FUNDO PETROLÍFERO DE TIMOR-LESTE
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
EXERCÍCIO FINDO EM
31 de Dezembro de 2009
Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Relatório anual para o exercício findo em
31 de Dezembro de 2009
Conteúdo
Página
Relatório da Administração
1
Relatório de Auditoria
3
Demonstração Detalhada dos Resultados
5
Balanço
6
Demonstração das Alterações do Capital
7
Demonstração dos Fluxos de Caixa
8
Notas às Demonstrações Financeiras
9
1
Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Relatório da Administração
31 de Dezembro de 2009
ANTECEDENTES
A Lei do Fundo Petrolífero N. º 9 / 2005 foi promulgada em 03 de Agosto de 2005 e estabeleceu o Fundo Petrolífero de Timor-Leste. A Autoridade Bancária e de Pagamentos (ABP), que exerce as funções de Banco Central em Timor-Leste, é responsável pela gestão operacional do Fundo, de acordo com um Contrato de Gestão, de 12 de Outubro de 2005, celebrado entre o Ministério das Finanças e a ABP. A ABP é também responsável pela manutenção dos livros contabilísticos do Fundo em nome do Director do Tesouro.
Um contrato de gestão, incluindo a revisão de um novo mandato de investimentos, entre o Ministério das Finanças e a ABP foi assinado em 25 de Junho de 2009. Adicionalmente, o Banco para os Pagamentos Internacionais (BPI), foi nomeado como gestor externo do Fundo. A Gestão Interna da ABP administraria 80% da carteira global, enquanto competiria ao BPI a gestão dos restantes 20% da carteira global.
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Conforme o artigo 21º da Lei do Fundo Petrolífero, as demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com Normas Internacionais de Demonstrações Financeira (NIDF). As demonstrações são as seguintes:
Demonstração Detalhada dos Rendimentos, Balanço Patrimonial,
Demonstração das Alterações de Capital, Demonstração dos Fluxos de Caixa; e Notas às Demonstrações Financeiras
Estas demonstrações financeiras compreendem o período de 01 de Janeiro de 2009 a 31 de Dezembro de 2009.
As contas e as demonstrações financeiras foram auditadas pela Deloitte, Touche & Tohmatsu cujo parecer de auditoria está anexado às demonstrações financeiras nas páginas 5-21.
CAPITAL DO FUNDO PETROLÍFERO
O capital do Fundo Petrolífero era de USD 4.197 bilhões em 01 de Janeiro de 2009. Durante o período, as taxas e outras receitas do petróleo nos termos do artigo 6 º do Fundo Petrolífero ascenderam a USD 1.660 bilhões. As receitas do Fundo no período foram de 31.465 mil dólares dos EUA. A conta "Declaração das Alterações de Capital" fornece um resumo das transacções efectuadas.
Foram transferidos do Fundo Petrolífero para a Conta Geral do Estado, durante o período, USD 512,00 milhões. O capital do Fundo Petrolífero, em 31 de Dezembro de 2009 era de USD 5.377 milhões. Um resumo das operações encontra-se na conta "Declaração das Alterações de Capital".
NORMAS DE REFERÊNCIA E DESEMPENHO
Resumo das Normas de Referências
Gestão Interna da ABP (80% da carteira global)
Governo E.U. 0-5 anos 100,0%
Banco para os Pagamentos Internacionais (20% da carteira global)
Governo E.U. 0-5 anos 52,0%
Governo E.U. 10/05 anos 10,0%
Governos / organizações supranacionais AAA USD 13,0%
Governos / organizações supranacionais USD AA 7,0%
Governo Australiano de 7,0%
Governos da zona Euro 7,0%
Reino Unido - ouro 2,0%
Governo do Japão 2,0%
Execução
5
Demonstração das Receitas Globais
exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
_________________________________________________________________________
Demonstração das Receitas Globais
Nota Dez 09
USD Dez 08 USD Receitas de investimento:
Juros de investimentos
Ganhos e perdas em investimentos:
Ganhos / perdas sobre justo valor de activos de ganhos e perdas Ganhos / (perdas) cambiais líquidos
Outras receitas de investimento
Total das receitas / (perdas) de investimento
Despesas:
Taxa de Administração
Total de despesas
Lucro / (perda) para o ano
Outras receitas detalhadas
Total das receitas detalhadas
4
6
9(b)
177.132.573
(143.235.827)
155.662 24.806
34.077.214
(2.611.703)
(2.611.703)
31.465.511
-
31.465.511
115969.341
107.692.562
- -
223.661.903
(1.053.088)
(1.053.088)
222.608.815
-
222.608.815
A declaração das receitas detalhadas acima referida deve ser lida em conjunto com as políticas e as notas constantes das páginas 9-25.
6
Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Folha de Balanço
em 31 de Dezembro de 2009
________________________________________________________________________
Nota Dez 09
USD Dez 08 USD Activos
Caixa e equivalentes de caixa Juros a receber
Ganhos / perdas sobre justo valor de activos de ganhos e perdas
Activos totais
Activo Líquido
Capital
Capital
Capital Total
8 5 6,10
3.161.653 32.243.875 5.341.220.031
5.376.625.559
5.376.625.559
5.376.625.559
5.376.625.559
634.535 22.405.960 4.173.931.238
4.196.971.733
4.196.971.733
4.196.971.733
4.196.971.733
O balanço acima deve ser lido em conjugação com as políticas e notas nas páginas 9-25.
7
Demonstração das Alterações do Capital
exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
_________________________________________________________________________
Nota Dez 09USD Dez 08 USD
Capital no início do ano
Transferências para o Fundo Petrolífero (nos termos do artigo 6 º da Lei do Fundo Petrolífero)
Receitas do Fundo Petrolífero bruto
Transferências para o Fundo Consolidado (nos termos do artigo 7 º da Lei do Fundo Petrolífero)
Reembolsos de impostos (nos termos do artigo 10º da Lei do Fundo Petrolífero)
Total das receitas globais
Capital no final do ano
7
7
7
4.196.971.733
1.660.299.285
5.857.271.018
(512.000.000)
(110.970)
00031.465.511
5.376.625.559
2.086.157.085
2.284.231.607
4.370.388.692
(396.000.000)
(25.774)
222.608.815
4.196.971.733
A declaração de alterações de capital acima deve ser lida em conjunto com as políticas e notas constantes das páginas 9-25.
8
Fundo Petrolífero de Timor-Leste
Demonstração dos Fluxos de Caixa
exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
_________________________________________________________________________
Nota Dez 09USD Dez 08 USD
Fluxos de caixa das actividades de capitalização
Receitas do Fundo Petrolífero
Transferências para o Fundo Consolidado Reembolsos de impostos
Entrada/saída líquidas de caixa de actividades de capitalização
Fluxos de caixa das actividades de investimento
Produto da venda de investimentos Aquisições de investimentos
Entrada/saída líquidas de caixa de actividades de investimento
Fluxos de caixa das actividades operacionais
Juros recebidos
Despesas operacionais pagas
Outras receitas operacionais recebidas
Entrada/saída líquidas de caixa de actividades operacionais
Aumento líquido / (diminuição) em caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa no início do ano
Efeitos de variações cambiais sobre caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa no final do ano
7
Notas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
9
Resumo
Notas Páginas
1. Informações Gerais ... 9
2. Adopção das versões novas e revistas das Normas Internacionais de Reporte Financeiro (IFRS) ... 9
3. Principais Políticas Contabilísticas ... 12
4. Receita de Juros ... 15
5. Juros a receber ... 15
6. Activos Financeiros ... 16
7. Receitas de Capital e Pagamentos do Fundo Petrolífero ... 16
8. Caixa e Equivalentes de Caixa ... 17
9. Transacções com Partes Relacionadas ... 17
10. Activos Financeiros valorizados através da conta de ganhos e perdas ... 18
11. Estimativas e pressupostos essenciais ... 20
12. Gestão de Risco ... 20
13. Risco Operacional ... 21
14. Risco de Crédito ... 21
15. Risco de Taxa de Juros ... 23
16. Risco Cambial... 23
17. Risco de Liquidez, de Capital e de Mercado ... 24
18. Reconciliação dos Fluxos Financeiros Líquidos com Demonstração de Excedentes Operacionais ... 25
1. Informações Gerais
O Fundo Petrolífero de Timor-Leste (o ‘Fundo Petrolífero’) foi criado nos termos da Lei do Fundo Petrolífero N. º 9 / 2005 da República Democrática de Timor-Leste promulgada a 3 de Agosto de 2005.
Nos termos do artigo 139 da Constituição da República, os recursos petrolíferos são propriedade do Estado e devem ser utilizados de forma justa e equitativa, de acordo com os interesses nacionais, tendo as receitas dele derivadas levado à criação de reservas financeiras obrigatórias. O Fundo Petrolífero constitui um meio para contribuir para a gestão prudente dos recursos petrolíferos para benefício das gerações actuais e futuras e uma ferramenta que contribui para uma política fiscal sólida em que é dada atenção e importância adequada aos interesses de longo prazo dos cidadãos de Timor-Leste. O Fundo Petrolífero está integrado no orçamento do Estado.
A Autoridade Bancária e de Pagamentos de Leste (ABP), com sede na Avenida Bispo Medeiros, Díli, Timor-Leste, é responsável pela gestão operacional do Fundo Petrolífero e é o proprietário legal de todos os activos do Fundo Petrolífero. A gestão do Fundo Petrolífero é feita de acordo com um Contrato de Gestão celebrado entre o Ministério das Finanças e a ABP.
Os resultados financeiros e os saldos constantes destas demonstrações financeiras não foram arredondados.
A publicação destas demonstrações financeiras foi autorizada pelo Director do Tesouro em 30 de Junho de 2010.
2. Adopção das versões novas e revistas das Normas Internacionais de Reporte Financeiro (IFRS)
2.1 Normas e Interpretações que afectam os valores reportados no período corrente
As seguintes normas e as interpretações nas suas novas e revistas versões foram adoptadas no período em curso, tendo influenciado os valores constantes destas demonstrações financeiras. Os detalhes de outras Normas e Interpretações adoptadas nestas demonstrações financeiras, mas que não tiveram qualquer efeito sobre os valores declarados constam do ponto 2.2.
Normas afectando a apresentação e divulgação
IAS 1 (tal como revista em 2007) Apresentação de Demonstrações Contabilísticas
IAS 1 (2007) introduziu alterações de terminologia (incluindo denominações revistas para o exercício e alterações no formato e conteúdo das demonstrações financeiras).
Melhorar a Divulgação de Instrumentos Financeiros (Emendas à IFRS 7 Instrumentos Financeiros: Divulgação)
Fundo Petrolífero de Timor-Leste Notas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
10
2. Adopção das versões novas e revistas das Normas Internacionais de Reporte Financeiro (IFRS)
(Contínuo)
2.2 Normas e Interpretações adoptadas sem efeito sobre as demonstrações financeiras
As seguintes normas e interpretações nas suas novas e revistas versões foram também adoptadas nestas demonstrações financeiras. A sua aprovação não teve qualquer impacto significativo sobre os montantes apresentados nestas demonstrações financeiras, mas pode afectar a contabilidade de operações futuras ou convénios.
Alterações resultantes dos melhoramentos anuais introduzidos nas IFRS em Maio 2008
Emendas à IFRS 1 Adopção pela Primeira Vez das Normas Internacionais de em subsidiárias, entidades controladas e associadas quando apliquem as IFRSs pela primeira vez com o reconhecimento da receita de dividendos de filiais nas demonstrações financeiras separadas de uma empresa-mãe.
Emendas à IFRS 2 Pagamento com Base em Acções - Condições de Concessão e cancelamento.
As alterações clarificam a definição das condições de concessão, para efeitos da IFRS 2, introduzem o conceito de condições de "recusa de concessão" e clarificam o tratamento contabilístico dos cancelamentos. As alterações a esta norma não tiveram qualquer impacto material nas demonstrações financeiras
Alterações à IFRS 5 - Activos Não Correntes Detidos para Venda e Cessação de Unidades Operacionais (adoptado antes da data efectiva de 1 de Janeiro de 2010)
As alterações requerem que as divulgações nestas demonstrações financeiras devam ser modificadas para reflectir a clarificação do Conselho Internacional das Normas de Contabilidade (como parte das melhorias para as IFRS (2009) que os requisitos de divulgação noutras normas do IFRS 5 não se apliquem geralmente a activos não correntes classificados como detidos para venda e operações descontinuadas. As alterações a esta norma não tiveram qualquer impacto material nas demonstrações financeiras
IFRS 8 Segmentos Operacionais IFRS 8 é uma norma que introduz novas designações aos segmentos reportáveis. Nenhum impacto material sobre as demonstrações financeiras
Emendas à IAS 20 - Contabilização dos Subsídios do Governo e Divulgação de Apoios do Governo
Como parte dos melhoramentos introduzidos nas IFRS (2008), a IAS 20 foi alterada para exigir que a concessão de um empréstimo do governo a uma taxa de juros inferior à do mercado seja tratado como um subsídio do governo. Esse tratamento contabilístico não era permitido antes destas alterações. As alterações a esta norma não tiveram qualquer impacto material nas demonstrações financeiras
IAS 23 (revista em 2007) Custos de Empréstimos Obtidos
A principal mudança nesta norma foi o de eliminar a possibilidade de cobrir todos os custos de empréstimos quando se verifiquem. As alterações a esta norma não tiveram qualquer impacto material nas demonstrações financeiras
Emendas à IAS 32 Instrumentos Financeiros: Apresentação e à IAS 1 Apresentação das Demonstrações Financeiras - Instrumentos financeiros com uma opção de obrigações decorrentes de liquidação
A revisão da IAS 32 altera os critérios de classificação para a relação dívida / capital próprio, permitindo que certos instrumentos financeiros e instrumentos (ou componentes de instrumentos) que impõem à entidade uma obrigação de entregar à outra parte uma porção proporcional dos activos líquidos da entidade apenas em caso de liquidação, seja classificada como capital próprio, desde que se verifique a ocorrência de critérios específicos.
Notas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
11
publicidade ou promoção desde que a entidade tenha o direito de acesso aos bens adquiridos ou de receber os serviços. As alterações a esta norma não tiveram qualquer impacto material nas demonstrações financeiras
Emendas à IAS 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração - Itens de cobertura elegíveis
As alterações clarificam dois aspectos da contabilidade de cobertura: identificar a inflação como um risco coberto ou parte e cobertura através de opções. As alterações à IAS 39 permitem, em circunstâncias muito limitadas, que uma entidade possa reclassificar activos financeiros não derivativos sem ser através das categorias "justo valor através dos lucros ou prejuízos" (FVTPL) e "disponíveis para venda (AFS). Essas reclassificações são permitidas a partir de 1 de Julho de 2008. As reclassificações de activos financeiros feitos em períodos com início a partir de 1 de Novembro de 2008 só produzirão efeitos a partir da data em que a reclassificação for feita. As alterações a esta norma não tiveram qualquer impacto material nas demonstrações financeiras
Derivados Incorporados (Alterações às IFRIC 9 e IAS 39)
As alterações esclarecem a contabilização de derivativos incorporados no caso de reclassificação de um activo financeiro que não seja através da categoria "justo valor através dos ganhos e perdas», conforme permitido pelas alterações à IAS 39 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração (veja acima) de Outubro de 2008
IFRIC 13 Programas de Fidelização de clientes
A adopção do IFRIC 13 não teve qualquer impacto material nas demonstrações financeiras
IFRIC 15 Acordos para a Construção Imobiliária
A Interpretação aborda o modo como as entidades devem determinar se um acordo para a construção imobiliária se encontra dentro do âmbito da IAS 11 Contratos de Construção ou da IAS 18 Receitas e quando as receitas provenientes da construção de imóveis devam ser aceites . Os requisitos não tiveram impacto material nas demonstrações financeiras
IFRIC 16 Protecção de um Investimento Líquido numa Operação Estrangeira
A Interpretação fornece directrizes detalhadas sobre os requisitos para a protecção de investimento líquido para determinadas denominações contabilísticas de cobertura.
Melhoramentos introduzidos nas IFRS (2008)
Para além das mudanças que afectam os montantes constantes das demonstrações financeiras descritas no ponto 2.1, as melhorias conduziram a uma série de mudanças nos pormenores das políticas contabilísticas do Grupo - algumas das quais consistiram apenas em mudanças na terminologia e outras, apesar de serem de fundo, não tiveram efeito significativo sobre os montantes reportados. A maioria destas alterações foi aplicada a partir de 1 de Janeiro de 2009
2.3 Normas e interpretações em casos ainda não adoptadas
A administração ainda não teve a oportunidade de avaliar o potencial impacto da adopção de normas e interpretações em discussão e que ainda não se encontram em vigor.
A administração do Fundo prevê que estas alterações serão adoptadas nas demonstrações financeiras do Fundo, conforme descrito abaixo:
Norma / Interpretação Data Efectiva
(início previsto) Início previsto de aplicação. Exercício a terminar em
Melhorias à IFRS (2008) 1 Julho 2009 1 Janeiro 2010
Melhorias às IFRSs (2009) Julho 2009, Janeiro e Julho 2010
Fundo Petrolífero de Timor-Leste Notas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
12
IFRS 2: Pagamentos baseados em participações – Alterações relativas a transacções com pagamentos baseados em participações e numerário de grupo
1 Janeiro 2010 1 Janeiro 2010
IFRS 3: (revisto em 2008) Combinações de negócios e consequentes ajustamentos de outras normas
1 Julho 2009 1 Janeiro 2010
IFRS 9: Instrumentos Financeiros - Classificação e Mensuração 1 Janeiro 2013 1 Janeiro 2013
Alterações à IAS 7 Demonstração de Fluxos de Tesouraria (adoptado antes da data de entrada em vigor de 1 de Janeiro de 2010)
1 Janeiro 2010 1 Janeiro 2010
IAS 24 Divulgação das Partes Relacionadas - definição revista de Partes Relacionadas
1 Janeiro 2011 1 Janeiro 2011
IAS 39 Alterações dos derivados incorporados no processo de reclassificação dos instrumentos financeiros e itens de cobertura elegíveis
1 Julho 2009 1 Janeiro 2010
IAS 32: Alterações relativas à classificação das questões de direitos 1 Fevereiro 2010 1 Janeiro 2011
IFRIC 17 Distribuição de Activos que não sejam de Caixa aos Proprietários (adoptado antes da data de entrada em vigor de 1 de Julho de 2009)
Nos termos do artigo 21 da Lei do Fundo Petrolífero, as demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com Normas Internacionais de Demonstrações Financeira (IFRS), que compreendem as Normas e Interpretações aprovadas pelo Conselho Internacional das Normas de Contabilidade (IASB) e as Normas Internacionais de Contabilidade e as interpretações do Comité Permanente de Interpretações aprovadas pelo Comité Internacional das Normas de Contabilidade (IASC) que permaneciam em vigor na data do balanço contabilístico do Fundo Petrolífero.
Base de Preparação
As demonstrações financeiras são apresentadas em dólares dos Estados Unidos. Foram preparadas com base no custo histórico, excepto no que se refere à reavaliação de determinados instrumentos financeiros.
A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com as normas internacionais de contabilidade requer que a administração tome decisões e faça estimativas e pressupostos que afectam a aplicação das políticas e dos montantes de activos, passivos, receitas e despesas reportados. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros factores tidos como razoáveis, nas circunstâncias decorrentes e cujos resultados constituem a base para a tomada de decisões sobre o valor contabilístico dos activos e passivos que não sejam imediatamente evidentes a partir de outras fontes. Os resultados reais podem variar a partir destas estimativas.
As estimativas e pressupostos subjacentes são revistos numa base contínua. As revisões de estimativas contabilísticas são aceites no período em que a estimativa é revista, caso a revisão afecte apenas esse período, ou no período da revisão e em períodos futuros caso a revisão afectar períodos actuais e futuros.
Na nota 11 são discutidas as decisões tomadas pela gestão na aplicação das normas internacionais de contabilidade com efeitos significativos nas demonstrações financeiras e estimativas e com um risco significativo de ajustamento material no ano seguinte.
O Fundo Petrolífero aplicou, sistematicamente, as políticas contabilísticas. O Fundo Petrolífero adoptou as IFRSs em vigor na data do balanço contabilístico.
O Fundo Petrolífero não é obrigado a apresentar a informação por segmentos.
Notas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
13
As políticas contabilísticas principais são indicadas a seguir.(a) Conversão de moeda estrangeira
(i) Moeda funcional e de apresentação
Os itens incluídos nas demonstrações financeiras do Fundo Petrolífero são medidos e apresentados em dólares dos Estados Unidos, sendo a moeda oficial da República Democrática de Timor-Leste.
(ii) Transacções e saldos
As transacções em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transacções. Os ganhos e perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transacções e da conversão das taxas de câmbio de activos e passivos monetários no final do exercício e denominados em moedas estrangeiras são reconhecidos na demonstração detalhada da alteração.
(b) Instrumentos financeiros
(i) Classificação
Investimentos
A forma como o Fundo Petrolífero é gerido consta do anexo 1 do Contrato de Gestão entre a Autoridade Bancária e de Pagamentos e o Ministro das Finanças, que estabelece o padrão de referência de desempenho para o Fundo.
A carteira de investimentos do Fundo Petrolífero, sendo gerido e tendo o seu desempenho medido e publicitado em conformidade com a gestão de riscos documentada e estratégias de investimento, foi, dessa forma, designada pelo justo valor através dos ganhos e perdas para efeitos contabilísticos.
Juros e outros valores a receber
Os activos financeiros classificados como valores a receber incluem saldos de caixa devido aos intermediários financeiros pela venda de títulos, valores a receber provenientes de acordos de recompra reversa com um prazo de vencimento de mais de um dia útil e contas a receber.
Os passivos financeiros que não sejam ao justo valor através de ganhos e perdas incluem saldos a pagar aos intermediários financeiros para a aquisição de valores mobiliários e contas a pagar.
(ii) Reconhecimento e não reconhecimento
Investimentos
O Fundo Petrolífero reconhece activos e passivos financeiros no seu balanço a partir da data em que o Fundo Petrolífero se torna parte das disposições contratuais do instrumento. O Fundo Petrolífero procede à compensação de activos e passivos financeiros se o Fundo Petrolífero tiver um direito legalmente executável para compensar os montantes referidos e juros e pretenda proceder à respectiva liquidação numa base líquida.
Os investimentos não são reconhecidos quando os direitos a receber fluxos de caixa dos investimentos tenham expirado ou o Fundo Petrolífero tenha transferido substancialmente todos os riscos e proveitos da posse.
Os passivos financeiros não são reconhecidos quando a obrigação especificada no contrato for satisfeita ou cancelada ou expirada.
Juros e outros valores a receber
Outras contas a receber e a pagar são reconhecidas numa base de especialização de exercício.
(iii) Mensuração
Investimentos
Os instrumentos financeiros são mensurados inicialmente pelo justo valor.
Os investimentos são designados pelo justo valor através de ganhos e perdas no reconhecimento inicial. Enquanto o negócio do Fundo Petrolífero for investir em activos financeiros de acordo com um mandato definido, com vista a lucrar com o retorno total na forma de juros ou aumentos do valor justo, os valores mobiliários cotados e os títulos de renda fixa são designados pelo justo valor através de ganhos e perdas no reconhecimento inicial.
Fundo Petrolífero de Timor-Leste Notas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
14
a serem publicados regularmente.Os activos financeiros designados pelo justo valor através de ganhos e perdas são medidos em datas de reportagem subsequentes no justo valor, com base no preço de oferta.
As alterações no justo valor destes investimentos (incluindo as perdas por redução do valor recuperável e de ganhos e perdas cambiais) são reconhecidos na Declaração Detalhada de Rendimentos até que o activo financeiro deixe de ser reconhecido.
Juros e outros valores a receber
Outras contas a receber não acarretam juros, sendo de curto prazo por natureza e, portanto, são registadas pelo seu valor nominal, considerando as tolerâncias adequadas para a previsão de valores incobráveis.
(iv) Redução do valor recuperável
Os activos financeiros que sejam lançados pelo custo ou pelo custo amortizado são revistos à data de cada balanço para determinar se existe evidência objectiva de redução do valor recuperável. Se qualquer indicação existir, uma perda por redução do valor recuperável é reconhecida na Declaração Detalhada de Rendimentos como a diferença entre a quantia escriturada do activo e o valor actual estimado dos fluxos de caixa futuros descontados à taxa de juro efectiva original.
Se, num período subsequente o montante de uma perda por redução do valor recuperável reconhecido num activo financeiro escriturado pelo custo amortizado, diminuir e a diminuição possa ser ligada objectivamente a um evento ocorrido após a escrituração da redução de valor, a redução de valor é estornada através da Declaração Detalhada de Rendimentos.
(v) Princípios de medição de valor justo
O valor justo dos instrumentos financeiros é baseado nos preços cotados no mercado na data do balanço, sem qualquer dedução para custos estimados de venda no futuro. Os activos financeiros detidos ou um passivo a ser emitido são cotados a preços correntes da oferta, enquanto os passivos financeiros detidos e activos a adquirir são cotados a preços correntes da procura.
(vi) Instrumentos específicos
Caixa e equivalentes de caixa
O caixa inclui os depósitos correntes em bancos. Os equivalentes de caixa são investimentos de curto prazo altamente líquidos, prontamente convertíveis para quantias conhecidas de dinheiro, estão sujeitas a um risco insignificante de alterações de valor e são detidos com a finalidade de cumprir os compromissos de caixa a curto prazo e não para investimento ou para outros fins.
Operações de recompra reversa
Os títulos comprados a coberto de acordos de revenda (acordos de recompra reversos), com prazo de vencimento superior a um dia financeiro são reportados não como compras de títulos, mas, como valores a receber e são inscritos no balanço a custo amortizado.
Os juros vencidos sobre os acordos de recompra reversa e juros incorridos em acordos de recompra são reconhecidos como receita ou despesas de juros com a duração de cada acordo, usando o método do juro efectivo.
(vii) Encargos sobre os activos do Fundo Petrolífero
Não é permitido ao Fundo Petrolífero onerar os seus bens. Em conformidade com o artigo 20º da Lei do Fundo Petrolífero, qualquer contrato, acordo ou arranjo, na medida em que retenda onerar os bens do Fundo Petrolífero, quer por meio de garantia, segurança, hipoteca ou qualquer outra forma de oneração, é nula e sem efeito.
(c) Reconhecimento das Receitas do Fundo Petrolífero
A Lei do Fundo Petrolífero exige que determinadas partes depositem impostos e outros pagamentos relacionados com petróleo, a pagar ao Governo de Timor-Leste directamente no Fundo Petrolífero. O Fundo Petrolífero reconhece estas e outras transacções como segue:
Os pagamentos efectuados como receitas do Fundo Petrolífero nos termos do artigo 6.1 (a) são creditados directamente na conta de capital do Fundo Petrolífero.
Notas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
15
Os rendimentos auferidos pelo Fundo Petrolífero e provenientes do investimento dos seus activos são reconhecidos na Declaração Detalhada de Rendimentos, de acordo com o artigo 6.1 (c).
Os honorários de administração pagos a partir das receitas brutas do Fundo Petrolífero nos termos do Artigo 6.2 são reconhecidos na Declaração Detalhada de Rendimentos.
Os reembolsos de impostos nos termos do artigo 10º são apresentados como reduções do capital do Fundo Petrolífero.
(d) Rendimentos de juros
Os juros são acumulados numa base temporal, em função do capital em dívida e à taxa de juro efectiva aplicável, que é a taxa que desconta exactamente os recebimentos de caixa futuros estimados através da vida esperada do activo financeiro que é a quantia escriturada do activo.
(e) Despesas
Em conformidade com as disposições da Lei do Fundo Petrolífero, todas as despesas do Fundo Petrolífero, não relacionadas com a compra ou venda de valores mobiliários e reconhecidas no preço de compra ou venda, são satisfeitas pela Autoridade Bancária e de Pagamentos de Timor-Leste, a coberto da taxa de administração.
Em conformidade com o artigo 6.3 da Lei do Fundo Petrolífero, a taxa de administração paga à Autoridade Bancária e de Pagamentos é reconhecida como uma dedução das receitas brutas do Fundo Petrolífero, embora seja contabilizada na Declaração Detalhada de Rendimentos do Fundo Petrolífero. As taxas de administração e de desempenho devidos aos gestores de fundos externos são pagas a partir da taxa de administração pagável à Autoridade Bancária e de Pagamentos.
As despesas inerentes à aquisição de um investimento são incluídas no custo desse investimento.
As despesas inerentes à alienação de um investimento são deduzidas do produto da alienação do investimento.
(f) Tributação
O Fundo Petrolífero está isento do pagamento de impostos sobre rendimentos, lucros ou ganhos de capital no âmbito do actual sistema tributário da República Democrática de Timor-Leste.
Os rendimentos do Fundo Petrolífero obtidos em jurisdições estrangeiras estão sujeitos à retenção na fonte cobrada nessas jurisdições. Se esses rendimentos forem recuperáveis, serão lançados como valores a receber. Se não forem recuperáveis, o imposto irrecuperável é reconhecido nos ganhos e perdas.
4. Receita de Juros
Foram as seguintes as fontes dos juros durante o exercício:
Dez-09 Dez-08
USD USD
Títulos de dívida a juros fixos 177,105,772 115,607,189
Caixa e equivalentes de caixa 26,801 362,152
177,132,573 115,969,341
5. Juros a receber
O montante dos juros acumulados na data do balanço foi o seguinte:
Dez-09 Dez-08
USD USD
Títulos de dívida de juro fixo 32,243,875 22,405,960
Fundo Petrolífero de Timor-Leste Notas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
16
6. Activos Financeiros
As operações em activos financeiros, originados a partir do investimento de novos fundos ou do reajustamento periódico da carteira de investimentos, são resumidas como segue:
Dez-09 Dez-08
USD USD
Justo valor através dos ganhos e perdas
Valor justo no início do ano 4,173,931,238 2,074,777,149
Compras ao preço de custo 5,577,112,377 4,713,933,757 Receitas das vendas (4,266,587,757) (2,722,472,230) Ganho líquido ou (prejuízo) (143,235,827) 107,692,562
Valor justo dos activos de investimento no final do ano 5,341,220,031 4,173,931,238
Não houve perdas por redução do valor recuperável na data do balanço.
O valor contabilístico desses activos aproxima-se o seu justo valor.
7. Receitas de Capital e Pagamentos do Fundo Petrolífero
Conforme artigo 7 º da Lei do Fundo Petrolífero, os únicos débitos autorizados ao Fundo Petrolífero são as transferências electrónicas a crédito de uma única conta do Orçamento Geral do Estado. O montante total das transferências do Fundo Petrolífero em cada Ano Fiscal não deve exceder o montante aprovado pelo Parlamento para cada ano.
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 um total de USD 589,000,000 (31 de Dezembro de 2008 - USD 396.100.000), foi aprovado para dotação pelo parlamento a partir do Fundo Petrolífero. Um total de USD 512.000.000 (31 de Dezembro de 2008 - USD 396.000.000) foi transferido do Fundo Petrolífero para a conta do Orçamento Geral do Estado durante o ano.
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009 um total de USD 661.345.525 (31 de Dezembro de 2008 - USD 895.822.882) foi recebido no artigo 6.1 (a) - Receitas. Um total de USD 993, 712.960 (31 de Dezembro de 2008 - USD 1.388.408.724) foi recebido no artigo 6.1 (b) - Receitas. Um total de USD 5.240.800 (31 de Dezembro de 2008 - USD Nada) foi recebido no artigo 6.1 (e) - Receitas.
A tabela a seguir apresenta as Receitas de Capital e os Pagamentos do Fundo Petrolífero.
Dez-09 USD
Mês Artigo 6.1(a) receitas Artigo 6.1 (b) receitas
Artigo 6.1 (e) Outras
receitas Para o Fundo Consolidado Reembolsos de impostos TOTAL
Janeiro 2009 131,553,337 84,833,293 - - - 216,386,630 Fevereiro 39,847,973 64,685,585 5,240,800 - - 109,774,358 Março 56,239,632 167,594,780 - - (110,970) 223,723,442 Abril 45,746,229 87,667,325 - (100,000,000) - 33,413,554 Maio 22,654,288 89,688,208 - (50,000,000) - 62,342,496 Junho 48,508,498 89,715,643 - (50,000,000) - 88,224,141 Julho 49,909,949 33,902,610 - - - 83,812,559 Agosto 39,606,280 68,623,221 - - - 108,229,501 Setembro 71,979,762 68,275,135 - - - 140,254,897 Outubro 54,566,108 70,400,531 - (60,000,000) - 64,966,639 Novembro 52,239,051 81,228,790 - (100,000,000) - 33,467,841 Dezembro 48,494,418 87,097,839 - (152,000,000) - (16,407,743)
Notas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
17
Dec-08 USD
Mês Artigo 6.1(a) receitas Artigo 6.1 (b) receitas
Artigo 6.1 (e) Outras
receitas Para o Fundo Consolidado Reembolsos de impostos TOTAL
Janeiro 2008 66,268,241 9,896,825 - - - 76,165,066 Fevereiro 70,341,211 82,793,739 - - - 153,134,950 Março 85,126,474 165,319,180 - - - 250,445,654 Abril 88,942,387 109,117,746 - - - 198,060,133 Maio 64,975,502 124,809,268 - - - 189,784,770 Junho 79,550,769 131,413,035 - - - 210,963,804 Julho 95,598,715 86,969,071 - (60,000,000) - 122,567,786 Agosto 86,880,451 130,544,828 - (40,000,000) - 177,425,279 Setembro 74,354,399 145,522,331 - (40,000,000) - 179,876,730 Outubro 76,617,217 167,754,062 - (80,000,000) (25,774) 164,345,505 Novembro 54,030,310 123,744,891 - (80,000,000) - 97,775,201 Dezembro 53,137,207 110,523,748 - (96,000,000) - 67,660,955
Totais 895,822,883 1,388,408,724 - (396,000,000) (25,774) 1,888,205,833
8. Caixa e Equivalentes de Caixa
O Fundo Petrolífero investe excedentes de caixa no mercado overnight em bancos ou através de acordos de recompra reversa. Para efeitos da declaração de fluxos de tesouraria, caixa e equivalentes de caixa são incluídos os seguintes saldos com prazo de vencimento original de menos de 90 dias:
Dez-09 Dez-08
USD USD
Dinheiro em bancos 2,561,653 234,535
Acordos de recompra reversaOvernight 600,000 400,000
3,161,653 634,535
O dinheiro em bancos inclui o saldo no Federal Reserve Bank de Nova Iorque, nas contas de recebimentos identificados mantidas pela ABP em conformidade com o artigo 5.2 da Lei do Fundo Petrolífero.
O valor contabilístico de caixa e equivalentes de caixa aproxima-se do seu justo valor.
9. Transacções com Partes Relacionadas
A parte que detém o controlo supremo do Fundo Petrolífero é a República Democrática de Timor-Leste.
As partes relacionadas são as seguintes:
(a) O governo, conforme estipulado no artigo 11.1 da Lei do Fundo Petrolífero e que é o administrador geral do Fundo Petrolífero.
Fundo Petrolífero de Timor-Leste Notas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
18
(b) A Autoridade Bancária e de Pagamentos de Timor-Leste é o gestor operacional do Fundo Petrolífero, em conformidade com o artigo 11.3 da Lei do Fundo Petrolífero.
A taxa de administração cobre a gestão operacional do Fundo Petrolífero, que é realizada pela Autoridade Bancária e de Pagamentos de Timor-Leste (ABP), em conformidade com as disposições do artigo 11.3 da Lei do Fundo Petrolífero. A taxa de auditoria, as despesas do Comité de Assessoria de Investimentos e as despesas no âmbito do Ministério das Finanças, relativos à gestão global do Fundo Petrolífero são satisfeitas directamente do orçamento do Estado. A taxa de administração paga à ABP para o período teve a seguinte composição:
Dez-09 Dez-08
USD USD
Despesas operacionais da ABP 1,354,000 907,210 Custódia e serviços externos de administração 1,257,703 145,878
Total 2,611,703 1,053,088
10. Activos Financeiros valorizados através da conta de ganhos e perdas
O justo valor dos activos financeiros exclui os juros acumulados.
Dez-09 USD Moeda Valor Facial das
Unidades Valor Justo % de activos líquidos
Notas do Tesouro dos EUA USD 4,714,388,800 4,873,458,634 91.2 Títulos do Governo Australiano AUD 83,795,000 76,737,157 1.4 Títulos do Governo do Japão JPY 1,896,900,000 20,708,716 0.4 Títulos do Governo Britânico UK 9,345,597 15,648,269 0.3 Outros Títulos de Governos
Europeus EURO 51,623,531 74,474,638 1.4
Títulos de outros sectores públicos
do RU UK 2,939,929 5,037,475 0.1
Títulos de outros sectores públicos
do Canadá USD 2,950,000 3,078,664 0.1 Títulos não soberanos dos EUA USD 268,616,000 272,076,478 5.1
Total 7,030,558,857 5,341,220,031 100.0
Dez-08 USD USD
Valor Facial Valor Justo % de activos líquidos
Títulos do Tesouro dos EUA 3,940,200,000 4,173,931,238 100.0
Total 3,940,200,000 4,173,931,238 100.0
Hierarquia de valor justo dos instrumentos de qualificação
Notas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
19
Programa de Investimentos realizada em 31 de Dezembro de 2009:Moeda Valor Justo USD
NIBCAP 2.80% 02DEC14 USD 24,540,000
Q 4.625% 14MAY18 USD 1,009,058
SFEFR 1.50% 29OCT10 USD 21,801,556
SFEFR 3.375% 05MAY14 USD 34,151,910
ACGB 5.25% 15AUG10 AUD 3,478,224
NETHER 4.00% 15JAN37 EUR 14,656,286
Fundo Petrolífero de Timor-Leste Notas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
20
US T-NOTE 15MAY16 USD 17,560,587
US T-NOTE 4.25 NOV14 USD 56,444,651
US TN 0.875% 30APR11 USD 102,391,796
US TN 1.125% 15JAN12 USD 29,971,860
US TN 1.375% 15FEB12 USD 2,808,095
US TN 1.75% 15NOV11 USD 42,953,188
US TN 1.875% 30APR14 USD 380,027,764
US TN 1.875% 30APR14 USD 79,145,679
US TN 2.125% 31JAN10 USD 39,154,497
US TN 2.375% 31OCT14 USD 294,664,806
US TN 2.625% 31JUL14 USD 13,567,500
US TN 2.75% 31OCT13 USD 320,248,891
US TN 2.75% 31OCT13 USD 96,359,174
US TN 2.875% 15FEB19 USD 20,253,750
US TN 3.125% 30APR13 USD 232,859,063
US TN 3.125% 31OCT16 USD 9,874,220
US TN 3.25% 30JUN16 USD 2,707,806
US TN 3.875% 15MAY10 USD 567,198,861
US TN 3.875% 15MAY18 USD 5,027,201
US TN 3.875% 31OCT12 USD 462,760,564
US TN 4.50% 15NOV10 USD 442,379,138
US TN 4.50% 30APR12 USD 473,764,967
US TN 4.625% 31OCT11 USD 597,292,875
US TN 4.75% 15AUG17 USD 9,765,702
US TN 4.875% 30APR11 USD 490,196,977
US TN 7.25% MAY16 USD 7,308,508
US TN 1.00% 31OCT11 USD 60,445,550
ONT 4.10% 16JUN14 USD 3,078,664
UK TREAS 5.0% MAR25 GBP 5,037,475
Total 5,341,220,031
11. Estimativas e pressupostos essenciais
O Fundo Petrolífero realiza estimativas e pressupostos que afectam os valores reportados dos activos e passivos. As estimativas são continuamente avaliadas com base na experiência histórica e outros factores, incluindo as expectativas de eventos futuros considerados como razoáveis nas circunstâncias decorrentes.
Sempre que possível, as estimativas utilizam dados observáveis. No entanto, áreas tais como o risco de crédito, volatilidades e correlações requerem que a administração proceda a estimativas. Mudanças nos pressupostos sobre esses factores poderiam afectar o valor justo dos instrumentos financeiros relatados.
Foram tomadas decisões quanto ao facto de determinadas operações terem que ser reconhecidas como capital ou rendimento. A base para essas decisões é descrita na Nota 3 (c).
12. Gestão de Risco
Estratégia de Investimento
O objectivo do Fundo Petrolífero é cumprir os padrões de referência do seu capital de acordo com o contrato de gestão e dentro dos limites estabelecidos nos artigos 14º e 15º da Lei do Fundo Petrolífero, relativa a Regras de Investimentos e Instrumentos de Qualificação.
As Regras prevêem que pelo menos 90% dos montantes no Fundo Petrolífero sejam investidos apenas nos instrumentos de qualificação, podendo o saldo restante ser investido noutros instrumentos financeiros emitidos no estrangeiro, que sejam líquidos e transparentes e sejam comercializados num mercado financeiro do mais alto padrão de regulação.
Notas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
21
(a) Instrumentos de dívida em dólares dos EUA que renda juros e que tenha uma classificação de Aa3 ou superior pela agência de classificação Moody ou AA- ou superior pela agência Standard & Poor's ou seja emitido ou garantido pelo Banco Mundial ou por um estado soberano (que não o de Timor-Leste) desde que o emitente ou garante seja classificado como referido acima; ou
(b) Instrumentos de dívida em dólares dos EUA que renda juros ou depósito em USD emitido pelo Banco de Pagamentos Internacionais, ou Banco Central Europeu, ou banco central de um estado soberano (que não o de Timor-Leste) ou qualquer outro banco com uma classificação de moeda a longo prazo como referido acima;
(c) Instrumentos derivativos baseados exclusivamente em (a) ou (b) acima, desde que a sua aquisição reduza a exposição financeira aos riscos associados com os instrumentos subjacentes.
Além disso, a duração média da taxa de juro dos instrumentos de qualificação deverá ser inferior a 6 anos.
Até 10% dos montantes no Fundo Petrolífero pode ser investido noutros instrumentos financeiros, desde que sejam emitidos no estrangeiro, sejam líquidos e transparentes e negociados num mercado de alto padrão de regulação.
Estes artigos da lei, conjuntamente com o mandato constante do Acordo de Gestão Operacional, definem o quadro em que os riscos devem ser geridos.
A duração da taxa de juro (duração modificada) das normas de referência e da carteira em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2008 era de 2,53 anos e 2,047 anos, respectivamente.
O Fundo Petrolífero não realizou quaisquer transacções de natureza derivativa durante o período coberto por estas demonstrações financeiras para fins de cobertura ou não.
A carteira de investimentos do Fundo Petrolífero em activos ao justo valor através dos ganhos e perdas (excluindo caixa e equivalentes de caixa) cumpriu os requisitos legislativos e contratuais referidos acima durante todo o período.
Os riscos financeiros a que o Fundo Petrolífero está sujeito são monitorizados pela Divisão de Gestão de Risco do Departamento do Fundo Petrolífero na Autoridade Bancária e de Pagamentos, que prepara relatórios diários para a administração. O Fundo Petrolífero é sujeito a uma auditoria periódica por parte do Gabinete de Auditoria Interna da Autoridade Bancária e de Pagamentos, que tem independência operacional da administração do Fundo Petrolífero. O Gabinete de Auditoria Interna fornece relatórios mensais formais ao Administrador Geral e relatórios trimestrais ao Conselho de Administração da Autoridade Bancária e de Pagamentos.
13. Risco Operacional
O risco operacional é o risco de perda, em termos financeiros e não financeiros, resultantes de erros humanos e falhas de processos e sistemas internos.
A Autoridade Bancária e de Pagamentos, como gestor operacional do Fundo Petrolífero, gere os riscos operacionais associados com as operações do Fundo Petrolífero. A gestão do risco operacional inclui políticas corporativas que descrevem as normas de conduta exigidas ao pessoal, assim como sistemas de controlo interno concebidos segundo as características específicas do Fundo Petrolífero.
A conformidade com as políticas corporativas e sistemas de controlo departamental interno é gerida por um efectivo serviço de auditoria interna, existindo provisões específicas nos relatórios diários elaborados pela Divisão de Gestão de Risco para o reporte de todas as questões que surjam a respeito de questões operacionais. O objectivo desta secção dos relatórios é notificar imediatamente a administração sobre questões operacionais imprevistas por forma a que possam dar o seu parecer ou permitir a tomada de medidas correctivas.
Em Junho de 2008 a ‘JP Morgan’ foi nomeada para prestar custódia ao Fundo. Como parte do acordo de custódia as
suas responsabilidades incluem a exploração dos activos dos fundos. O Fundo conta com a devida diligência do depositário após a nomeação. Os riscos operacionais decorrentes do presente acordo são geridos através da monitorização contínua do serviço de custódia através de normas de serviço essenciais, incluindo o recebimento de relatórios de controle interno auditados e relatórios da existência dos activos detidos.
14. Risco de Crédito
Fundo Petrolífero de Timor-Leste Notas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
22
(a) Gestão do risco de créditoConforme descrito na Nota 12, "Estratégia de Investimento", o quadro para a gestão do risco de crédito é, de uma forma geral, previsto nos artigos 14º e 15º da Lei do Fundo Petrolífero, que estatuem que 90% da carteira deve ser investido em instrumentos de dívida remunerados em dólares dos EUA com a classificação Aa3 ou superior pela agência de notação Moody, ou AA- ou superior pela agência Standard & Poor's, ou sejam emitidos ou garantidos pelo Banco Mundial ou por um estado soberano (que não o de Timor-Leste) desde que o emitente ou garante seja classificado como acima referido. Até 10% da carteira pode ser investido noutros instrumentos financeiros emitidos no estrangeiro, que sejam líquidos e transparentes e negociados num mercado financeiro do mais alto padrão de regulação.
O mandato constante do Acordo de Gestão Operacional prevê que o desempenho do Fundo Petrolífero seja medido em função de um índice de referência, restringe o universo de investimento admissível a instrumentos financeiros altamente cotados, estabelece limites de controlo do erro restringindo o desvio padrão admissível da carteira de investimentos em relação às normas de referência. As perdas que o Fundo Petrolífero sofreria com o incumprimento de um único emissor corresponde ao valor abaixo divulgado com relação aos investimentos em Notas do Tesouro emitidos pelo Governo dos Estados Unidos.
(b) Concentração da Exposição de Crédito
As concentrações significativas de risco de crédito do Fundo Petrolífero no final do exercício, por sector de emitente, foram os seguintes:
Dez-09 Dez-08
USD USD
Emissores Soberanos:
Governo dos EUA 4,905,943,536 4,196,971,733
Governo da Austrália 78,845,893 -
Governo do Japão 20,845,955 -
Governo do Reino Unido 21,161,596 -
Governos Europeus 76,119,563 -
Emissores Não Soberanos:
Títulos não soberanos dos Estados Unidos 273,709,016 -
5,376,625,559 4,196,971,733
(c) Exposição de Crédito por Classificação de Crédito
A tabela seguinte apresenta uma análise dos títulos de dívida do Fundo Petrolífero classificados de acordo com a classificação de crédito do emitente da Standard & Poor e Fitch. A classificação AAA é a classificação mais alta possível e indica que a entidade tem uma capacidade extremamente forte de pagar juros e capital. AA é uma classificação de alto grau, indicando uma capacidade muito forte e A é uma classificação média alta, indicando uma forte capacidade de pagar juros e capital. BBB é o mais baixo grau de investimento, indicando uma capacidade média de pagar juros e capital. Classificações abaixo de AAA podem ser modificadas por sinais de ‘+’ ou ‘-‘ que indicam a posição relativa dentro das principais categorias.
Dez-09 Dez-08
USD USD
Títulos Internacionais a Juros Fixos
AAA 5,282,472,209 4,173,931,238
AA+ 7,169,417 -
AA 20,708,716 -
AA- 3,078,664 -
A+ 27,791,025 -
Notas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
23
(d) Exposição de Crédito de Contraparte como percentagem do capital do Fundo Petrolífero
Os activos do Fundo com exposição ao Governo dos Estados Unidos ascenderam a 91,25% (2008: 100%) do capital do Fundo Petrolífero.
15. Risco de Taxa de Juros
O risco de taxa de juros é o risco de perda decorrente de uma alteração nas taxas de juros.
O Fundo Petrolífero gere este risco através do investimento de acordo com os padrões de referência da indústria bem definidos e com objectivos temporais bem especificados Os valores dos activos e passivos do Fundo Petrolífero são redefinidos nos seguintes prazos:
Dez-09 USD ACTIVOS
FINANCEIROS Balanço Não sensíveis ao juros 6 meses ou menos 6 a 12 meses 1 a 2 anos 2 a 5 anos
Caixa e Equivalentes de
Caixa 3,161,653 - 3,161,653 - - -
Juros a receber 32,243,875 32,243,875 - - - - Investimentos a
preço justo atravez
de ganhos e perdas 5,341,220,031 - 607,965,162 476,150,142 1,319,524,146 2,937,580,581
Total dos Activos 5,376,625,559 32,243,875 611,126,815 476,150,142 1,319,524,146 2,937,580,581
Taxa de juro média
ponderada 3.76% 4.34% 4.10% 3.22%
Dec-08 USD ACTIVOS
FINANCEIROS Balanço Não sensíveis ao juros 6 meses ou menos 6 a 12 meses
1 a 2 anos 2 a 5 anos
Caixa e Equivalentes de
Caixa 634,535 - 635,535 - - -
Juros a receber 22,405,960 22,405,960 - - - - Investimentos a
preço justo atravez
de ganhos e perdas 4,173,931,238 - 653,648,783 646,562,305 1,114,616,801 1,759,103,349 Total dos Activos 4,196,971,733 22,405,960 654,284,318 646,562,305 1,114,616,801 1,759,103,349
Taxa de juro média
ponderada 3.88% 3.50% 4.11% 3.88%
16. Risco Cambial
O risco cambial é o risco de perdas decorrentes das alterações das taxas de câmbio.
Fundo Petrolífero de Timor-Leste Notas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
24
Os activos do Fundo Petrolífero em dólares dos Estados Unidos constam da tabela a seguir:
31 Dezembro 2009 ACTIVOS
FINANCEIROS USD EUR AUD GBP JPY Total
Caixa e Equivalentes
de Caixa 1,509,103 311,946 960,143 289,974 90,487 3,161,653 Juros a receber 29,529,675 1,332,979 1,148,592 185,878 46,751 32,243,875 Investimentos a preço
justo atravez de ganhos e perdas
5,148,613,776 74,474,638 76,737,157 20,685,744 20,708,716 5,341,220,031
Total dos Activos 5,179,652,554 76,119,563 78,845,892 21,161,596 20,845,954 5,376,625,559
31 Dezembro 2008 ACTIVOS
FINANCEIROS USD EUR AUD GBP JPY Total
Caixa e Equivalentes
de Caixa 634,535 - - - - 634,535
Juros a receber 22,405,960 - - - - 22,405,960 Investimentos a preço
justo atravez de ganhos e perdas
4,173,931,238 - - - - 4,173,931,238
Total dos Activos 4,196,971,733 - - - - 4,196,971,733
17. Risco de Liquidez, de Capital e de Mercado
(a) Risco de Liquidez
O risco de liquidez é o risco em que o Fundo Petrolífero poderá incorrer de encontrar dificuldades na captação de fundos para satisfazer compromissos relacionados com os instrumentos financeiros. A liquidez pode resultar de uma incapacidade de vender rapidamente um activo financeiro pelo valor mais próximo do seu justo valor.
(b) Risco de Capital
O Fundo Petrolífero representa uma reserva financeira obrigatória estabelecida com o objectivo de alocar riqueza financeira obtida a partir de recursos naturais, de forma justa e equitativa, para benefício das gerações de Timorenses actuais e futuras. A estrutura do capital do Fundo é composta exclusivamente por pagamentos de capital provenientes das receitas do petróleo e de outras fontes, como descrito na Nota 3 (c). Anualmente, o Governo calcula o Rendimento Sustentável Estimado (RSE), que é definido na lei do Fundo Petrolífero como o valor máximo que pode ser sequestrado do Fundo em cada exercício, deixando recursos suficientes no Fundo de montante de igual valor real a ser apropriado nos anos fiscais posteriores. O cálculo do RSE é apresentado, conjuntamente com o orçamento anual, ao Parlamento, que é obrigado a tomar as RSE em consideração na determinação do montante de capital a ser retirado do Fundo.
Durante o ano não houve nenhuma alteração aos objectivos e políticas de gestão do capital, tendo o Fundo cumprido com todos os requisitos legais relativos à gestão do seu capital.
(c) O risco de mercado
(i) Risco de taxa de juros
O risco de mercado é o risco em que o Fundo Petrolífero poderá incorrer se os preços de mercado subirem, produzindo menores resultados, na altura do vencimento dos investimentos ou quando esses fundos estejam disponíveis para reinvestimento.
Notas às Demonstrações Financeiras Exercício findo em 31 de Dezembro de 2009
__________________________________________________________________________________________
25
A principal ferramenta utilizada para gerir e controlar a exposição ao risco de mercado para a carteira de títulos é a duração modificada. A duração modificada é uma aproximação igual à variação percentual no valor da carteira de obrigações subjacentes para cada variação percentual na rendibilidade do mercado.
A duração modificada da carteira em 31 de Dezembro de 2009 foi de 2,53 anos (2008 - 2,047 anos). Uma mudança paralela na curva de rendibilidade representando um aumento/ (redução) de 1% das taxas de juro do mercado faria diminuir (aumentar) o justo valor da carteira em USD 172.000.000 (2008 - USD 86 milhões).
(ii) Risco de moeda
O Fundo Petrolífero encontra-se exposto ao Euro, ao Dólar Australiano, à Libra Esterlina e ao Iene Japonês.
O quadro seguinte apresenta em pormenor a sensibilidade do Fundo Petrolífero para um aumento ou diminuição de 10% do dólar dos Estados Unidos em relação às moedas estrangeiras pertinentes. 10% é a taxa de sensibilidade utilizada em relatórios internos de risco em moeda estrangeira ao pessoal chave da administração e representa a avaliação feita pela gestão da alteração razoável possível nas taxas de câmbio. A análise de sensibilidade, apenas inclui moedas de maior solidez denominados instrumentos monetários e ajustam a sua conversão no final de cada período para uma alteração de 10% nas taxas de moeda estrangeira. A análise de sensibilidade inclui os valores de caixa e equivalentes de caixa, juros a receber e instrumentos de qualificação. Um número negativo no quadro a seguir indica uma diminuição no lucro, quando o dólar dos Estados Unidos se reforça em 10% em relação à moeda em causa. Para uma redução de 10% do dólar dos Estados Unidos contra a moeda em questão, haveria um impacto semelhante sobre o lucro e os saldos a seguir seriam positivos.
Impacto do EUR Impacto do AUS
2009 2008 2009 2008
i. Ganhos e Perdas ($7,611,956) - ($7,884,589) -
Impacto da GBP Impacto do JPY
2009 2008 2009 2008
i. Ganhos e Perdas ($2,116,160) - ($2,084,595) -
i. Isto é principalmente atribuível à exposição existente em todas as moedas estrangeiras relevantes em matéria de caixa e equivalentes de caixa, juros a receber e instrumentos de qualificação do Fundo Petrolífero no fim do período de referência.
A sensibilidade do Fundo Petrolífero às moedas estrangeiras aumentou durante o período corrente porque este é o primeiro ano em que o Fundo Petrolífero investiu em instrumentos de qualificação englobando outras moedas que não o dólar americano.
18. Reconciliação dos Fluxos Financeiros Líquidos com Demonstração de Excedentes Operacionais
Dez-09 Dez-08
USD USD
Lucro Operacional Apresentado 31,465,511 222,608,815 Valores diferentes de Caixa a Somar/ (Subtrair)
Aumentos dos Juros a Receber (9,837,915) (11,672,660) Ganhos / (perdas) realizados líquidos 143,080,165 (107,692,562)