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Final Book I Portuguese August 2005

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(1)

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE

TIMOR-LESTE

Orçamento Geral do Estado

2005-06

Documento Orçamental N° 1

(2)

ÍNDICE

CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL...21

PLANEAMENTO &COORDENAÇÃO DE ASSISTÊNCIA EXTERNA...21

Tendências na Assistência Externa ... 23

Caixa 4.1 Metodologia e Pressupostos ... 31

Riscos... 34

RECEITAS NÃO PETROLÍFERAS...35

RECEITAS DAS AGÊNCIAS AUTÓNOMAS...38

PARTE 5–FUNDO PETROLÍFERO... 39

INFORMAÇÕES DE FUNDO E CONSULTAS...39

PRINCIPAIS PRINCÍPIOS DE CONCEPÇÃO...39

PRINCIPAIS ASPECTOS DO FUNDO PETROLÍFERO...40

Gabinete do Primeiro-Ministro e Presidência do Conselho de Ministros... 70

Ministério de Defesa ... 75

Secretário de Estado do Conselho de Ministros ... 79

MINISTÉRIO DE ADMINISTRAÇÃO ESTATAL...81

Ministério do Interior (Excluíndo A PNTL) ... 87

Policia Nacional de Timor-Leste (PNTL) ... 91

Ministério de Desenvolvimento... 96

Ministério de Justiça ... 100

Ministério de Agricultura, Florestas e Pescas ... 106

Ministério de Educação e Cultura... 114

Ministério de Saúde ... 121

Ministério do Trabalho e Reinserção Comunitária ... 126

Ministério de Negócios Estrangeiros e Cooperação ... 131

Ministério de Plano e das FIinanças... 135

Ministério de Transportes e Comunicações ... 143

Ministério de Obras Públicas ... 148

Ministério de Recursos Naturais, Minerais e Política Energética ... 152

(3)

Tribunais... 159

Autoridade Bancaria e de Pagamentos... 162

Serviço Públic de Radiodifusão de Timor-Leste ... 164

Provedor dos Direitos Humanos... 168

Agência Autónoma - Serviço de Electricidade de Timor-Leste... 171

Outras Agências Autónomas ... 173

PARTE 7–DECLARAÇÃO DOS RISCOS... 175

RISCOS OÇAMENTAIS CHAVES –RECEITAS...175

Fundo Petrolífero ... 175

Mar de Timor ... 175

Contribuições dos Doadores ... 176

Riscos Gerais ... 176

RISCOS OÇAMENTAIS CHAVES –DESPESAS...176

UNMISET e Avaliações da ONU ... 177

Alterações nos Preços do Combustível... 177

Futuros Processos Eleitorais ... 177

Necessidades de capital para a Defesa e para a Polícia... 177

Subsídio do FCTL para a Electricidade de Timor-Leste ... 178

Execução orçamental ... 178

ANEXO 1ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO (EXCLUÍNDO AGÊNCIAS AUTÓNOMAS)($000)...179

ANEXO 2ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO (INCLUÍNDO AGÊNCIAS AUTÓNOMAS)($000) ...180

ANEXO 3ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO DOTAÇÕES DE 2005-06E E ESTIMATIVAS PARA 2006-07 ATÉ 2008-09 POR PROGRAMA ($000)...181

ANEXO4MAPADASDOTAÇÕESDOORÇAMENTOGERALDOESTADO($000)...220

ANEXO 5 PLANO DE CAPITAL E DESENVOLVIMENTO PARA TIMOR-LESTE 2005-06 ATE 2008-09 ...236

ANEXO 6PERFIL DE FUNCIONÁRIOS...242

TOTAL STAFFING 2005-2006 ...252

(4)

TABELAS E GRÁFICOS

TABELA 1.1ORÇAMENTO DE FONTES COMBINADAS NÃO PETROLÍFERO DE 2004-05 A 2008-09($M) ...6

TABELA 1.2SALDOS ESTIMADOS DO PTP/ E PROPOSTO FUNDO PETROLÍFERO DE TIMOR-LESTE 2004-05 A 2008-09($M)...6

TABELA 1.3POUPANÇAS ESTIMADAS DE TIMOR-LESTE 2004-05 A 2008-09($M)...6

GRÁFICO 1.1MOVIMENTOS NO PREÇO DE PETRÓLEO E SUPOSIÇÕES 1986–2011 ...7

TABELA 1.4SALDO FISCAL DE TODO O ESTADO SEGUNDO CENÁRIOS DE PREÇOS PETROLÍFEROS BASE,ALTOS E BAIXOS...7

TABELA 1.5ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO 2004-05 A 2008-09($M)...8

GRÁFICO 1.2RECEITAS PETROLÍFERAS E DESPESAS SUSTENTÁVEIS DAS RECEITAS PETROLÍFERAS...11

TABELA 1.6ORÇAMENTO DE FONTES COMBINADAS 2004-05 TO 2008-09($M) ...15

TABELA 1.7ORÇAMENTO DE FONTES COMBINADAS 2004-05 TO 2008-09(% DE PIB) ...16

TABELA 2.1TENDÊNCIAS NA ASSISTÊNCIA A TIMOR-LESTE ($M) ...23

TABELA 3.1PRINCIPAIS COMPONENTES DO PIB($M)...24

TABELA 3.2TAXAS DE CRESCIMENTO E CONTRIBUIÇÕES PARA O CRESCIMENTO DO PIB(%)2001-2003 ...25

TABELA 3.3TAXAS DE CRESCIMENTO DE PIBREAL...28

TABELA 3.4 TAXAS DE PIBNOMINAL 1999-00 A 2008-09...28

GRÁFICO 3.1DESPESA PELOS AGENTES DE MANUTENÇÃO DA PAZ DA ONU,OUTRA ASSISTÊNCIA INTERNACIONAL E ORÇAMENTO DE ESTADO E PIBNÃO PETROLÍFERO. ...28

TABELA 4.1 TOTAL ESTIMADO DAS RECEITAS DE TIMOR-LESTE ($M)...30

TABELA 4.2PRESSUPOSTOS DOS PREÇOS MUNDIAIS DO PETRÓLEO ($ POR BARRIL) ...31

TABELA 4.3 ESTIMATIVA DAS RECEITAS PETROLÍFERAS ($M) ...32

GRÁFICO 4.1ALTERAÇÕES NOS PREÇOS MUNDIAIS DO PETRÓLEO – BASE WTI($ POR BARRIL)...33

GRÁFICO 4.2RECEITAS PETROLÍFERAS DE TIMOR-LESTE ENTRE 2004-05 E 2022-23...34

TABELA 4.4CENÁRIOS PARA AS RECEITAS DO MAR DE TIMOR...34

TABELA 4.5RECEITAS NÃO PETROLÍFERAS ($M)...35

TABELA 4.6TAXAS,PAGAMENTOS DE UTILIZAÇÃO E OUTRAS RECEITAS ($M) ...36

TABELA 4.7RECEITAS DAS AGÊNCIAS AUTÓNOMAS ($M) ...38

DIAGRAMA 5.1PREVISÃO DE COMO O FUNDO PETROLÍFERO DE TIMOR-LESTE DEVERÁ FUNCIONAR...42

TABELA 5.1OFUNDO PETROLÍFERO...43

GRÁFICO 5.1RECEITAS PETROLÍFERAS E DESPESAS SUSTENTÁVEIS DAS RECEITAS PETROLÍFERAS...44

DIAGRAMA 5.2CÁLCULO DOS RENDIMENTOS SUSTENTÁVEIS DAS RECEITAS PETROLÍFERAS...45

TABELA 5.2RECEITAS PETROLÍFERAS DESCONTADAS...47

TABELA 6.1ORÇAMENTO DE FONTES COMBINADAS 2005-06 ...49

TABELA 6.2AGRUPAMENTO DE MINISTÉRIOS DENTRO DOS SECTORES DO PDN/PIS ...50

TABELA 6.3TOTAL DAS AFECTAÇÕES DO ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO 2005-06 ...53

TABELA 6.4PRINCIPAIS MEDIDAS DO ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO 2005-06 A 2008-09...54

TABELA 6.5OORÇAMENTO GERAL DO ESTADO (ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA)VALORES AGREGADOS...57

TABELAS 6.6REALIZAÇÕES CONTRA ALVOS DO PAT2005-06 ATÉ 2008-09(%) ...61

TABELA 6.7TOTAL DOS FUNCIONÁRIOS 2005-06 ...63

TABELA 6.8QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA ($000) ...64

TABELA 6.9VISTA GERAL DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS PARLAMENTO NACIONAL ($000)...66

TABELA 6.10VISTA GERAL DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO E PRESIDÊNCIA DO CDM ($000)...70

TABELA 6.11QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS MINISTRO DA DEFESA ($000)...75

TABELA 6.12QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS DO SECRETÁRIO DE ESTADO DO CONSELHO DE MINISTROS ($000) ...79

TABELA 6.13QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS DO MINISTÉRIO DE ADMINISTRAÇÃO ESTATAL ($000)...81

TABELA 6.14QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS DO MINISTÉRIO DO INTERIOR (EXCL PNTL)($000) ...87

TABELA 6.17QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS DA PNTL($000) ...91

(5)

TABELA 6.19QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS DO MINISTÉRIO DE JUSTIÇA ($000)...100

TABELA 6.20QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS DO MINISTÉRIO DE AGRICULTURA,FLORESTAS E PESCAS ($000) ...106

TABELA 6.21QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS DO MINISTÉRIO DE EDUCAÇÃO E CULTURA ($000) ...114

TABELA 6.22QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS DO MINISTÉRIO DE SAÚDE ($000)...121

TABELA 6.23QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO E REINSERAÇÃO COMUNITÁRIA ($000)...126

TABELA 6.24QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS DO MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS E COOPERAÇÃO ($000)...131

TABELA 6.25QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS DO MINISTÉRIO DO PLANO E DAS FINANÇAS ($000)...135

TABELA 6.26QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS DO MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES ($000) EXCLUÍNDO AGÊNCIAS AUTONOMAS...143

TABELA 6.27QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS DO MINISTÉRIO OBRAS PÚBLICAS ($000) ...148

TABELA 6.28QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS DO MINISTÉRIO DE RECURSOS NATURAIS,MINERAIS E POLÍTICA ENERGÉTICA ($000)EXCLUÍNDO AGÊNCIAS AUTONOMAS...152

TABELA 6.29QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS DO SECRETÁRIO DE JUVENTUDE E DESPORTO ($000) ...156

TABELA 6.30QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS DOS TRIBUNAIS ($000) ...159

TABELA 6.31QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS DA AUTORIDADE BANCÁRIA E DE PAGAMENTOS ($000) ...162

TABELA 6.32QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS DO SERVIÇO PÚBLICO DE RADIODIFUSÃO DE TIMOR-LESTE ($000) ...164

TABELA 6.33QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS DO PROVEDOR DOS DIREITOS HUMANOS ($000)...168

TABELA 6.34QUADRO DE FINANCIAMENTO CONSOLIDADO E FUNCIONÁRIOS DO SERVIÇO DE ELECTRICIDADE DE TIMOR-LESTE ($000) ...171

(6)

PARTE 1 – PANORAMA

Até à data, Timor-Leste conseguiu resultados mistos na implementação do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN). Há dois grandes desafios fiscais a que Timor-Leste tem de dar resposta para que seja possível concretizar estas políticas do PDN. Em primeiro lugar, as políticas e programas de Governo articulados nos Programas de Investimento Sectorial(PIS) devem ser financiados e implementados. Em segundo lugar, o Governo deve orçamentar níveis de despesa maiores ainda mais sustentáveis a partir das suas próprias receitas, bem como aumentar de forma significativa o seu nível de execução das despesas orçamentadas. Os Parceiros de Desenvolvimento podem assistir a suplantar desafios através da contribuição continuada para os programas do PIS, da prestação de assistência técnica e de capacitação e da contribuição para a assistência ao programa de apoio à consolidação.

Este Panorama descreve questões em termos de: Orçamento de Fontes Combinadas; Orçamento Geral do Estado; execução orçamental; política de poupanças e Fundo Petrolífero; mais trabalho para desenvolver os PIS; definir o Programa de Apoio à Consolidação (PAC) e adequar as políticas para elevar o crescimento económico. Temos como conclusão, e como um componente do PIB, uma tabela que mostra a posição fiscal consolidada para Timor-Leste.

ORÇAMENTO DE FONTES COMBINADAS

O Orçamento de Fontes Combinadas de 2005-06 mostra uma lacuna de financiamento ao longo dos próximos quatro anos. Isto acontece uma vez que o total estimado das despesas nos PIS é superior ao total dos recursos financeiros disponíveis a partir dos níveis do Orçamento do Estado sustentável esperados e aos compromissos de despesa feitos presentemente pelos Parceiros de Desenvolvimento. A superação deste défice de financiamento é o primeiro grande desafio fiscal para Timor-Leste e para os seus Parceiros de Desenvolvimento.

Os PIS prevêem que serão necessários cerca de $988m de despesas, ou aproximadamente $247m por anos, ao longo dos próximos quatro anos, por forma a melhor implementar e atingir os objectivos definidos no PDN e os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio para Timor-Leste. Esta estimativa é o resultado de uma análise ampla das necessidades de desenvolvimento de Timor-Leste, de uma contribuição financeira razoável dos Parceiros de Desenvolvimento e da capacidade dos projectos de desenvolvimento serem implementados e executados. Um nível de despesas mais baixo irá comprometer a estratégia de redução da pobreza traçada pelo Governo e levar a taxas mais baixas de desenvolvimento económico e social em Timor-Leste.

O Governo está determinado a gerir os seus próprios recursos de modo sensato e a evitar a “maldição dos recursos” que se abateu sobre tantos outros países em vias de desenvolvimento e ricos em recursos. Deste modo, Timor-Leste irá gastar a um nível sustentável e poupar as receitas restantes através do Fundo Petrolífero, respeitando assim o princípio de justiça geracional na utilização dos recursos provenientes de fontes não renováveis.

Embora o panorama da indústria petrolífera contenha sempre riscos, os elevados preços de petróleo nos mercados mundiais (tanto actuais como previstos para o futuro) e o desenvolvimento bem sucedido do projecto do Bayu Undan levaram a fortes receitas orçamentais actuais e estimadas para o futuro. Timor-Leste irá seguir uma forte política de poupanças usando o seu Fundo Petrolífero para: construir poupanças significativas a partir das receitas petrolíferas como um mecanismo de investimento para a conservcão do valor dos recursos, obtenção de rendimentos e assim garantir que as gerações futuras venham a beneficiar também das actuais receitas petrolíferas.

O nível sustentado das despesas está agora estimado em mais de $138m em 2005-06, aumentando para mais de $155m em 2008-09. Deste modo o Governo irá simultaneamente seguir uma política de despesas expressiva com aumentos muito significativos nas despesas em 2005-06 e para os anos seguintes. Por exemplo, as despesas em 2005-06 aumentarão em mais de 30 porcento. A Revisão Semestral e os Orçamentos Futuros serão usados para aumentar ainda mais as despesas até à estimativa sustentável das mesmas e para monitorizar os níveis de execução. O Governo pretende que as despesas do Orçamento de Estado enquanto percentagem do total das despesas aumentem acentuadamente a partir de uma proporção relativamente pequena (menos de 40 porcento) das despesas de fontes combinadas em 2004-05 para uma maior proporção (cerca de [60] porcento) das despesas em 2008-09.

(7)

compromissos de despesas feitos pelos Parceiros de Desenvolvimento caem para níveis muito baixos durante os próximos quatro anos. Por exemplo, descem de cerca de $108m em 2004-05 para cerca de $58m em 2005-06, descendo ainda mais para cerca de $6m em 2008-09. A obtenção de compromissos de despesa por parte dos Parceiros de Desenvolvimento consistentes com as necessidades de desenvolvimento de Timor-Leste é o primeiro grande desafio para Timor-Leste e para os seus Parceiros de Desenvolvimento. O Governo incentiva os Parceiros de Desenvolvimento para que sejam capazes de trabalhar através dos Grupos Sectoriais de Trabalho por forma a comprometerem-se relativamente a programas adicionais identificados nos PIS.

A Tabela 1.1 mostra as estimativas de despesas, receitas e financiamento para o Orçamento de Fontes Combinadas Não Petrolífera de 2005-06, incluindo contribuições do Orçamento e dos Parceiros de Desenvolvimento. A Tabela 1.2 mostra o desenvolvimento estimado do fundo petrolífero.

Tabela 1.1

Orçamento de Fontes Combinadas Não Petrolífero de 2004-05 a 2008-09 ($m)

2004-05 2005-06 2006-07 2007-08 2008-90 Total 4 Anos

Decisoes Tomadas 195 180 152 141 132 604

Orçamento Geral do Estado Comprometido 87 122 120 127 125 494

Parceiros de Desenvolvimento Comprometido 108 58 32 14 6 109

Total de Despesas no PIS 197 234 259 262 233 988

Orçamento Geral do Estado 87 122 120 127 125 494

Parceiros de Desenvolvimento 110 112 139 135 108 494

Compromisso Requirido dos Parceiros de Desenvolvimento 2 54 107 121 102 385

Tabela 1.2

Saldos Estimados do PTP/ e Proposto Fundo Petrolífero de Timor-Leste 2004-05 a

2008-09 ($m)

2005-06 2006-07 2007-08 2008-09 Saldo (Princípio) 63 108 235 352 Receitas Petrolíferas 41 177 168 199 Saídas 0 59 64 68 Juros 5 9 13 19 Saldo (Fim do Ano) 108 235 352 503

Tabela 1.3

Poupanças Estimadas de Timor-Leste 2004-05 a 2008-09 ($m)

2004-05 2005-06 2006-07 2007-08 2008-09 Est Est Est Est Est Fundo Petrolifero/Primeiro Tranche Petrolifero 63 108 235 352 503

Fundo Consolidado de Timor-Leste 228 266 266 266 266

Total Saldo (Fim do Ano) 291 374 500 618 768

Como sempre, estas estimativas estão sujeitas a riscos e incertezas. As maiores incertezas dizem respeito aos elevados preços petrolíferos e a compromissos de despesa por parte dos Parceiros de Desenvolvimento no que se refere a programas Bilaterais / Multilaterais.

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Gráfico 1.1

Movimentos no Preço de Petróleo e Suposições 1986 – 2011

0

Preço do Dia e Baso Cenário Alto Cenário Baixo

A Tabela 1.3 mostra um Cenário de valores Altos, onde os preços são apenas $5 superiores aos previstos no Cenário Base, o que levará a excedentes fiscais. Contudo, mostra também um Cenário de valores Baixos, no qual os preços são apenas $10 inferiores ao cenário base e neste caso não haveria excedentes fiscais o que significa que as políticas de despesa serão insustentáveis e a estratégia fiscal do Governo terá de ser revista.

Tabela 1.4

Saldo Fiscal de Todo o Estado segundo Cenários de preços petrolíferos Base, Altos

e Baixos

2005-06 2006-07 2007-08 2008-09 4 Anos Cenário Base 86 129 120 153 488 Cenário Baixo 15 41 28 31 115 Cenário Alto 118 162 149 305 735

POSIÇÃO DO ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO

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Tabela 1.5

Orçamento Geral do Estado 2004-05 a 2008-09 ($m)

2004-05 2005-06 2006-07 2007-08 2008-09 Total

Est Est Est Est 4 Anos

Administração Pública

Receitas Total 306 205 235 232 263 935

Receitas Domésticas 33 36 39 41 44 160

Impostos Domésticas 27 27 28 29 30 114

Outras Receitas Domésticas 6 9 11 12 13 46

Receitas Petrolíferas 243 159 186 181 219 744

Impostos Petrolíferas 194 112 135 127 113 487

Direitos e Juros do Mar de Timor 49 41 42 41 86 210

Outras Receitas Petrolíferas 0 6 9 13 19 47

Apoio Directo ao Orcamento do Estado 31 10 11 11 1 32

Despesas Total 79 112 109 115 112 447

Salários 28 29 31 32 33 126

Bens e Serviços 34 47 48 47 48 190

Capital Menor 2 6 4 4 4 18

Capita de Desenvolvimento 9 24 19 24 19 86

Subsidios (aos APNF) 5 4 4 6 5 19

Capital Subsidisado pelo Governo Geral - 2 2 3 3 9

Saldo Orçamental da Administração Pública Total 228 93 126 118 150 488

Investimentos Total - 11 - - - 11

Capitalização da ABP - 11 - - - 11

Saldo Fiscal da Administração Pública 228 83 126 118 150 477

Agências Autônomas - - - - - -Receitas - - - - - -Transferencias do Governo Central 5 6 6 8 8 28

Autoridades Públicas Não financieiras 8 10 12 12 13 47

Despesas - - - - - -Autoridades Públicas Não financieiras 14 16 18 20 21 75

Saldo Fiscal Agências Autônomas - 0 - - - -

- - - - -Saldo Fiscal Todo o Estado 228 83 126 118 150 477

Está agora estimado que as receitas do Orçamento de Estado sejam muito superiores ao anteriormente previsto, conforme é abordado na Parte 4. Isto deve-se às receitas petrolíferas superiores ao previsto. As maiores receitas petrolíferas derivam dos altos preços mundiais do petróleo, os quais estão actualmente acima dos $50 por barril, após terem flutuado entre os $32 e os $56 por barril desde o início de 2004. Para lá disto, os mercados esperam agora que o preço do petróleo no futuro seja muito superior ao anteriormente previsto, sendo previsto para 2010 de cerca de $38, valor este superior aos $28 esperados há um ano.

A política do Governo é de gastar, mas gastar de forma sensata. Com receitas petrolíferas superiores ao estimado prevê-se um aumento de despesas no Orçamento Geral de Estado de 2005-06. Por exemplo, aumentarão de $77.8m em 2004-05 para $106.4m em 2005-06, o que representa um aumento de mais de 35%. O Governo planeia rever e actualizar as suas decisões de despesas na Revisão Semestral e nos Orçamentos futuros, com vista a aumentar as despesas a médio prazo até ao seu nível sustentável, o qual está presentemente estimado nos $157m em 2008-09.

Grande parte deste aumento nas despesas se destina a assegurar responsabilidades essenciais e continuadas do sector público anteriormente financiadas por Parceiros de Desenvolvimento ou que tenham sido identificadas através do exercício de PIS. Foram dados pequenos passos rumo a este objectivo em 2004 05, com várias actividades e contribuições a serem transportadas para o Orçamento de Estado, tais como:

(10)

• Ministério da Agricultura, Florestas e Pescas – estabelecimento de um regime de pescas no mar e de emissão de licenças, aumento dos serviços de investigação agrícola e criação de uma rede nacional para melhor servir as regiões;

• Ministério da Defesa – assumir contratos externos de apoio à logística;

• Melhoria dos sistemas de partilha de tecnologias de comunicação e informação do Governo;

• Implementação do bilhete de identidade para os cidadãos timorenses; • Administração das novas leis de investimento;

• Resposta às maiores exigências em termos de financiamento para a Educação e Saúde devido ao aumento da população e da participação.

A Parte 6 contém mais informações sobre despesas.

EXECUÇÃO DE DESPESAS NO ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO

Embora o Governo deseje aumentar a prestação de serviços e reduzir a pobreza através de despesas do Orçamento de Estado tão rápido quanto possível, e estando as despesas ainda abaixo do seu nível sustentável estimado, existem outras restrições que limitam o aumento nas despesas em 2005-06. Leva tempo a desenvolver planos de despesa que justifiquem o dinheiro gasto e que sejam possíveis de executar. Um aspecto importante a ter em conta é que os níveis de execução das despesas em 2004-05 continuam a ser inferiores ao desejado, o que sugere que um bom planeamento de mais despesas é essencial para que se consigam bons resultados.

A maior restrição actual ao crescimento das despesas prende-se com a capacidade da função pública para executar projectos e implementar programas. Durante o último ano foi dada muita atenção a esta questão. Uma melhor execução Orçamental irá requerer uma mistura de respostas, incluindo: alteração estrutural; revisão e reforma de processos; e melhor entendimento do sistema de aprovisionamento por todas as partes. A necessidade de aumentar os níveis de execução é partilhado pelo Governo e pelos Parceiros de Desenvolvimento. Algumas medidas já foram tomadas e outras deverão ser tomadas por forma a que a execução orçamental em 2005-06 seja mais alta do que no corrente ano fiscal. Entre essas medidas contam-se as seguintes:

• Os PIS desenvolveram programas de despesa com o objectivo de atingir as metas estabelecidas no PDN e os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio. O trabalho na refinação e implementação destes programas de PIS será realizado pelo Governo e Parceiros de Desenvolvimento através dos Grupos Sectoriais de Trabalho.

• Alterações à estrutura do Governo tais como o realinhamento de Ministérios e a nomeação de novas Secretarias de Estado como resposta directa a esta questão. • No último ano o Primeiro-Ministro estabeleceu e supervisionou uma comissão com

o intuito de examinar e monitorizar a execução orçamental por parte de ministérios operacionais.

• Finalizar as revisões dos processos de aprovisionamento no Ministério do Plano e das Finanças (MPF) para, entre outros, considerar um aumento do nível de compras feitas directamente pelos ministérios operacionais sem precisarem de recorrer aos processos de aprovação central administrados pelo MPF. Estão também a ser consideradas várias questões com impacto na administração das despesas do Orçamento de Estado nos distritos.

• É necessário mais trabalho para que os funcionários sejam informados e instruídos sobre o processo de aprovisionamento e do modo como trabalhar dentro deste. • Seguindo o exemplo do Ministério da Saúde, os Ministérios da Educação, Cultura,

(11)
(12)

POLÍTICA DE POUPANÇAS E FUNDO PETROLÍFERO

Muitos países em vias de desenvolvimento ricos em recursos sofreram a “maldição dos recursos”. Um erro que estes países fizeram foi gastar todas as suas receitas à medida que estas chegavam, ficando sem poupanças para o futuro e com níveis de despesas a flutuarem de acordo com os preços dos produtos.

O Governo está determinado a evitar a repetição dos erros de outros países ricos em recursos. Ao invés disso, adoptou uma política de poupanças e está a criar um Fundo Petrolífero para conter e gerir as suas poupanças provenientes das receitas petrolíferas.

A chave para a política de poupanças de Timor-Leste é que as despesas concretas se deverão ajustar a médio prazo de acordo com o nível de despesas sustentáveis. Este nível sustentável é baseado nas estimativas de receitas petrolíferas actuais e futuras. É o nível de despesas que pode ser sustentado de forma indefinida, incluindo aumentos com a inflação. O gráfico 1.2 compara as receitas petrolíferas excluindo juros, com o nível de despesas sustentável de receitas petrolíferas.

Gráfico 1.2

Receitas Petrolíferas e Despesas Sustentáveis das Receitas Petrolíferas

0 100 200 300 400 500 600

04-05 06-07 08-09 10-11 12-13 14-15 16-17 18-19 20-21 22-23 24-25

Dinheiro Sustentavel

O Fundo Petrolífero acumulará grandes níveis de poupanças provenientes das receitas petrolíferas. Funcionará também como uma almofada para financiamento de despesas caso haja alguma quebra temporária nas receitas petrolíferas. Desta forma, os levantamentos do Fundo Petrolífero podem financiar níveis de despesa estáveis e sustentáveis, ainda que as receitas petrolíferas possam flutuar de modo considerável.

A política de poupanças do Governo tem as seguintes vantagens:

• O Fundo Petrolífero deve acumular níveis de poupanças significativos para benefício também das gerações futuras de timorenses.

• As poupanças do Fundo Petrolífero devem gerar juros significativos, mesmo após o término das receitas petrolíferas.

• Flutuações temporárias nos preços mundiais do petróleo terão pouco impacto nas despesas, uma vez que serão as poupanças a flutuar.

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O Governo está a estabelecer um Fundo Petrolífero com vista a iniciar as suas operações em 1 de Julho de 2005. Com início em Novembro de 2004, foram feitas amplas consultas públicas em Díli e em todas as sedes dos restantes Distritos e através do “site” do Governo sobre a política para o estabelecimento do Fundo de Petróleo. Já em 2005 a proposta de lei que estabelece o Fundo Petrolífero foi divulgada no “site” do governo para recolha de comentários e sugestões e sobre a mesma proposta foi feita consulta pública directa em Díli. Esta proposta já foi aprovada pelo Conselho de Ministros.

A concepção do Fundo Petrolífero e a proposta de Lei correspondente assentam nos seguintes princípios fundamentais:

• O Fundo Petrolífero será uma ferramenta que contribuirá para a gestão sensata dos recursos petrolíferos de Timor-Leste, para o benefício da gerações actual e das gerações futuras.

• O Fundo Petrolífero parte das melhores práticas internacionais e reflecte as circunstâncias de Timor-Leste com aspectos adicionais de responsabilização, transparência e informação.

• O Fundo Petrolífero parte do requisito Constitucional do “estabelecimento de reservas financeiras obrigatórias”, conforme previsto no artigo 139º, e dando ao Parlamento e ao Governo os poderes que correspondem às suas competências. • O Fundo Petrolífero prevê o fortalecimento das responsabilidades, poderes e

capacidade das principais instituições do sector público, tais como o Parlamento, o Governo, nomeadamente o Ministério do Plano e das Finanças e o Banco Central, incluindo um Conselho Consultivo independente para aconselhar o Parlamento e zelar pelos seus interesses.

• O Fundo Petrolífero deve ser uma ferramenta que contribua para uma política fiscal sólida, ajudando a estabelecer o equilíbrio adequado entre os gastos actuais e o investimento em aplicações financeiras.

• O Fundo Petrolífero deve ser gerido com prudência e investido de forma segura em aplicações financeiras de baixo risco no estrangeiro.

• A gestão do Fundo Petrolífero deverá ser levada a cabo com os mais elevados padrões de transparência e responsabilização, incluindo um portal conforme aprovado pelo Primeiro-Ministro.

A Parte 5 inclui mais informações sobre os princípios subjacentes e o funcionamento do Fundo Petrolífero.

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O ponto de partida para o desenvolvimento dos PIS foram as prioridades definidas no PDN em linha com os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio e as enormes necessidades de desenvolvimento de Timor-Leste. A magnitude destas necessidades de desenvolvimento é ilustrada por muitos indicadores, incluindo o baixo nível de PIB per capita, a alta taxa de mortalidade, o alto nível de analfabetização e o baixo nível de infra-estruturas públicas.

Os PIS emergiram de uma análise ampla das políticas e programas que Timor-Leste precisa de introduzir nos próximos anos para dar resposta a esses alvos; têm em conta uma avaliação realista dos recursos financeiros disponíveis e a velocidade em que os novos projectos ou programas podem ser implementados, em face da capacidade da Função Pública.

Assim sendo, os 17 PIS individuais dão uma oportunidade para: • incidir na concretização dos alvos do PDN e ODM;

• construir e implementar planos a médio prazo para o sector público em Timor-Leste; e

• conseguir uma melhor coordenação entre Parceiros de Desenvolvimento e entre Timor-Leste e os Parceiros de Desenvolvimento.

O próximo passo diz respeito a implementar as políticas e programas nos PIS.

Estão a ser estabelecidos Grupos Sectoriais de Trabalho (GSTs) para serem um fórum no qual o Governo e os Parceiros de Desenvolvimento poderão discutir as prioridades sectoriais e desenvolver planos para executar programas e projectos acordados. Para cada categoria de sectores está a ser constituído um Grupo Sectorial de Trabalho sob a liderança da agência governamental líder no respectivo sector. Os GST serão presididos pelos principais Ministros do Governo e estão abertos a qualquer parceiro de desenvolvimento com interesse nos sectores específicos. Constituem um fórum para o Governo e Parceiros de Desenvolvimento conseguirem um entendimento comum das prioridades sectoriais e fazerem corresponder os interesses dos parceiros doadores com projectos específicos identificados como prioritários pelo Governo. Este mecanismo dá uma oportunidade de fortalecer a liderança do Governo no que se refere à mobilização dos recursos necessários para levar a cabo o programa de PIS e ao mesmo tempo garantir a coordenação das actividades dentro do sector.

Cada Grupo de Trabalho e o seu Presidente (normalmente o Ministro do ministério sectorial líder) são apoiados por um Secretariado. Este Secretariado, composto por representantes do ministério líder e de outros ministérios com relevância para o sector, do Ministério do Plano e das Finanças, e de Parceiros de Desenvolvimento que sejam doadores e estajam interessados, presta apoio organizacional e administrativo ao bom funcionamento do Grupo de Trabalho. O Governo planeia ter todos os dez GST estabelecidos e a funcionar em meados de 2005.

Os Parceiros de Desenvolvimento são convidados a:

• participarem nestes GSTs e apoiarem os respectivos secretariados; • mobilizarem recursos para os projectos de PIS; e

• ajustarem os seus projectos bilaterais e multilaterais para dar resposta às prioridades e programas do Governo, conforme delineados nos PIS.

Os PIS serão monitorizados, revistos e ajustados a cada ano, à luz das discussões, compromissos e experiência. Os Parceiros de Desenvolvimento são convidados a contribuir para esse processo. A Parte 2 contém mais informações sobre as políticas incluídas nos PIS.

PROGRAMA DE APOIO À CONSOLIDAÇÃO (PAC)

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entre o Governo e os Parceiros de Desenvolvimento, o qual incidiu nas necessidades de desenvolvimento acordadas para Timor-Leste e ajudou à melhor concretização das políticas do Governo.

Os Parceiros de Desenvolvimento são convidados a participar no PAC, o qual irá repetir esta fórmula de sucesso. Tal como o PAT, o PAC irá envolver uma revisão independente para assistir a monitorização e a avaliação, sendo a base para encontrar soluções para o problema. O foco estará em ajudar o Governo a aumentar os seus níveis de despesa ao mesmo tempo que torna a sua administração mais eficiente. Irá:

• apoiar os processos globais de planeamento e Orçamento do Governo;

• ajudar a construir capacidades nos sistemas pertencentes ao Governo;

• fortalecer a coordenação entre os Parceiros de Desenvolvimento e entre o Governo e os Parceiros de Desenvolvimento;

• promover a cobertura de questões abrangentes, tais como instituições de supervisão, géneros, transparência, etc.; e

• promover uma administração virada para os resultados a trabalhar dentro de um calendário específico.

Em face da alteração no ambiente fiscal do Orçamento Geral do Estado, mas tendo em conta a incidência extra que acompanha uma contribuição financeira, [o Governo solicita um PAC de $10m a $15m por anos] durante os próximos três anos. Isto é menos que dez porcento da contribuição total que os Parceiros de Desenvolvimento farão durante este período, mas representa uma oportunidade para os Parceiros de Desenvolvimento assistirem o Governo a gastar sensatamente as suas próprias despesas de mais de $100m por ano.

No seguimento de reuniões bem sucedidas sobre o PAC em princípios de 2005, o Governo redigiu uma matriz de acção, tendo aumentado os seus níveis de despesa em conformidade, e convida agora os Parceiros de Desenvolvimento a envolverem-se no novo novo programa - o PAC.

Políticas para aumentar o crescimento económico contractadas durante 2002 e 2003. Mais recentemente, indicadores parciais tem sido misturados e é comum que economias de actividades não baseadas em óleo começaram a aumentar novamente. O PIB não-petrolífero tem uma expectativa de crescer mais rapidamente em 2005-06 e além, sendo completado pelo aumento do Orçamento de rendimento do Estado e por um modesto aumento nos programas dos Parceiros de Desenvolvimento que seguem o PIS.

As estimativas das Contas Nacionais preliminares mostra que o PIB real de não-óleo cresceu durante 2001

O Governo tem a intenção de contratar dois forcados acessos voltados em promover o crescimento e o investimento. Isto para atingir o nível de crescimento económico requisitado para absorver o rápido crescimento da força de trabalho e melhorar a média dos níveis de rendimento.

Primeiro, a fonte principal do crescimento em um longo período estará no sector privado, com o investimento primário em agricultura commercial e actividade privada não-cultivo sendo muito importantes. O Governo irá promover isto pela criação de um ambiente legal e regulatório e pró-empreserial, responsabilizando vigorosamente esforços para promover oportunidades de investimento entre investidores domésticos e internacionais e também colocando em acção uma infra-estrutura pública que irá atrair os negócios. Está será uma grande tarefa para um novo país e pode levar alguns anos para desenvolver e completar esta agenda.

Segundo, o Governo irá dirigir-se para uma meta de gerar empregos no próximo ano e a médio prazo através do aumento da construção de actividades públicas. Uma larga escala de construções públicas estão contidas nos PIS. O propósito desta construção é fornecer a infra-estrutura necessária para entregar serviços as Metas de Desenvolvimento da Milénio e ajudar as necessidades das pessoas mais vulneráveis em Timor-Leste. Irá também fornecer a infra-estrutura pública que os negócios precisam. Em ambos os casos irá gerar empregos no sector privado, incluindo nos Distritos onde muitas destas necessidades de infra-estrutura são grandes.

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Estas estratégias governamentais irão oferecer oportunidades de empregos directas no sector privado, enquanto também construindo o nível de infra-estrutura pública requerido para ambos NDP e Metas de Desenvolvimento da Millenium e atrair negócios e intestimentos para Timor-Leste. Eles também irão envolver a criação de um atraente ambiente legal e regulatório para pró-negócios. A assisténcia dos Parceiros de Desenvolvimento é requisitada para implementar estas estratégias. Mais informação sobre o assunto está contida nos papéis do SPC, incluindo uma visão geral.

Tabela 1.6

Orçamento de Fontes Combinadas 2004-05 to 2008-09 ($m)

2004-05 2005-06 2006-07 2007-08 Total

Est Est Est Est 4 Anos

Receitas de Fontes Combinadas Total 423 273 278 258 1,092

Receitas Todo o Governo 284 205 236 234 951

Receitas Petroliferas 243 159 186 181 744

Receitas Domesticas 33 36 39 41 160

Agências Autônomas 8 10 12 12 47

Fundos de Outros Governos 139 68 42 24 141

Receitas do PAT (Apoio Directo ao Orcamento) 31 10 11 11 32

Apoio Indirecto ao Orçamento 108 58 32 14 109

Despesas Combinadas Total 197 234 259 262 988

Despesas Todo o Estado 87 122 120 127 494

Administração Pública 73 106 102 107 420

Agências Autônomas 14 16 18 20 75

Despesas Bilaterais e Multilaterais 108 58 32 14 109

Despesas Recorrentes 73 27 11 5 45

Despesas Capital 35 30 20 9 64

Actividades do PIS Não Financiados 2 54 107 121 385

Despesas Recorrentes 1 26 38 40 134

Despesas Capital 1 28 69 81 251

Outros Transacçôes Financieiras e Investimentos 228 104 126 118 498

Capitalização da ABP - 11 - - 11

Pagamentos ao Fundo Petrolífero 49 159 126 118 553

Alterações aos Reservas do FCTL 179 (65) - - (65)

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Tabela 1.7

Orçamento de Fontes Combinadas 2004-05 to 2008-09 (% de PIB)

2004-05 2005-06 2006-07 2007-08 2008-09

Est Est Est Est Est

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PARTE 2 – PRINCIPAIS DESENVOLVIMENTOS NA

NAÇÃO

No seu terceiro ano desde da restauração da independência, Timor-Leste continuou a fazer um progresso gradual mas constante na concretização de algumas das metas estabelecidas no seu Plano de Desenvolvimento Nacional, ao mesmo tempo que constatou que necessita de mais assistência para atingir outras metas. A redução da pobreza e a promoção de um crescimento económico rápido, equitativo e sustentável para a melhoria do bem-estar de toda a população timorense continuam a ser os principais objectivos do desenvolvimento do país. Durante o ano fiscal de 2004/2005, Timor-Leste continuou a desenvolver gradualmente políticas neste sentido, de modo a tentar superar os desafios de desenvolvimento muito significativos que ainda persistem, consolidando também os progressos já realizados e abordando novos desafios, à medida que entra numa fase mais avançada do seu desenvolvimento – bem para lá da fase de auxílio, reabilitação e recuperação pós conflito, entrando no desenvolvimento a médio e longo prazo.

Timor-Leste, com apoio técnico e financeiro dos seus Parceiros de Desenvolvimento, continuou os seus esforços no sentido de fortalecer as instituições democráticas e o estado de direito; prestando serviços essenciais ao povo timorense; e fortalecendo os alicerces para a geração de emprego e promoção do crescimento económico. Os progressos e desenvolvimento no país durante o AF de 2004/05 estão resumidos em baixo.

Governação

Quadro Legal: Durante 2004/05 Timor-Leste continuou a fazer progressos palpáveis no fortalecimento do seu quadro legal, tendo o Parlamento Nacional adoptado algumas legislações vitais. Estas incluíram, por exemplo, a Lei sobre o Conselho de Estado e a Lei Orgânica do Conselho Superior da Defesa e Segurança, promulgadas em 3 e 17 de Fevereiro, respectivamente. O Conselho de Ministros aprovou Leis sobre Investimentos Externos e Domésticos em 9 de Fevereiro de 2005, tendo estas sido entretanto enviadas para o Parlamento a fim de serem revistas e aprovadas. Enquanto os esforços legislativos continuam, o Governo estabeleceu também uma Comissão de cinco elementos para rever e harmonizar todas as leis relevantes, de modo a garantir a consistência entre elas.

Eleições nos Sucos: A descentralização é um meio importante de garantir a participação sustentada dos timorenses na vida política a nível local. As eleições locais para Chefes de Suco e Conselhos de Suco – as primeiras eleições realizadas desde a restauração da independência e pela primeira vez totalmente conduzidas por autoridades timorenses – estão a ser levadas a cabo de um modo faseado. As eleições foram conduzidas com sucesso nos distritos de Bobonaro e Oecussi em Dezembro de 2004 e nos distritos de Lautem, Baucau e Manatuto em Março de 2005. É importante registar a iniciativa tomada no sentido de promover a participação das mulheres, com a lei eleitoral a prever a eleição de um mínimo de três mulheres para cada conselho de suco. As eleições nos oito distritos restantes estão agendadas para Abril – Junho de 2005. As eleições nos sucos são um passo importante para a descentralização e a tomada de decisões por via democrática a nível local.

Saúde: O Governo fez bons progressos na restauração das infra-estruturas básicas para vacinação, aspecto este que é vital para a redução da mortalidade infantil. No segundo trimestre de 2004/05, Timor-Leste atingiu a taxa de vacinação de 73% para difteria, tosse convulsa e tétano e sarampo, excedendo os alvos anuais de 72 e 70 %, respectivamente. Foram também registadas melhorias na saúde materna e dos recém-nascidos, conforme demonstrado pelo facto de que no segundo trimestre do AF de 2004/05, 47.6 porcento dos partos foram supervisionados por pessoal de saúde qualificado, contra o alvo anual de 50 porcento. O acesso e uso dos serviços de saúde pública, embora ainda difíceis, melhoraram igualmente, tendo as visitas externas sido de 2.2 per capita em Dezembro de 2004, em comparação com o alvo de 2.35. A situação da água e saneamento seguros, ainda que continue a ser difícil, está a melhorar especialmente nas áreas urbanas. Deve ser notado, contudo, que estes indicadores de desempenho serão mais baixos quando os novos dados do censo forem levados em conta.

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disciplinares. O Instituto Nacional da Administração Pública começou cursos de formação para funcionários públicos com o intuito de promover um bom entendimento das obrigações de acordo com a Lei da Função Pública. Estão a ser feitos esforços para preparar legislação, regulamentos e procedimentos suplementares para tornar a Lei da Função Pública totalmente operacional. A gestão efectiva dos recursos humanos é a espinha do sistema da função pública. A cobrança de dados e a verificação dos ficheiros de pessoal foram concluídas em Janeiro de 2005, com vista a criar um Sistema de Informação e Gestão de Pessoal. O próximo passo consiste em desenvolver um sistema informático para manter e gerir estes registos.

Gestão das Finanças Públicas: O Governo está a avançar com várias medidas concebidas para dar resposta ao problema da execução orçamental. Por iniciativa do Primeiro-Ministro foi formada uma comissão para supervisionar e melhorar a execução orçamental. Outras acções incluem: (i) preparação de planos de aprovisionamento de agência no AF de 2005 em sectores vitais e reporte sobre o progresso; e (ii) avaliação das necessidades de libertação de fundos através da negociação de Avisos de Autorização de Despesa antecipados em sectores essenciais. Espera-se que estas medidas conduzam a uma melhoria

significativa na execução orçamental nos principais sectores, sem que isso represente o sacrifício da qualidade dos gastos. Outra actividade digna de registo é o trabalho levado a cabo para preparar o Orçamento Nacional do AF de 2005/06 numa base de fontes combinadas.

Transparência & Responsabilização: A transparência e a responsabilização são essenciais para garantir uma boa governação. A Lei Orgânica para o Gabinete do Provedor de Direitos Humanos e Justiça foi aprovada pelo Parlamento e promulgada pelo Presidente em Maio de 2004. O Provedor está mandatado para recolher informações sobre abusos de direitos humanos e más práticas administrativas, incluindo corrupção, receber e responder a queixas do público, e aumentar a consciencialização pública dos direitos dos cidadãos e formas de rectificação. O Provedor foi agora eleito pelo Parlamento. Tem funcionado normalmente o Inspector-Geral, o qual reporta directamente ao Primeiro-Ministro e está a levar a cabo medidas para fortalecer as auditorias e controlos internos que contribuam para a construção de uma função pública efectiva e livre de corrupção e nepotismo.

Justiça: Durante o AF de 2004/05 continuaram os esforços para formar oficiais de justiça timorenses e para melhorar a prestação de serviços judiciais. As avaliações dos juizes nacionais tiveram lugar em 2004, estando de presente a ser avaliados os procuradores e defensores públicos. Em Janeiro de 2005 foi anunciado que todos os juízes nacionais não tinham obtido aproveitamento nas avaliações, não sendo assim elegíveis para passagem à carreira de juízes efectivos. O sistema de justiça está a ser mantido por juízes internacionais, enquanto 40 cidadãos nacionais estão presentemente a receber formação a tempo inteiro, a qual deverá terminar em meados de 2006, altura em que poderão escolher tornar-se procuradores, defensores ou juízes e entrarão num período de um ano de experiência, durante o qual trabalharão sob a orientação de um profissional estrangeiro. Deste modo é esperado que em Junho de 2007 exista um grupo de profissionais nacionais qualificados capaz de assumir a maior parte das funções actualmente desempenhadas por profissionais legais internacionais.

Cumprimento da Lei: A Polícia Nacional de Timor-Leste (PNTL) assumiu o comando da função de policiamento da Missão de Apoio das Nações Unidas a Timor-Leste (UNMISET) em 20 de Maio de 2004. Com apoio de parceiros bilaterais e multilaterais foram feitos grandes progressos no fortalecimento institucional e na formação de agentes de polícia nacionais. É importante registar que a formação e outros esforços contribuíram também para uma maior uniformização da perspectiva do género no trabalho da Polícia Nacional. Os esforços incidiram também em medidas para aumentar a confiança por parte da comunidade. Foi estabelecida uma comissão de revisão independente com o intuito de monitorizar casos de queixas contra polícias a serem investigados pelo Gabinete de Ética Profissional.

Força de Defesa: A capacidade da força de defesa timorense continuou a ser fortalecida através de formação e de transferência de qualificações e conhecimentos. Em finais de Março de 2005 deverão haver 258 novos elementos a concluir o treino, estando planeado o recrutamento e treino de mais 70 soldados durante os próximos seis meses. O trabalho para o desenvolvimento de um plano de defesa, o “Defesa 2020,” registou alguns progressos, tendo sido organizadas várias sessões de trabalho em Dezembro de 2004, devendo o dito trabalho prosseguir no futuro. Continuou a ser prestada atenção especial à capacitação da Unidade de Controlo de Fronteira.

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mandato em 7 de Julho de 2005. O relatório irá constituir o primeiro registo independente das violações de direitos humanos cometidas em Timor-Leste entre 1974 e 1999.

Veteranos: Outra questão importante para a reconciliação nacional diz respeito aos veteranos. Em 21 de Agosto de 2004 teve lugar um Diálogo Nacional entre veteranos e instituições do Estado, tendo sido emitida uma declaração a delinear os compromissos de ambos os lados. Com base no trabalho da Comissão de Assuntos dos Antigos Combatentes e da Comissão dos Assuntos dos Veteranos, a Comissão Parlamentar Ad Hoc sobre os Assuntos dos Veteranos está agora a finalizar o seu relatório, o qual deverá incluir um conjunto de recomendações relativas a uma lei futura sobre veteranos. Para lá disto, o Presidente da República encarregou a Comissão dos Assuntos dos Quadros da Resistência de identificar membros civis da resistência.

Serviços Sociais Básicos

Uma das principais metas do Plano de Desenvolvimento Nacional consiste em melhorar o estado da população em termos de saúde e de educação. A prestação e o uso efectivo de serviços sociais básicos são importantes para quebrar o ciclo da pobreza. Desde a independência em 2002, Timor-Leste tem feito grandes progressos no aumento do acesso do seu povo aos serviços sociais, incluindo educação básica, cuidados de saúde primários, água limpa e saneamento seguro.

Educação: O acesso à escolaridade aumentou consideravelmente, com as matrículas na educação primária a aumentarem gradualmente. Actualmente a taxa líquida de matrículas na educação primária é de 76% para rapazes e de 74% para raparigas. Por outro lado, as taxas de reprovação e de abandono escolar continuam altas, nos 20 porcento e 10 porcento, respectivamente. Em face disto, os esforços prioritários estão agora a incidir na melhoria da eficiência interna das escolas, bem como da qualidade dos professores. O Governo está presentemente a finalizar uma política para o sector da educação que estabelece as prioridades e estratégias para o sector durante os próximos cinco anos. O Governo encabeçou igualmente um processo de reforma curricular para a educação primária. O Plano de Reforma Curricular para a educação primária foi endossado ao Conselho de Ministros em 2004. O programa de estudos para a educação primária foi também aprovado e está a ser testado em três regiões durante um ano, com início em Março de 2005. Já foi prestada formação a 75 porcento dos professores do pré-secundário, estando esta formação ainda em curso.

Dados Demográficos: Timor-Leste concluiu o primeiro Censo nacional em Setembro de 2004, tendo sido subsequentemente emitidos dados preliminares. Estes mostram um aumento populacional de 17.4%, em comparação com os resultados do estudo aos sucos em 2001. Foram também disponibilizados Dados do Estudo Demográfico e de Saúde. Este estudo indica que Timor-Leste tem uma das taxas de crescimento populacional mais elevadas no mundo – cerca de 4 porcento ao ano, embora deva ser notado que parte deste crescimento, indo talvez até aos 1% por ano, se deve ao retorno de refugiados a partir de Timor Ocidental. Esta nova informação demográfica tem implicações óbvias nos sectores directamente responsáveis pela prestação de serviços sociais básicos à população. O Governo depara-se com maiores desafios nestes sectores, à medida que tenta prestar serviços de saúde e de educação a um maior número de pessoas.

Descentralização: Tanto no sector da educação como no sector da saúde, o Governo está a continuar com esforços para a promoção da gestão descentralizada, os quais não só irão melhorar a eficiência na canalização de recursos para a prestação de serviços, como também assegurar um quadro de responsabilização de baixo para cima. No sector da saúde foram concluídos documentos de micro-políticas, com vista a serem disseminados para apoiar o planeamento, a definição de prioridades e a orçamentação a nível distrital / hospitalar. Foram introduzidos planos de saúde, orçamentos e aspectos de monitorização a nível de distritos e hospitais. Na educação, foi lançado em Janeiro – Fevereiro de 2005 um esquema piloto, no qual as escolas que demonstram boa capacidade de gestão recebem verbas de bloco. Este esquema foi testado em sete escolas, sendo que cada uma recebeu uma verba de US$3,000 por ano. As associações de pais e professores e os Conselhos Directivos deverão desempenhar um papel decisivo na gestão destas verbas.

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Desenvolvimento do Sector Privado: O sector privado deve-se tornar cada vez mais a principal fonte de crescimento e de emprego em Timor-Leste. O Governo reconhece que é necessário um grande esforço para estimular as empresas e o investimento privados. Deste modo, o Governo continua a desenvolver quadros legais e reguladores para as empresas e o investimento.

Durante 2004/05 as leis de investimento doméstico e externo foram aprovadas pelo Conselho de Ministros. O qual aprovou também um decreto-lei sobre cooperativas. A lei dos seguros e as suas instruções associadas foram aprovadas no geral pelo Conselho de Ministros e pelo Parlamento, estando actualmente na Comissão de Economia e Finanças do Parlamento para o desenvolvimento de provisões detalhadas específicas. Foi preparado um decreto-lei sobre falências. Em relação às terras e propriedades foi aprovado um decreto-lei pelo Conselho de Ministros relativamente ao arrendamento de propriedades do governo, tendo o mesmo sido promulgado em Dezembro de 2004. Foi redigido um decreto lei sobre arrendamento entre privados, o qual está a ser discutido no Parlamento.

Com a nomeação de um Executivo Chefe, espera-se que a Agência para a Promoção de Investimentos e Exportações (APIE) esteja totalmente operacional em finais de 2005. A Autoridade Bancária e de Pagamentos (ABP), que tem vindo a levar a cabo a maior parte das funções de um banco central, deverá ser transformada oficialmente no banco central num futuro próximo. A lei sobre o banco central está presentemente a ser redigida.

O Governo reconhece a necessidade de desenvolver as empresas de forma a garantir um progresso continuado rumo ao objectivo de ter uma economia impulsionada essencialmente pelo sector privado. Os trabalhadores por conta própria têm vindo a receber formação a partir de quatro Centros de Desenvolvimento de Empresas. Está planeado que o primeiro Fórum de Diálogo Empresas – Governo tenha lugar em meados de Abril de 2005.

Com base no contrato concluído com uma companhia sul coreana em relação ao Programa de Trabalhadores Emigrantes (PTE), o primeiro grupo de 100 a 200 trabalhadores dos 1,000 previstos até finais de 2005 viajará para a Coreia do Sul em meados de 2005. O Governo continua a explorar esquemas semelhantes com outros países.

Agricultura: A Agricultura é a principal actividade económica em Timor-Leste, representando cerca de 26 porcento do Produto Interno Bruto (PIB) e empregando 80 porcento da força de trabalho. Em Setembro de 2004 o Conselho de Ministros aprovou o Quadro Político e Estratégico do Ministério da Agricultura, Florestas e Pescas. O Quadro incide em melhor segurança alimentar através do aumento da produtividade das colheitas alimentares e da qualidade nutricional, bem como na promoção de uma agricultura e agro-indústria viradas para o mercado. Para lá disto, estão a ser preparadas com assistência externa leis e regulamentos sobre Pesticidas, Sementes e Fertilizantes e Criação de Animais, bem como a Política de Segurança Alimentar e as leis de Quarentena. Foi redigida a Política Nacional de Recursos Hídricos.

No campo da produção alimentar está em curso um programa para a multiplicação e distribuição de sementes e tubérculos, com vista à introdução de uniformização, à avaliação, distribuição e garantia de qualidade de novas plantas; o Ministério distribuiu aos agricultores nos distritos duas novas variedades de amendoins, milho e batata-doce. O Ministério começou também a desenvolver um modelo timorense para investigação e prestação de serviços através da revisão da experiência local e internacional em termos de prestação de serviços.

Infra-estruturas Básicas

As infra-estruturas são um sector importante vital para atingir as metas fundamentais do Plano de Desenvolvimento Nacional – redução da pobreza e crescimento económico sustentável e equitativo. Melhores infra-estruturas constituirão os alicerces para o desenvolvimento do sector privado, em particular nas áreas dos distritos. O investimento público nas infra-estruturas contribuirá também para a criação de emprego a médio prazo.

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para a reabilitação de 34 sistemas eléctricos rurais, bem como para a continuação da melhoria da eficiência da cobrança em Díli.

Transportes: No sector dos transportes, a gestão da rede rodoviária é uma questão fundamental. Está a ser levado um estudo de desenvolvimento e estratégia rodoviários, com assistência externa, tendo tido início em Fevereiro de 2005. Os resultados deste estudo irão incluir a preparação de uma estratégia de desenvolvimento detalhada a cinco anos e um plano de investimentos indicativo a 10 anos, bem como níveis óptimos de despesa para a construção e manutenção de estradas. A manutenção rodoviária com base na comunidade tem sido continuamente importante do ponto de vista da criação de empregos, bem como da manutenção rodoviária. Pensa-se que foram criados 517 e 451 empregos reais no 1º e 2º trimestres do AF de 2004/05, respectivamente, através da manutenção rodoviária com base na comunidade. O Governo está a planear criar 1,000 empregos no próximo ano.

Água e Saneamento: No sector da água e saneamento é necessário um investimento considerável por forma a atingir os alvos dos Objectivos Nacionais de Desenvolvimento do Milénio relativamente ao acesso a água potável e a saneamento seguro tanto nas áreas urbanas como nas áreas rurais. O progresso durante o AF de 2004/05 incluiu a manutenção periódica das Estações de Tratamento de Águas, uma série acções de manutenção de instalações de abastecimento de água nas capitais de distrito e o desenvolvimento de instalações de água e saneamento em áreas rurais. Com base no decreto sobre Serviços de Água promulgado em Fevereiro de 2004 o Governo começou a cobrar o uso de água, principiando pelos grandes consumidores.

CAPACITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

A Unidade de Coordenação de Desenvolvimento de Capacidades (UCDC) visa consolidar as actividades de capacitação por forma a conseguir uma melhor prestação de serviços através de formação entre ministérios e o crescimento económico por meio do estabelecimento de instalações visando a capacitação. Isto será conseguido através do estabelecimento de objectivos claros sobre o que deverá ser conseguido e implementando actividades de capacitação através de uma forte liderança, com capacidade e autoridade para tomar decisões e operar de modo flexível.

Foi levada a cabo uma Análise das Necessidades de Formação e Capacitação (ANFC) da função pública. Isto foi feito com base em recomendações da Estratégia de Governação e Gestão do Sector Público (GGSP) (2001), ‘Necessidades Prioritárias em termos de Recursos Humanos para o Governo de Timor-Leste aquando da Independência’ (2001), e do Documento Estratégico para o Fortalecimento do Serviço Público (DEFSP) de Timor-Leste, apresentado na reunião com os Parceiros de Desenvolvimento em 2003. O GTL expressou preocupação no que toca à continuação da forte dependência de assessores internacionais em posições vitais nos ministérios, aspecto este que é indicativo da escassez de qualificações essenciais entre os funcionários locais.

A ANFC foi levada a cabo na segunda metade de 2004, tendo assentado no modelo de três pilares para a capacitação. O seu principal objectivo foi consolidar todas as iniciativas de capacitação relativas à função pública, com vista a maximizar os resultados da contribuição financeira dos Parceiros de Desenvolvimento e a garantir que a capacitação a ser implementada no futuro será apropriada e reflectirá as necessidades reais da função pública. A ANFC seguiu uma abordagem de baixo para cima e reflecte as necessidades de formação declaradas de 124 Divisões dentro de 10 Ministérios, 4 Secretarias de Estado e 4 outras instituições de Estado, representando um total de 15,336 funcionários.

PLANEAMENTO & COORDENAÇÃO DE ASSISTÊNCIA EXTERNA

Durante 2004/05, o Governo continuou a fortalecer o seu papel de liderança em relação ao planeamento das prioridades de desenvolvimento para o país e à mobilização e coordenação da assistência externa para as apoiar.

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necessários para as mesmas. Para os Parceiros de Desenvolvimento, fornece uma orientação clara em relação às prioridades de assistência. O princípio orientador é fazer corresponder as preferências dos Parceiros de Desenvolvimento em termos de mecanismos de prestação e de concepção de projectos com as prioridades políticas do Governo.

Grupos Sectoriais de Trabalho, um veículo principal para a implementação dos PIS sob a liderança do Governo estando os ciclos já estabelecidos. Foram estabelecidos Grupos Sectoriais de Trabalho para a agricultura, infra-estruturas básicas e cuidados de saúde, estando na forja um grupo para a educação e formação. Os grupos que ficam para o resto dos sectores vão ser estabelecidos gradualmente até o fim deste ano fiscal.

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Tendências na Assistência Externa

A Assistência Externa ocupou uma grande parte do financiamento necessário para o desenvolvimento de Timor-Leste nos últimos cinco anos. O Orçamento de Fontes Combinadas para o AF de 2004/05 prevê que aproximadamente 82 porcento do seu financiamento virá da assistência externa, incluindo apoio orçamental, o Fundo Fiduciário de Timor-Leste, apoio a projectos bilaterais / multilaterais, e postos preenchidos pela ONU.

Aquando da reunião de Dezembro de 1999 com os Parceiros de Desenvolvimento, em Tóquio, estes prometeram US$522 milhões em três anos para a reconstrução de Timor-Leste. Aquando da reunião de Maio de 2002 com os Parceiros de Desenvolvimento, em Díli, foram prometidos US$360 milhões, incluindo US$82 milhões de apoio orçamental, para o desenvolvimento de Timor-Leste durante mais três anos. A tabela abaixo indica as tendências na assistência externa a Timor-Leste, numa base de desembolso anual. O principal ponto a ter em conta é que se regista uma redução constante nos níveis de apoio externo.

Tabela 2.1

Tendências na Assistência a Timor-Leste ($m)

1999-00 2000-01 2001-02 2002-03 2003-04 Desenvolvimento e Assistencia Tecnica (Orçamental) 63 121 146 119 108 Desenvolvimento e Assistencia Tecnica (Fora-Orçamento) 27 34 33 37 26

Postos de Conselho Segurança ONU 0 0 0 14 8

Assistencia Humanitario 84 30 12 3 2

Apoio ao Orçamento 27 45 32 31 33

Despesas Administrativas dos dos Doadores 1 7 6 5 5

Total 202 236 228 209 181

Deve ser notado que existem várias características na assistência externa a Timor-Leste. Em primeiro lugar, toda a assistência externa até à data consiste em verbas assentes na política do Governo. Em segundo lugar, o Fundo Fiduciário de Timor-Leste, o qual foi estabelecido na fase inicial e tem vindo a ser administrado pelo Banco Mundial e pelo Banco Asiático do Desenvolvimento, desempenhou um papel importante na reconstrução e no desenvolvimento de Timor-Leste, mas está previsto que a sua operação encerre em breve. Por fim, o apoio ao orçamento geral faz parte da assistência externa. O Programa de Apoio à Transição foi iniciado no AF de 2002/03 como um programa de três anos, estando agora planeado que venha a ser transformado num Programa de Apoio à Consolidação para mais três anos, com início no AF de 2005/06. Este mecanismo não só forneceu o financiamento necessário para superar o défice de recursos no Orçamento de Estado, como também contribuiu em grande medida para o reforço dos sistemas de gestão do desempenho interno do Governo.

Durante o período entre 1999/00 e 2003/04, o tipo de assistência externa intitulado “Assistência Técnica e de Desenvolvimento” foi afectado à governação (34.9% do total do programa), aos serviços básicos (28.8%), à habitação e infra-estruturas básicas (21.1%), e a sectores relacionados com a produção (15.2%).

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PARTE 3 – A ECONOMIA

As estimativas preliminares da Conta Nacional de Timor-Leste mostram que o PIB real Não petrolífero cresceu durante 2001 mas que se contraiu em 2002 e 2003. Mais recentemente, os indicadores parciais têm sido mistos, sendo provável que a actividade económica não petrolífera tenha começado entretanto a aumentar novamente. É esperado que o PIB Não petrolífero cresça mais rapidamente em 2005-06 e para lá disso, alimentado pelo aumento das despesas do Orçamento de Estado e por um aumento modesto nos programas dos Parceiros de Desenvolvimento sob os PIS.

As taxas de crescimento no futuro da actividade económica previstas irão causar um aumento aos níveis de rendimento per capita como estabelecido pelo PDN. Entretanto, o Governo deseja reduções adicionais na pobreza, com rendimentos mais elevados a suplementar os progressos feitos no aumento dos serviços do Governo com vista a ajudar os elementos mais pobres da sociedade timorense.

Deste modo, o Governo está empenhado a trabalhar mais e desenvolver e implementar mais políticas para aumentar a taxa de crescimento do PIB Não petrolífero, (utilizando os GST). O objectivo do Governo é sustentar taxas de crescimento do PIB não petrolífero de 6 porcento dentro dos próximos cinco anos. As políticas do Governo incluem a promoção do crescimento do sector privado a longo prazo por via da criação de um ambiente regulador favorável às empresas, e empreendendo esforços vigorosos para promover oportunidades de investimento entre os investidores domésticos e internacionais e do assegurar da existência de infra-estruturas públicas. A sua estratégia de crescimento a médio prazo consiste em aumentar as despesas públicas, em especial no sector da construção, de modo a criar emprego.

Principalmente, a execução bem sucedida desta agenda dependerá também do compromisso pelo os Parceiros de Desenvolvimento ao nível de despesas contido nos PIS e aumentos adicionais nas despesas do Orçamento de Estado.

DESENVOLVIMENTOS PASSADOS

As estimativas preliminares da nova Conta Nacional de Timor-Leste mostram que o PIB real cresceu durante 2001 mas que se contraiu em 2002 e 2003. A Tabela 3.1 mostra os níveis do PIB no total e para os principais componentes do PIB, a saber: a sub-sector de extracção de Petróleo e Gás; Alimentos, incluindo os sub-sectores de Colheitas Alimentares Agrícolas, Criação de Animais e Pescas; o sub-sector do Governo; e o restante do sector Privado.

Tabela 3.1

Principais Componentes do PIB ($m)

2000 2001 2002 2003

Óleo 77.5 50.4 47.8 51.9

Não Óleo 316.2 368.4 343.9 322.5 Alimentação 68.6 76.0 73.9 68.9 Governo 106.3 142.7 118.0 104.5

ONU 83.4 91.5 60.3 38.6

Outros 22.9 51.1 57.7 65.9

Privado 141.3 149.7 152 149.1

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A Tabela 3.1 mostra que o PIB Não petrolífero é muito maior que o PIB Petrolífero. Mostra também que o sector Privado representa a maior fatia do PIB, sendo seguido pelo Governo e pelo sector Alimentar. O aspecto mais importante da estrutura do PIB em Timor-Leste é a distinção entre o PIB Petrolífero e o PIB Não petrolífero.

O PIB Petrolífero representa o sub-sector da Extracção de Petróleo e Gás pertencente ao Sector da Extracção Mineira e de Pedras. Esta produção deriva na totalidade da actividade do Mar de Timor, tendo muito pouca interacção com as actividades económicas no resto de Timor-Leste. Entre 2000 e 2003, a única produção petrolífera proveio do campo de Elang Kakatua Kakatua Norte (EKKN). Houve uma tendência de declínio na produção a partir deste campo, com os resultados a descerem de 2000 a 2002 e a registarem um pequeno aumento em 2003.

O PIB Não petrolífero foi subdividido em sectores Alimentar, Governamental e Privado. O sector Alimentar inclui a agricultura de subsistência, sendo fortemente afectado pelo clima e relativamente indiferente ao resto da economia. O sector do Governo inclui a serviços administrativos fornecidos pelo a UNTAET e UNMISET (excluindo as operações de manutenção da paz), o Orçamento Geral do Estado, o FFTL, as agências bilaterais, as agências multilaterais e as ONGs. Este sector é por sua vez subdividido em sub-sector da ONU, o qual tem vindo a registar fortes quebras, e o sub-sub-sector Outros, o qual vem a registar grandes aumentos. O sector Privado inclui todo o resto da produção do PIB.

A Tabela 3.2 mostra as contribuições que estes sectores fizeram para o crescimento do PIB, bem como as taxas de crescimento destes Sectores.

Tabela 3.2

Taxas de Crescimento e Contribuições para o Crescimento do PIB (%) 2001-2003

2001 2002 2003 2001 2002 2003 average

Oleo -6.9 -0.6 1.0 -35.0 -5.2 8.6 -12.5

Não Oleo 13.3 -5.9 -5.5 16.5 -6.7 -6.2 0.7

Alimentação 1.9 -0.5 -1.3 10.8 -2.8 -6.8 0.1

Governo 9.2 -5.9 -3.4 34.2 -17.3 -11.4 -0.6

NU 2.1 -7.4 -5.5 9.7 -34.1 -36.0 -22.6

Outro 7.2 1.6 2.1 123.1 12.9 14.2 42.2

Privado 2.1 0.5 -0.7 5.9 1.5 -1.9 1.8

Total 6.4 -6.5 -4.4 6.4 -6.5 -4.4 -1.7

Referensi

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