma alternativa para dose baixa de cetamina e propofol poderia ser dexmedetomedina,quetemsidousadapara‘‘induc¸ãocon- sciente’’ embora só haja poucos casos publicados até o presente.5

Emboraométodoqueusamostenhasidobemsucedido, os seguintes métodos também poderiam ser considerados

nessasituac¸ão:1)Sedac¸ãoconscientecomdexmedetome- dina+anestesia regionaleanestesia tópicadaorofaringe comspraydelidocaína seguido deintubac¸ão orotraqueal;

2) Estabelecimento de via aérea cirúrgica sob anestesia regionalcomauxíliodocirurgiãootorrino.Entretanto,como aanatomiacervicaldonossopacienteeradistorcida(dev- idoaocistohidático),aviaaéreacirúrgicatambémpoderia serdifícildeestabelecer.Emboranãopossamosdepender doresultadodeumúnico caso,acreditamosquepossaser útilparaapráticadosanestesiologistas.

Concluindo,estecasoenfatizaomanejodeviaaéreadifí- cilemumpacientecomcisto hidáticonamedulacervical.

Cistohidáticonamedulacervicalpodelevaracomplicac¸ões comameac¸aàvida,eamaistemidaéaobstruc¸ãocausando via aérea difícil. O reconhecimento, avaliac¸ão e planeja- mentopré-operatório domanejo devias aéreas difíceis é essencialparaotratamentocirúrgicodocistohidáticocer- vical.

Conflitos de interesse

D. Viderman, A. Nurpeisov, O. Balabayev, Y. Urumbayev, G.de Almeida, F.Bilotta declaram nãopossuir interesses conflitantes.Este artigo não contém nenhum estudo com participanteshumanosouanimaisrealizadopor quaisquer dosautores.Foiobtidoconsentimentoinformadoporescrito do responsável pelo paciente para as imagens ou outras informac¸õesdomanuscritoqueidentificampacientespara apublicac¸ãodesterelatodecaso.

Referências

1.JarbouiS,HlelA,DaghfousA,etal.Unusuallocationofprimary hydatidcyst:softtissuemassinthesupraclavicularregionofthe neck.CaseRepMed.2012.

2.PamirMN,AkalanN,ÖzgenT,etal.Spinalhydatidcysts.Surg Neurol.1984;21:53---7.

3.Zhang W, McManus DP. Recent advances in the immunology anddiagnosis ofechinococcosis. FEMSImmunolMedMicrobiol.

2006;47:24---41.

4.ApfelbaumJL,HagbergCA,CaplanRA,etal.Practiceguidelines formanagementofthedifficultairwayanupdatedreportbythe AmericanSocietyofAnesthesiologiststaskforceonmanagement ofthedifficultairway.Anesthesiology.2013;118:251---70.

5.BergeseSD,KhabiriB,RobertsWD,etal.Dexmedetomidinefor conscioussedationindifficultawakefiberopticintubationcases.

JClinAnesth.2007;19:141---4.

Referensi

Dokumen terkait