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2010-08-27 PF Annual Report 2009 Pt Part 4- Ano X

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(1)

FUNDO PETROLÍFERO DE TIMOR-LESTE

PARECERES APRESENTADOS PELO

COMITÉ DE ASSESSORIA PARA OS INVESTIMENTOS

(CAI)

EM 2009

(2)

completamente implementadas

Comité de Assessoria para os Investimentos

Data: 17 de Março de 2009 Para:

Sua Excelência Sra. Emília Pires Ministra das Finanças

República Democrática de Timor-Leste

Assunto: Proposta para nomear o Banco de Pagamentos Internacionais (BPI) como gestor externo da carteira de títulos do Fundo Petrolífero.

Conforme solicitado por Vossa Excelência por ofício de 04 de Fevereiro de 2009, o Comité de Assessoria para os Investimentos analisou a proposta da Autoridade Bancária e Pagamentos (ABP), datada de 27 de Janeiro de 2009 para que o Banco de Pagamentos Internacionais (BPI) possa ser nomeado para exercer a função de gestor externo da carteira do Fundo Petrolífero de Timor-Leste.

Nos termos do artigo 12.2 da Lei do Fundo Petrolífero, o Banco Central pode recrutar e designar um Gestor Externo de Investimentos contanto que o mesmo mereça deferimento da Ministra e que:

(a) o gestor de investimento externo seja uma entidade dotada de personalidade jurídica, detenha capital suficiente e garantias adequadas e esteja devidamente segurada contra riscos operacionais;

(b) o Gestor de Investimento Externo tenha um currículo sólido de desempenho nas áreas operacional e financeiro; e

(c) as referências e a reputação do Gestor de Investimento Externo na área da gestão de títulos de investimento sejam do mais elevado padrão.

O Comité de Assessoria para os Investimentos salienta que o BPI é uma organização internacional criada ao abrigo dos Acordos de Haia, de 20 de Janeiro de 1930 e tem um capital autorizado de 3.000 milhões de SDR dividido em 600.000 acções de igual valor nominal. As acções do BPI são detidos por 55 bancos centrais e o capital próprio em Novembro de 2008 era de US$ 19,1 bilhões. O BPI possui seguro próprio contra riscos operacionais.

O sector de Gestão de Investimentos do BPI (GI BPI) gere fundos através de mandatos expressos e fundos combinados em nome de 23 bancos centrais. O total dos activos geridos pela GI BPI nos finais de Dezembro de 2008 era de US $ 29 bilhões. O BPI oferece

serviços de gestão de activos em títulos soberanos ou de activos de elevado valor. O seu desempenho numa base histórica considera-se como satisfatório.

(3)

completamente implementadas

O Comité de Assessoria para os Investimentos salienta ainda o facto de que a ABP tem estado a cumprir com a devida diligência os procedimentos nos termos do artigo 12.3 da Lei do Fundo Petrolífero. Além disso, o Comité de Assessoria para os Investimentos regista que o assessor jurídico externo da ABP, Clifford Chance, analisou e assinou o projecto de contrato, que se encontra anexada ao parecer da ABP.

Tendo em conta o facto de que o BPI é uma instituição não comercial da mais elevada reputação, detida por bancos centrais de todo o mundo e que utiliza todos os meios para proteger a sua reputação, evitando processos judiciais que envolvam negligência de qualquer espécie, o CAI recomenda a aceitação das disposições constantes do projecto de contrato.

A ABP refere, na sua carta dirigida à Ministra, que o texto negociado e acordado entre o Ministério das Finanças e o BPI em 04 de Julho de 2008 sobre as disposições relativas ao uso de derivativos é incompatível com o texto constante da carta da Ministra para a ABP datada de 08 de Setembro de 2008. A fim de evitar a reabertura das negociações sobre as directrizes de investimento, a ABP notificou a Ministra que a aprovação do Acordo de Gestão de Investimentos (AGI) vai significar que a redacção dada sobre derivativos foi aceite. O Comité de Assessoria para os Investimentos considera que o projecto do AGI respeita os termos da Lei do Fundo Petrolífero e, portanto, considera a proposta final da ABP como adequada. Como o uso de derivativos faz parte das directrizes de investimento negociadas entre o MdF e o BPI, o CAI sugere que o MdF procure incluir uma menção explícita sobre qual o tipo de derivativos permitidos no contrato, sem limitar o universo de investimento negociado com o BPI.

É parecer do Comité de Assessoria para os Investimentos de que o estipulado no artigo 12.2 da Lei do Fundo Petrolífero foi cumprido. Assim, o Conselho recomenda que Vossa Excelência aprove a proposta apresentada pela ABP, com as alterações sugeridas, para que seja nomeado o BPI como gestor externo do Fundo Petrolífero e afectar um montante inicial de US$ 1 bilhão em conformidade com as orientações finais de investimento negociado, tal como apresentado na proposta da ABP.

Além disso, o Comité de Assessoria para os Investimentos recomenda, por conseguinte, a alteração pela Ministra do Acordo de Gestão (AG) entre o Ministério das Finanças e a ABP. No entanto, o valor de referência global, incluído no Anexo 1 do Acordo de Gestão (AG), deve ser determinado através de um rácio fixo entre os critérios subjacentes

incluídos nos dois sub mandatos e em conformidade com o rácio no momento da

transferência de fundos para o BPI. Esses rácios fixos devem ser seguidos de um regime de reequilíbrio, ou seja, regras e procedimentos numa base mensal, para garantir que a ABP tenha um mecanismo para afectar novos recursos e re-afectar recursos existentes, sujeitos a mudanças no valor de mercado das duas sub carteiras, bem como o devido pelas

transferências de numerário de e para o Fundo, para aderir ao rácio fixo determinado na autorização global.

(4)

completamente implementadas Sinceramente,

Olgário de Castro

Comité de Assessoria para os Investimentos Presidente

Anexo:

(5)

completamente implementadas Anexo

Anexo 1: Instrumentos de qualificação, valores de referência e mandatos de investimento

Este mandato pressupõe uma estrutura hierárquica.

O mandato global define a estratégia geral da Ministra em relação aos investimentos do Fundo Petrolífero em termos dos valores de referência e instrumentos elegíveis, incluindo as restrições e limitações aplicáveis.

Os sub mandatos descrevem com mais detalhes a forma como a Ministra espera que sejam implementados os investimentos do Fundo. Define a estrutura de gestão das carteiras de investimento a serem criadas, incluindo o método de gestão dos investimentos, a tolerância aos riscos e os valores de referência contra os quais o desempenho de cada sub mandato deve ser aferido e reportado e, na data do Acordo de Gestão, os gestores nomeados para gerir o sub mandato.

A. Mandato Global

A ABP é a entidade responsável pela gestão operacional do Fundo agregado de acordo com o mandato seguinte;

Mandato Agregado

O valor de referência para o mandato global deve ser constituído pelo rácio ponderado dos dois valores de referência incluídos no mandato 1 e 2 abaixo. As normas e procedimentos adicionais para um regime de reequilíbrio devem ser executados, a fim de garantir que o Gestor Operacional possa cumprir o mandato global.

Instrumentos Elegíveis

Classe de Activos Alocação

A. Investimentos de qualificação de juro fixo, nos termos do artigo 15.1 da Lei do Fundo Petrolífero B. Instrumentos de juros fixos que satisfaçam os requisitos do artigo 14 da Lei do Fundo Petrolífero

até 100%

não superior a 10%

Moedas elegíveis para os investimentos de juro fixa serão o dólar dos EUA, o dólar Australiano, o euro, a libra da Grã-Bretanha e o iene Japonês.

Os gestores externos devem ser autorizados a utilizar instrumentos derivativos, desde que cumpram o estipulado no artigo 15.4 da Lei do Fundo Petrolífero.

B.Sub mandatos

(6)

completamente implementadas

MANDATO 1

Gestor: Autoridade Bancária e de Pagamentos de Timor-Leste

Valores de referência: Merrill Lynch - índice 0-5 anos Títulos do Governo dos

EUA.

Os instrumentos elegíveis: Instrumentos de juros fixos do Governo dos EUA

Objectivo: O objectivo de investimento deverá ser gerir passivamente

a carteira por forma a situar-se próximo dos valores de referência, de modo a que, em circunstâncias normais, o objectivo seja alcançar um retorno dentro de 25 pontos base 1 de diferença do valor de referência..

A diferença entre a duração modificada2 da carteira e o valor de referência deverá ser inferior a 0,2 anos.

MANDATO 2

Gestor: Banco de Pagamentos Internacionais

Valores de referência: Os seguintes grupos de índices, em conjunto, formarão a

série de valores de referência compostos para a carteira: (a) 52%, Merrill Lynch - Títulos do Tesouro dos

EUA, 0-5 anos e Índice de Obrigações ("GVQA"),

(b) 10% Merrill Lynch - Títulos do Tesouro dos EUA, 5 - 10 Anos e Índice de Obrigações ("G6O2"),

(c) 7% Merrill Lynch - Índice do Governo Brasileiro ("G0T0"),

(d) 7% Merrill Lynch - EMU Índice Directo do Governo (EG00 ");

(e) 2% Merrill Lynch - Índice do Ouro do R.U. ("G0L0");

(f) 2%, Merrill Lynch - Índice do Governo Japonês ("G0Y0");

(g) 13%, Merrill Lynch – Dólar dos EUA, Governos Estrangeiros e Entidades Supra Nacionais com classificação AAA ("GS1O "); e

(h) 7% Merrill Lynch - Dólar dos EUA, Governos Estrangeiros e Supra Nacionais com

classificação AA (GS2O").

1 100 pontos base equivalem a um ponto percentual.

2Por ‘duração modificada’ entende-se a medida do declínio da percentagem (aumento) no valor de mercado

(7)

completamente implementadas

Os instrumentos elegíveis: O BPI deverá, consequentemente, investir pelo menos

80% da carteira em instrumentos de qualificação definidos no artigo 15.1 da Lei do Fundo Petrolífero. O BPI poderá investir um máximo de 20% da carteira em depósitos ou instrumentos de dívida em Dólares da Austrália (AUD), Euro (EUR), Iene Japonês (JPY) e Libras Esterlinas (GBP) emitidos por entidades que tenham sido obtido uma classificação de risco em moeda estrangeira de longo prazo de Baa3 ou superior pela agência de classificação Moody's ou BBB- ou superior pela agência Standard & Poor's, desde que os

instrumentos de dívida tenham sido emitidos fora de Timor-Leste, sejam líquidas e transparentes e negociadas em mercados financeiros do mais alto padrão de

regulação.

Objectivo: O esperado desempenho da carteira acima das

estimativas, brutas de taxas de administração, é de 25 pontos base sobre o valor de referência do desempenho, numa base anual durante um período de três anos renováveis, mantendo o controlo ex ante de erro de 100

pontos base.

C. A gestão de caixa

A liquidez de curto prazo poderá ser mantida pelo Fundo por motivos operacionais, mas deverá ser limitada ao dinheiro recebido, na pendência de investimento ou atribuição aos gestores externos, dinheiro e valores mobiliários em transição para ou entre os gestores externos e instrumentos de curto prazo detidos para financiar as dotações efectuadas para a conta do orçamento de estado.

(8)

completamente implementadas

Comité de Assessoria para os Investimentos

Data: 3 de Junho de 2009 Para

Sua Excelência Sra. Emília Pires Ministra das Finanças

República Democrática de Timor-Leste

Assunto: Parecer do Comité de Assessoria para os Investimentos, de 16 de Março de 2009 - correcção do Anexo 1 do Acordo de Gestão

O Comité de Assessoria para os Investimentos respeitosamente vem dar conhecimento à Ministra de um erro de digitação ocorrido no anexo ao parecer do CAI, de 17 de Março de 2009.

A última frase sob a rubrica "Os instrumentos elegíveis" na subsecção "A. Mandato Global" não foi apagada no anexo do parecer devido a um lapso administrativo (Anexo 1 - Instrumentos de Qualificação, Valor de Referência e Mandato de Investimento).

Junta-se a esta o Anexo 1 corrigido, que se encontra em conformidade com o parecer do Comité de Assessoria para os Investimentos, de 16 de Março de 2009.

Respeitosamente,

Olgário de Castro

Comité de Assessoria para os Investimentos Presidente

Anexo:

(9)

completamente implementadas Anexo

Anexo 1: Instrumentos de Qualificação, valor de referência e mandato de investimento

Este mandato pressupõe uma estrutura hierárquica.

O Mandato global descreve a estratégia geral da Ministra em relação aos investimentos do Fundo Petrolífero em termos dos valores de referência e instrumento elegíveis, incluindo restrições e limitações aplicáveis.

Os sub mandatos descrevem com mais detalhes a forma como a Ministra espera que sejam implementados os investimentos do Fundo. Define a estrutura de gestão das carteiras de investimento a serem criadas, incluindo o método de gestão dos investimentos, a tolerância aos riscos e os valores de referência contra os quais o desempenho de cada sub mandato deve ser aferido e reportado e, na data do Acordo de Gestão, os gestores nomeados para gerir o sub mandato.

A. Mandato Global

A ABP é a entidade responsável pela gestão operacional do Fundo agregado de acordo com o mandato seguinte;

Mandato Agregado

O valor de referência para o mandato global deve ser constituído pelo rácio ponderado dos dois valores de referência incluídos no mandato de 1 e 2 abaixo. As normas e

procedimentos adicionais para um regime de reequilíbrio devem ser executados a fim de assegurar que o Gestor Operacional possa cumprir o seu mandato global.

Os instrumentos elegíveis

Classe de Activos Afectação

A.Investimentos de qualificação de juro fixo, ao abrigo do artigo 15.1 da Lei do Fundo Petrolífero

B.Instrumentos de juro fixo Juros Fixa que satisfaçam as condições previstas no artigo 14 da Lei do Fundo Petrolífero

Até 100%

Não superior a 10%

As moedas elegíveis para os investimentos de juro fixos serão o dólar dos EUA, o dólar da Austrália, o euro, a libra da Grã-Bretanha e o iene Japonês.

B. Sub mandatos

Deverá ser atribuída ao Banco de Pagamentos Internacionais uma carteira inicial de $ 1 bilhão.

Autoridade Bancária e de Pagamentos de Timor-Leste Merrill Lynch - índice 0-5 anos de Títulos de Tesouro do Governo dos EUA

Instrumentos juros fixo do Governo dos EUA

(10)

completamente implementadas

referência, de modo a que, em circunstâncias normais, o objectivo seja alcançar um retorno dentro dos 25 pontos base1 de diferença do valor de referência.

A diferença entre a duração modificada2 da carteira e o valor de referência deverá ser inferior a 0,2 anos.

MANDATO 2

Os seguintes grupos de índices, em conjunto, formarão a série de valores de referência compostos para a carteira:

(a) 52% Merrill Lynch – Índice 0-5 anos de Notas e Obrigações do Tesouro dos EUA ("GVQA"), (b) 10% Merrill Lynch 5 – Índice 10 Anos de Notas e

Obrigações do Tesouro dos EUA ("G6O2"), (c) Merrill Lynch - 7% Índice do Governo

Australiano ("G0T0"),

(d) 7% UEM Merrill Lynch - Índice Directo do Governo ("EG00"),

(e) 2% Merrill Lynch – Índice do Ouro no Reino Unido ("G0L0"),

(f) 2% Merrill Lynch –Índice do Governo Japonês ("G0Y0"),

(g) 13% da Merrill Lynch – Índice do Dólar dos EUA, de Governos Estrangeiros e Entidades Supra Nacionais, AAA ("GS1O ") e

(h) 7% Merrill Lynch - Índice do Dólar dos EUA, de Governos Estrangeiros e Entidades Supra

Nacional, AA (" GS2O ").

O BPI deverá, consequentemente, investir pelo menos 80% da carteira em instrumentos de qualificação definidos no artigo 15.1 da Lei do Fundo Petrolífero.

O BPI poderá investir até um máximo de 20% da carteira em depósitos ou instrumentos de dívida em Dólares da Austrália (AUD), Euros (EUR). Ienes Japoneses (JPY) e Libras Esterlinas (GBP) emitidos por entidades que tenham obtido uma classificação de risco em moeda estrangeira de longo prazo de Baa3 ou superior pela agência de notação Moody's ou BBB- ou superior pela agência de notação Standard & Poor's, desde que os instrumentos de dívida tenham sido emitidos fora de Timor-Leste, sejam líquidos e transparentes e negociados em mercados financeiros do mais alto padrão de regulação.

o esperado desempenho da carteira acima das estimativas, brutas de taxas de administração, é de 25 pontos base sobre o valor de referência do desempenho, numa base anual durante um período de três anos renováveis, mantendo o controlo ex ante de erro de 100 pontos base.

1100 pontos base correspondem a 1 ponto percentual.

2Por ‘duração modificada’ entende-se a medida do declínio da percentagem (aumento) no valor de mercado

(11)

completamente implementadas

C. A gestão de caixa

A liquidez de curto prazo poderá ser mantida pelo Fundo por motivos operacionais, mas deverá ser limitada ao dinheiro recebido, na pendência de investimento ou atribuição aos gestores externos, dinheiro e valores mobiliários em transição para ou entre os gestores externos e instrumentos de curto prazo detidos para financiar as dotações efectuadas para a conta do orçamento de estado.

(12)

Comité de Assessoria para os Investimentos

Data: 2 de Setembro de 2009 Para:

Sua Excelência Sra. Emília Pires Ministra das Finanças

República Democrática de Timor-Leste

Assunto: Pedido de parecer sobre a estratégia de investimento do Fundo Petrolífero a longo prazo e as alterações da Lei do Fundo Petrolífero

Na sequência de pedido da Ministra para um parecer sobre a estratégia de investimento do Fundo Petrolífero a longo prazo e sobre alterações do Fundo Petrolífero, de 25 de Junho de 2009, o Comité de Assessoria para os Investimentos debateu a questão na sua reunião de 28 de Agosto de 2009, tendo tomado a seguinte resolução:

1) A fim de proporcionar um parecer à Ministra sobre a estratégia de investimento de longo prazo do Fundo e alterações à Lei do Fundo Petrolífero, foi necessário realizar análises de risco / retorno e de sensibilidade para várias Opções Estratégicas de Afectação de Activos antes de emitir quaisquer pareceres.

2) O Comité deverá dispor dessas análises para nelas basear as suas discussões e apoiar os pareceres finais a serem prestadas à Ministra, servindo ainda de complemento às informações prestadas pela Mercer em 2007 e 2008.

3) Como essas questões são complexas e exigem conhecimento aprofundado e

actualizado dos mercados financeiros e diversas classes de activos, bem como o acesso a dados do mercado e modelos de simulação, tais análises não podem ser realizadas internamente na Secretaria do CAI (MdF e ABP).

4) Assim, o Comité vai solicitar à Ministra a disponibilização ao Comité dos recursos externos suficientes, a fim de assegurar que possa desempenhar as suas funções adequadamente.

5) A melhor maneira de assegurar a disponibilidade dos recursos, será permitir que o Comité e a sua Secretaria possam ter o acesso à Empresa de Consultoria Externa, que o Ministério das Finanças está em processo de contratação e recorrer aos seus recursos de acordo com o contrato entre o Ministério e a Empresa de Consultoria.

6) Anexamos os Termos de Referência, descrevendo o trabalho analítico que o Comité considera importante realizar, antes que este possa emitir um parecer final.

Olgário de Castro

Comité de Assessoria para os Investimentos Presidente

Anexo:

(13)

Anexo

Termos de Referência

Pedido do Comité de Assessoria para os Investimentos

Retorno de investimentos e análise da afectação estratégica de activos Impacto da crise financeira sobre os investimentos do Fundo Petrolífero

Alterações da Lei do Fundo Petrolífero

1. A República de Timor-Leste criou um Fundo Petrolífero, em 2005, com base na Lei do Fundo Petrolífero de 09/2005. O Fundo Petrolífero deve contribuir para uma gestão prudente dos recursos petrolíferos e para uma boa política fiscal para benefício das gerações actuais e futuras.

2. O Fundo Petrolífero será gerido de forma prudente e operará de forma aberta e transparente, dentro do quadro constitucional de Timor-Leste. De acordo com a lei, o governo é o administrador geral do Fundo, enquanto a Autoridade Bancária e de Pagamentos (ABP) é o gestor operacional.

3. Timor-Leste constitui uma economia pequena e aberta, fortemente dependente dos seus recursos do petróleo e do gás. A população total é de 1,015 milhões e o PIB não petrolífero e o PIB não petrolífero per capita para 2008 estão estimados em US$473 milhões e

US$466 per capita, respectivamente1. Devido ao significativo volume das receitas de

petróleo e gás, o RNB é estimado em US$ 2.464 milhões e $2.428 per capita, respectivamente.

4. O saldo do Fundo Petrolífero no final de Junho de 2009 era de US$ 4,9 bilhões. A receita mensal do Fundo é actualmente estimada em cerca de US$ 100 milhões, que está muito além das receitas anuais proveniente das actividades económicas nacionais e arrecadadas pelo governo.

5. Embora o tamanho do fundo não seja significativo, num contexto internacional, é enorme em relação ao sector não petrolífero de Timor-Leste. O valor do Fundo Petrolífero é de aproximadamente 1000% do PIB anual não petrolífero. As receitas do petróleo em 2008 foram de cerca de cinco vezes superior ao PIB não petrolífero, o que faz Timor-Leste vulnerável a quaisquer alterações dos preços internacionais do petróleo.

6. O Rendimento Sustentável Estimado, que é a indicação de referência que determina o valor que deve ser transferido anualmente do Fundo Petrolífero para o Orçamento Geral do Estado a fim de sustentar a Riqueza do Petróleo do país, foi estimado em US$ 408 milhões em 2009. O Fundo Petrolífero contribui com 95% do total das despesas no Orçamento do Estado.

7. Além disso, a volatilidade no retorno do investimento também pode ter um impacto enorme no fluxo de receitas de Timor-Leste. Por conseguinte, o Fundo Petrolífero é gerido de forma prudente. A Lei do Fundo Petrolífero exige que pelo menos 90% da carteira deva ser investida em instrumentos de dívida e depósitos denominados em dólares dos EUA. Estes instrumentos são definidos com mais detalhes no artigo 15 da Lei. Um valor máximo de 10% da carteira poderá ser investido noutros instrumentos financeiros, desde que esses

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instrumentos sejam emitidos no estrangeiro, sejam líquidos e transparentes, sejam negociados num mercado financeiro com o mais alto padrão de regulação.

8. Até Junho de 2009 os investimentos tinham sido realizados apenas em Títulos de

Tesouro do Governo dos EUA e têm sido geridos pelo Departamento do Fundo Petrolífero da ABP. O Governo pretende proceder à diversificação da carteira do Fundo Petrolífero para outras moedas, regiões e activos nomeando gestores externos para a gestão da sua carteiras de activos. A intenção é utilizar a flexibilidade que o actual quadro legal permite para obter um retorno esperado mais elevado e proceder à diversificação dos

investimentos, sujeito à capacidade de assunção de risco do país e da sua apetência pelo risco.

9. Assim, a ABP contratou, em Junho de 2009, o Banco de Pagamentos Internacionais (BPI), como o seu primeiro gestor externo. Será atribuído ao BPI a responsável de gerir $1 bilhão nos termos de um mandato de investimento, que inclui Títulos do Tesouro dos governos da Austrália, Japão, União Europeia e Reino Unido, além dos EUA. 20% da sua carteira pode ser investido em títulos não denominados em US$.

10. Além disso, o Ministério das Finanças determinou a instituição de outros dois

mandatos de investimento externos e foi solicitado à ABP a selecção dos gestores para um mandato de activos global e um mandato de rendimento fixo. Esses mandatos constituirão 4% e 15% da carteira total, respectivamente. Com esses mandatos a flexibilidade permitida na actual Lei do Fundo Petrolífero ficará plenamente esgotada.

11. O Comité de Assessoria para os Investimentos (CAI) foi criado para aconselhar a Ministra sobre a gestão e estratégia de investimento do Fundo Petrolífero. A nomeação do BPI como um gestor externo e os dois outros mandatos externos referidos acima, é baseada em pareceres do CAI. A Ministra enviou, recentemente, ao CAI dois pedidos de parecer, casos que o CAI deverá abordar com urgência.

12. Na primeira carta, datada de 25 de Junho de 2009, a Ministra solicitou um parecer ao CAI sobre as seguintes questões relacionadas com a política e estratégia de investimento: a) Afectação estratégica e optimizada de activos para o Fundo Petrolífero e a estratégia de investimento a curto, médio e longo de longo prazo, tendo em conta o objectivo de

maximizar o retorno ajustado ao risco e tendo em conta o objectivo do Fundo e da capacidade de Timor-Leste para suportar tais riscos;

b) Incorporação dos Princípios de Santiago referentes aos Fundos de Riqueza Soberanos na Lei do Fundo Petrolífero; e

c) Alterações dos artigos 14 e 15 da Lei do Fundo Petrolífero, tendo em conta as conclusões contidas nos itens a) e b).

(15)

14. Com base nestes antecedentes, o Comité de Assessoria para os Investimentos solicita as análises seguintes:

1) Análise do retorno de investimento de longo prazo;

Necessita-se da seguinte análise:

a) Uma análise da probabilidade de alcançar o retorno dos investimentos indicados a seguir após um período de 5, 10 e 20 anos, respectivamente, para várias opções de afectação de activos (incluindo 100% títulos do tesouro do Governo dos EUA 0-5 anos):

i. 3% de taxa real de retorno ii. 4% de taxa real de retorno iii. 5% de taxa real de retorno

b) Uma análise do saldo do Fundo Petrolífero em 2030 sob várias opções de afectação de activos, incluindo uma análise de probabilidade e de sensibilidade centrado

especificamente nos riscos desviados do padrão.

c) Um dos objectivos fundamentais da gestão do Fundo é a sustentabilidade da despesa fiscal num horizonte muito longo (infinito). Queira, analisar a correspondência entre a exigência de retorno, o nível de risco associado e o impacto sobre os gastos em relação ao Orçamento Geral do Estado, ambos ilustrados por meio de uma distribuição de

probabilidade para a longevidade do Fundo e através de uma avaliação da volatilidade dos gastos no orçamento fiscal ou outras medidas apropriadas. Nos termos das actuais

directrizes sobre os gastos, o rendimento sustentável é retirado do fundo anualmente. Se necessário, as formulações alternativas das directrizes sobre os gastos podem ser

investigadas para melhorar a longevidade esperada do fundo ou amenizar a despesa fiscal dada o maior risco financeiro do fundo. A avaliação do risco fora do desvio padrão deve ser incluída. Será que a escolha de classes de activos ou estratégias e as suas prováveis distribuições possa ter algum impacto no risco estimado na análise?

d) Analisar o grau de risco na despesa fiscal através da actual regra de gastos de

rendimento sustentável. Poderia a Afectação Estratégica da Carteira de Activos do Fundo ser adaptada para atender às necessidades de cobertura na despesa fiscal? Como?

2) Análise de afectação estratégica de activos

O CAI considera quatro opções de afectação óptima de activos, tendo em conta a capacidade de Timor-Leste assumir riscos e a sua capacidade de gestão:

Opção 1:

Acções: 25%

Rendimento Fixo: 75% Opção 2:

Acções: 40%

Rendimento Fixo: 60% Opção 3:

Acções: 60%

(16)

Opção 4:

Acções: 80%

Rendimento Fixo: 20%

Queira fornecer as seguintes informações chave para cada uma dessas opções, sujeitas a uma carteira óptima de títulos e as restrições descritas nos artigos 14 & 15 do projecto de alterações da Lei do Fundo Petrolífero:

a) Retorno Anual Esperado por um período de 1,3,5,10 e 20 anos com uma análise de sensibilidade / probabilidade;

b) Previsão de Risco Anual durante um período de 1,3,5,10 e 20 anos, com uma análise de sensibilidade / probabilidade;

c) A probabilidade de um retorno negativo durante um horizonte temporal de um quarto, 1, 3,5,10 e 20 anos respectivamente

d) Desempenho histórico de 20 anos (1989-2009) numa base trimestral e anual e) Retorno Total Esperado para o período até 2030, com uma análise de sensibilidade

/ probabilidade;

f) Saldo do Fundo Petrolífero Esperado em 2030, com uma análise de sensibilidade / probabilidade;

Tome também em consideração os efeitos da inclusão de outros instrumentos financeiros, como acções privadas, bens imobiliários etc. na carteira.

Discutir os pressupostos do modelo utilizado na análise, incluindo hipóteses de rebalanceamento da carteira, riscos taxa de câmbio, prémios de risco, etc.

3) Impacto da Crise Financeira

Por favor, elabore três cenários possíveis antecipando o desenvolvimento do mercado financeiro no curto e médio prazo, discuta a possibilidade destes cenários acontecerem e recomende estratégias para mitigar os efeitos adversos previsíveis, sem prejuízo das limitações da actual Lei FP.

A análise deve incluir cenários, designadamente, de aumentos globais das taxas de juro e da inflação, desvalorização substancial do dólar dos EUA e um cenário de crescimento nulo / deflação, bem como quaisquer sugestões sobre decisões de investimento de curto e médio prazo.

4) Investimento em TIPS

O Comité de Assessoria para os Investimentos decidiu afectar uma parte da carteira de aos Títulos do Tesouro Indexados à Inflação (TIPS). Queira dar parecer sobre um mandato de investimento passivo adequado, de preferência usando a norma de referência G0QI. O CAI está mandatado para avaliar a capacidade operacional das instituições de Timor-Leste para emitir mandatos de investimentos para novos instrumentos. Queira avaliar a capacidade operacional da Autoridade Bancária e de Pagamentos (ABP) para gerir um mandato de investimento dos TIPS, incluindo uma revisão dos procedimentos

(17)

Comité de Assessoria para os Investimentos

Data: 2 de Setembro de 2009 Para:

Sua Excelência Sra. Emília Pires Ministra das Finanças

República Democrática de Timor-Leste

Assunto: Pedido de parecer sobre a estratégia de investimento do Fundo Petrolífero e o impacto da crise financeira.

Em referência à carta de 30 de Julho de 2009, a Ministra solicitou ao Comité de Assessoria para os Investimentos um parecer sobre o impacto da crise financeira no mercado dos EUA e o impacto esperado sobre os rendimentos do investimento do Fundo Petrolífero, a curto, médio e a longo prazo.

A ministra solicitou ainda ao Comité parecer sobre a melhor forma de minimizar eventuais efeitos adversos sobre os investimentos do Fundo a curto, médio e longo prazo em

consequência da crise financeira.

A dramática reformulação dos preços nos mercados financeiros, consubstancia o ponto de vista de que os preços do mercado podem, eventualmente, situar-se bastante acima do justo valor normalmente considerado como base para um prémio de risco de longo prazo. Uma das implicações desse ponto de vista é que mesmo o rendimento esperado a longo prazo sobre, por exemplo, títulos de investimento pode variar ao longo do tempo. Assim, os rendimentos esperados sobre títulos, rendimentos de activos fixos com riscos de crédito mais elevados e as classes de activos alternativos, são, provavelmente, mais elevados hoje do que o eram antes da crise financeira. Vale a pena notar, contudo, que a crise não significa que esta variação seja mais previsível hoje do que o era antes da crise;

evidentemente, os mercados de preço alto podem continuar caros por muitos anos e uma mudança no sentimento é extremamente difícil de prever de forma consistente e com antecedência.

À medida que foi mudando o sentimento com a perspectiva de recuperação económica, as taxas de juros EUA aumentaram significativamente em 2009, causando uma queda

temporária dos preços dos títulos e do preço de mercado da carteira, do que resultou um fraco desempenho até agora em 2009. Apesar do baixo rendimento durante esse período, o Comité fez realçar o facto de o Fundo Petrolífero ter investido totalmente em títulos do Tesouro de curto prazo. A exposição a taxas de juros crescentes tem sido substancialmente inferior ao de outros fundos de riqueza soberanos que detêm títulos de rendimento de juros fixos de maior duração.

(18)

de juro daqui para frente, uma duração um pouco maior é favorável, devido à sua maior produtividade associada à maturidade.

Um maior aumento na taxa de juros nos EUA ainda é possível e isso pode resultar num desempenho mais fraco dos investimentos do Fundo Petrolífero no curto prazo. Este efeito é, entretanto, temporário e provavelmente, limitado, visto que as taxas de juro de curto prazo estão agora perto dos níveis historicamente médios. O aumento das taxas de juro faz crescer as taxas dos novos títulos e o rendimento dos investimentos a médio e longo prazo. Assim, um aumento das taxas de juros nos EUA. será globalmente benéfico para o

desempenho do Fundo a longo prazo se os títulos forem mantidos até o vencimento. Os mercados financeiros internacionais estão altamente voláteis e em grande medida imprevisíveis, ilustrando a necessidade de uma perspectiva de longo prazo sobre os investimentos do Fundo Petrolífero. Desde a criação do Fundo, a estratégia de

investimento tem sido conservadora a fim de preservar o valor do Fundo Petrolífero e evitar enormes flutuações no rendimento do investimento e do valor de mercado do Fundo. O Fundo tirou benefícios desta estratégia durante a crise financeira internacional, tendo tido, globalmente, um desempenho melhor do que a maioria dos outros fundos em

resultado da queda dos mercados accionistas mundiais e do declínio das taxas de juros dos EUA. Isto resultou num rendimento do investimento em 2007 e 2008 maior do que o rendimento esperado a longo prazo dos títulos do Governo dos EUA. Do mesmo modo, quando as taxas de juro dos EUA aumentam, como aconteceu em 2009, o desempenho a curto prazo será menor do que o rendimento esperado a longo prazo.

Outro impacto potencial da crise financeira sobre o Fundo Petrolífero é a forma como a recuperação económica é financiada. A excessiva emissão de dólares dos EUA tem o poderá enfraquecer substancialmente o dólar dos EUA e, em última instância, conduzir ao fim do dólar dos EUA como moeda de reserva. A exposição do Fundo aos dólares dos EUA vai sendo diluída à medida que o Fundo diversificar o portfólio noutras moedas e isto evidencia a urgência da revisão da Lei do Fundo Petrolífero.

A actual Lei do Fundo Petrolífero permite investir até 10% noutros activos financeiros que não os definidos no art. 15.1, ou seja, principalmente em instrumentos expressos em dólares dos EUA de rendimento fixo e com baixo risco de crédito. 4% desta flexibilidade já foi explorada através de investimentos noutros títulos do governo para além das

obrigações do Governo dos EUA, como refere o mandato de investimento do BPI. Além disto, o Comité recomendou e a Ministra aprovou, a atribuição de 4% para um mandato de capital global. A ABP encontra-se no processo de selecção de um gestor de activos globais, em conformidade com o mandato de investimento determinado pela Ministra. Uma maior diversificação da carteira exigirá alterações à Lei do Fundo Petrolífero.

A natureza do Fundo Petrolífero como fundo público, a sua estrutura de governação e as capacidades e as competências do Ministério das Finanças e da ABP, exigem uma

estratégia de investimento baseado numa estratégia de afectação de activos de longo prazo. Os dados históricos mostram que é possível que essa estratégia seja mais remuneradora a longo prazo do que as estratégias especulativas, tais como o timing de mercado ou a

afectação táctica de activos, o que, para ser bem-sucedido, exigiria um certo grau de

previsibilidade dos mercados que não é evidente nem documentado. Note-se que mesmo os fundos que utilizam essas estratégias dependem extensivamente da capacidade

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identificar cada alteração do curso dos mercados não é uma opção realista para ninguém; tentar fazê-lo, em nossa opinião, constitui uma estratégia potencialmente cara.

No entanto, o Comité de Assessoria para os Investimentos nota que o processo contínuo de aumentar a exposição dos fundos de investimento à carteira de títulos e uma maior

diversificação da carteira de títulos podem beneficiar das condições actuais do mercado. A introdução de fundos de investimento na carteira de títulos com rendimentos mais elevados pode realmente vir a ser muito benéfica, tendo em conta o calendário, embora a parcela da carteira de títulos a ser afectada a estas classes de títulos de investimento seja bastante reduzida, devido às limitações da Lei do Fundo Petrolífero.

Assim, o Comité recomenda que a Ministra prossiga a seguinte estratégia:

1) Continuar o trabalho de, gradualmente, diversificar a carteira para diversas classes de activos, desde que haja no Governo a apetência do risco, ou seja:

a. diversificar a carteira de rendimento fixo, a fim de obter um maior rendimento esperado, incluindo os activos emitidos por organizações supranacionais, os activos com maior duração, etc.

b. explorar a flexibilidade que a actual Lei do Fundo Petrolífero permite para investir até 10% noutros instrumentos financeiros para além dos instrumentos de rendimento fixo e de baixo risco de crédito denominados em dólares Americanos,

c. alterar a Lei do Fundo Petrolífero para garantir uma maior diversificação da carteira, dependendo isso da capacidade de Timor-Leste em assumir riscos.

2) Definir uma estratégia de longo prazo para afectação de activos do Fundo a ser

implementada gradualmente, tendo em conta as capacidades, as competências e a estrutura de governação do Fundo. O timing do mercado e as decisões tácticas de curto prazo não

devem ser descartados.

3) Continuar o trabalho de formulação de uma estratégia de investimento do Fundo, criando um regime para a reavaliação da colocação de activos estratégicos que seja compatível com a capacidade e estrutura de governação do Fundo.

O Comité prestará à Ministra parecer sobre a afectação estratégica de activos de longo prazo e as alterações do Fundo Petrolífero, tal como solicitado na carta da Ministra de 30 de Junho de 2009. Serão, contudo, necessárias análises e pesquisas complementares antes que o Comité possa prestar tal parecer.

Existe o risco de que a crise de crédito possa resultar em estímulo monetário global, o que pode arrastar a economia mundial para uma situação inflacionária. Um aumento da

(20)

Olgário de Castro

(21)

Comité de Assessoria para os Investimentos

Data: 18 de Setembro de 2009 Para:

Sua Excelência Sra. Emília Pires Ministra das Finanças

República Democrática de Timor-Leste

Assunto: Pedido de parecer sobre a parte do depósito do Fundo Petrolífero em dinheiro

Senhora Ministra,

O Comité de Assessoria para os Investimentos acusa a recepção da sua carta de 15

Setembro de 2009, solicitando parecer do Comité sobre uma proposta para depositar US$ 1.2 bilhões numa conta no Hong Kong & Shanghai Banking Corporation (HSBC), em conexão com um acordo com a Asian Champ Investment Ltd (ACI), descrito na carta da ACI datada de 15 de Setembro de 2009 e assinada por Datuk Edward Ong, através da qual o Fundo Petrolífero receberia um retorno de 7,5% para um ano.

O Comité de Assessoria para os Investimentos aproveita esta oportunidade para agradecer à Senhora Ministra por ter solicitado o parecer do Comité e aconselha a Senhora Ministra a continuar a agir com a máxima cautela.

Embora a Comité não possa, pelas razões abaixo indicadas, recomendar a aceitação da proposta, o Comité sugere que a Senhora Ministra solicite à Autoridade Bancária e de Pagamentos para confirmar as hipóteses sobre as quais o Comité alicerçou as suas conclusões.

O Comité elaborou o seu parecer baseado nas seguintes premissas:

 A partir do texto do prospecto, em especial a introdução e os itens (i) e (ii), é evidente que a Ásia Champ Investments Ltd. é uma parte da transacção. Dos itens (ii) e (iii) subentende-se que é esta empresa que promete o pagamento da remuneração de 7,5% e não o HSBC.

 O Comité não foi capaz de verificar a existência da Ásia Champ Investments Ltd no Registo Online de Empresas de Singapura e a ACI e não consta da Internet por qualquer forma. Embora o regime proposto não seja um compromisso formal de nomear a ACI como gestor externo, nem apresentado como um investimento na ACI apesar da sua oferta de um retorno, no entanto associa a ACI com a gestão de uma parcela significativa do Fundo Petrolífero e, portanto, deve ser feito recurso à lei em busca de orientação. A limitada evidência de que dispõe o Comité sugere que o ACI fica muito aquém das condições descritas no artigo 12.2 da Lei do Fundo Petrolífero.

(22)

 Embora seja mencionado um ramo específico do HSBC para actuar como depositário, a proposta da ACI não contém nenhuma evidência que sugira que o HSBC tenha concordado em ser parte do acordo proposto ou a subscrever os riscos a ele associados. Por isto e pelas razões expostas acima, o Comité é da opinião de que os riscos dos investimentos propostos devem pertencer à ACI. Neste pressuposto, o investimento não cumpre os critérios de investimento estabelecidos no artigo 15 da Lei do Fundo

Petrolífero.

 No caso pouco provável que o HSBC seja realmente a única contrapartida nesta proposta e seja o fornecedor do retorno de 7,5% num depósito em numerário normal, o prazo da proposta (15 dias), normalmente não seria suficiente para realizar um devido processo de diligência sobre essa empresa de acordo com normas internacionais aceitáveis de gestão operacional.

 A documentação apresentada ao Comité parecer descrever acordo a coberto dos quais a ACI não terá acesso aos fundos e, portanto, nenhuma oportunidade para fazer um lucro comercial e muito menos suficientes para justificar o nível de juro acordada. Tendo em conta que a proposta se refere a um mandato de conta bancária, cujos detalhes não foram fornecidos, o Comité conclui que o mandato de conta proposta poderá ser elaborado de uma forma que permita o depósito a ser usado como garantia de um acordo de negócios com terceiros. Se este for o caso, o Comité considera que essa solução equivaleria a colocar um ónus sobre os activos em violação do artigo 20 da Lei do Fundo Petrolífero.

 O Comité adverte, sem fazer quaisquer inferências sobre as motivações das partes envolvidas na proposta da ACI, que em todo o mundo tem havido um número de casos em que os investidores institucionais têm ficado presas de esquemas fraudulentos no âmbito de acordos envolvendo depósitos aparentemente seguros em "contas

bloqueadas" em bancos respeitáveis, com taxas de juro mais elevadas do que as do mercado, prazo curto para tomada de decisões e pouca ou nenhuma documentação relativa às partes que fazem a oferta.

O CAI é de opinião que todas as decisões de investimento explícitas do Fundo Petrolífero devem ser institucionalizadas, ou seja, a estratégia de investimento deverá ser determinada pelo Ministério das Finanças e todos os problemas de implementação, incluindo a selecção de contrapartes e a escolha de investimentos individuais, devem ser geridos pelo gestor operacional do Fundo, em conformidade com os procedimentos estabelecidos na Lei do Fundo Petrolífero e no Acordo de Gestão.

Se surgirem oportunidades de investimento no futuro que não estejam dentro da política de investimento existentes, o Comité sugere que a resposta adequada seria rever a estratégia de investimento antes de considerar propostas de investimento específicas.

À luz das diversas incertezas inerentes às matérias enumeradas acima, a adesão ao devido processo legal é visto como necessário para gerar a documentação de apoio, com

evidências de que foram levadas a cabo uma análise sólida e devida diligência a respeito dos investimentos propostos e das contrapartes associados à gestão de activos do Fundo Petrolífero.

Olgário de Castro

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Comité de Assessoria para os Investimentos

Data: 16 de Dezembro de 2009 Para

Sua Excelência Sra. Emília Pires Ministra das Finanças

República Democrática de Timor-Leste

Assunto: Pedido de parecer sobre a estratégia investimento de longo prazo do Fundo Petrolífero e as alterações da Lei do Fundo Petrolífero.

Referimo-nos à carta de 25 de Junho de 2009, em que a Ministra solicitava ao Comité de Assessoria para os Investimentos um parecer sobre a estratégia de investimentos de longo prazo do Fundo Petrolífero e sobre alterações à Lei do Fundo Petrolífero.

O Comité de Assessoria para os Investimentos nas suas reuniões de 28 de Agosto, 18 de Setembro, 06 de Novembro, 11 de Novembro, 20 de Novembro e 15 de Dezembro de 2009 dispensou a sua melhor atenção à solicitação da Ministra e do projecto de proposta de alterações aos artigos 14 & 15 do Fundo Petrolífero.

O documento anexo que inclui o parecer sobre a estratégia de investimentos e sobre as alterações aos artigos 14 & 15 do Fundo Petrolífero foi aprovado pelo Comité em 15 de Dezembro de 2009.

Atenciosamente,

Olgário de Castro

Comité de Assessoria para os Investimentos Presidente

Anexo:

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Revisão dos artigos 14 e 15 da Lei do Fundo

Petrolífero

Antecedentes

Em 25 de Junho de 2009, a Ministra escreveu ao Comité de Assessoria para o Investimento (CAI), solicitando um parecer sobre as alterações propostas aos artigos 14 e 15 da Lei do Fundo Petrolífero. A Ministra solicitou que o CAI fornecesse uma análise completa e sustentada das recomendações previstas e foi com isso em mente que este documento foi preparado, levantando questões sobre a elaboração da proposta dos dois artigos para apreciação do Comité, bem como oferecer uma proposta de alteração à versão preliminar do texto para a apreciação do Comité.

Sabe-se que o Ministério das Finanças está a trabalhar noutras alterações à lei do Fundo Petrolífero e, ao apresentar este trabalho, o CAI está consciente de que o Comité foi convidado a comentar sobre dois artigos, sem ter recebido pormenores sobre quaisquer outras alterações propostas para a lei. Uma vez que os artigos 14 e 15 incorporam princípios quer da governação, quer de investimentos, os comentários que se seguem baseiam-se nos princípios de governação e de gestão que sustentam a actual Lei do Fundo Petrolífero.

Este documento define o projecto da Ministra para cada secção, juntamente com a

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O Comité de Assessoria para o Investimento recomenda que a Ministra inclua o texto que se segue para os artigos 14 e 15 da nova Lei do Fundo Petrolífero:

Artigo 14 - Regras de Investimento

14.1 O Ministro deverá estabelecerá a política de investimento do Fundo Petrolífero aplicando os princípios de diversificação, com o objectivo de maximizar os retornos financeiros com ajuste de risco do Fundo Petrolífero, levando em conta a finalidade do Fundo, os condicionalismos em que este opera e a capacidade de Timor-Leste para suportar riscos.

14,2 A política de investimento deve providenciar uma carteira com liquidez suficiente para garantir que há financiamento disponível sempre que seja necessário para

transferências para o Orçamento do Estado ou para reequilibrar investimentos dentro da exposição política.

14.3 O Ministro e o Gestor Operacional deverão desenvolver e manter políticas, sistemas e procedimentos que garantam a identificação, monitorização e gestão dos riscos associados com a implementação da estratégia de investimento.

.

14.4 A gestão do Fundo Petrolífero deverá ser feita de acordo com todos os requisitos de regulamentação e divulgação aplicáveis dos países em que são feitos os investimentos. 14.5 O Ministro deve apresentar um resumo da política de investimento proposta do Fundo Petrolífero ao Parlamento no Relatório Anual do Fundo Petrolífero e antes da tomada de decisões sobre alterações significativas de afectação de activos. O Relatório Anual deverá também incluir uma declaração sobre a forma como as provisões dos Artigos 14.º e 15.º foram aplicadas durante o ano.

Artigo 15º - Investimentos Elegíveis

15.1 - Para se qualificar como investimento elegível segundo o presente Artigo um investimento deve ser emitido ou situado no estrangeiro numa jurisdição reconhecida internacionalmente.

15.2 - Pelo menos 60 por cento dos montantes no Fundo Petrolífero serão colocados em investimentos elegíveis na forma de depósitos ou instrumentos de dívida que obtenham juros ou um montante fixo equivalente a juros, desde que:

a) se determine que os instrumentos de dívida tenham grau de investimento, ou

b) os depósitos sejam mantidos em instituições financeiras com classificação correspondente a grau de investimento.

15.3 - Pelo menos 40 por cento dos montantes no Fundo Petrolífero serão colocados em investimentos elegíveis na forma de títulos de dívida, desde que:

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15.4 - Poderão ser colocados até 5% dos montantes no Fundo Petrolífero em outros investimentos elegíveis, desde que:

a) o Ministro incluiu a classe de activos a que os investimentos elegíveis pertencem na afectação de activos proposta apresentada ao Parlamento segundo o número 5 do Artigo 14.º, e

b) as políticas e critérios para selecção, gestão e avaliação de instrumentos financeiros individuais dentro da classe de activos foram aprovados pelo Ministro e publicados.

15.5 - A exposição do Fundo Petrolífero:

a) a qualquer companhia ou emissor, excepto para um estado soberano, na forma de investimentos elegíveis, não deverá exceder três por cento do valor total do Fundo Petrolífero;

b) a qualquer classe de activos deverá, numa base líquida, ser positiva.

15.6 Não obstante as provisões dos números 1 e 2 do Artigo 20.º, os custos resultantes da gestão de transacções de mercado ou da participação em programas de empréstimo de títulos com natureza a curto prazo consistente com princípios de gestão prudente de activos não serão considerados ónus ou encargos no investimento de montantes do Fundo Petrolífero pelo Gestor de Investimentos.

15.7 Um instrumento derivativo qualifica-se como investimento elegível apenas se:

(a) for usado com vista a reduzir o risco para o Fundo do instrumento ou instrumentos subjacentes, ou a facilitar a implementação eficiente da exposição ao risco; e

b) o risco dos instrumentos derivados não for superior ao que seria obtido pela exposição directa aos riscos subjacentes de acordo com a presente Lei; e

c) o Ministro tiver estabelecido condições relativamente ao uso operacional do instrumento derivado.

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Artigo 14

O artigo é incluído na lei para fornecer um quadro para a definição das políticas de

investimento do Fundo. A redacção é baseada na redacção da Ministra por ser ela a pessoa com autoridade para definir a política de investimentos, com base na seguinte interpretação da legislação em vigor:

 O Artigo 11.1 dá ao governo (através da Ministra das Finanças) a responsabilidade de determinar as políticas de investimento do Fundo.

 O Artigo 11.2 da Ministra dá a autoridade para tomar decisões sobre a estratégia de investimento após de parecer do CAI.

 A redacção do artigo 16.1 (a), prevê o desenvolvimento pelo CAI de valores de referência de desempenho dos investimentos, de forma proactiva, se assim o entender, sem poderes, contudo, para decidir sobre a adopção dos critérios assim desenvolvidos. Um dos principais documentos consultados no decurso da revisão desta secção foi o Grupo

Internacional de Trabalho sobre os “Fundos de Riqueza Soberanos: Princípios e Práticas

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Artigo 14.1

Recomendação da Ministra Proposta do CAI

14.1. - As políticas de investimento a serem estabelecidas pela Ministra de acordo com o artigo 11.1 terão como objectivo a

maximização do retorno ajustado ao risco, equilibrando o retorno esperado contra o risco esperado e tendo em conta os objectivos do Fundo e da capacidade de Timor-Leste para suportar o risco.

14.1 O Ministro deverá estabelecerá a política de investimento do Fundo Petrolífero aplicando os princípios de diversificação, com o objectivo de maximizar os retornos financeiros com ajuste de risco do Fundo Petrolífero,

levando em conta a finalidade do Fundo, os condicionalismos em que este opera e a capacidade de Timor-Leste para suportar riscos.

Fundamentação

O objectivo deste ponto é garantir que o Ministro estabelece uma política de investimento que maximiza o retorno dos investimentos do Fundo Petrolífero após ter em conta os riscos inerentes aos mercados financeiros internacionais e os condicionalismos que afectam as situações locais.

A política de investimento é uma declaração formal do perfil de risco e a afectação de

activos do Fundo, o universo de investimento e valores de referência, princípios de investimento, tais como a utilização de gestores internos / externos e métodos de investimento e outras questões relacionadas com a política de investimento global. O princípio GAPP18 dos princípios de Santiago determina que "A política de

investimentos dos FRS deve ser clara e coerente com os objectivos definidos, a tolerância ao risco e a estratégia de investimento, conforme definido pelo proprietário ...". Além disso, os sub princípios referem-se à política de investimento, incluindo o possível uso da alavancagem, o uso de derivativos, a forma como que os gestores internos / externos são usados, incluindo demonstrações qualitativas sobre o método de investimento (activo / passivo, financeiro / estratégico) ou temas de investimento.

O Fundo Petrolífero poderia cumprir este princípio, produzindo um documento público, abrangendo os vários factores acima descritos.

O termo „estratégiade investimento‟ a longo prazo é mencionado na GAPP18, mas não é

referido no artigo proposto, uma vez que faz parte da política de investimento.

A diversificação é o processo de investir numa gama de bens ou de classes de activos com

diferentes graus de risco, retornos e correlações a fim de minimizar o risco não sistemático, que é também conhecido como risco diversificável. O risco diversificável é a parte do risco de um activo resultante das circunstâncias únicas de um título financeiro específico, ao contrário do mercado global, e é exclusivo para um determinado activo. Negócios, liquidez e riscos de incumprimento enquadram-se nesta categoria. Supõe-se que qualquer investidor possa criar uma carteira em que este tipo de risco é reduzido ou totalmente eliminado através da diversificação, ou seja, a combinação de vários investimentos diversos na carteira.

A expressão "maximização dos retornos financeiros ajustados ao risco” reflecte a redacção

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como o Fundo Petrolífero, nomeadamente o de gerir as reservas financeiras de Timor-Leste em benefício da geração actual e das gerações vindouras. Os retornos a longo prazo incluem ganhos ao nível de rendimentos e capitais. A previsão do futuro é na melhor das hipóteses uma ciência imprecisa, e por esta razão não é possível garantir que as políticas de investimento produzam termos concretos a longo prazo, daí empregar-se o termo objectivo em vez de requisito. Fica implícito que não é possível esperar que os investimentos no Fundo produzam retornos consistentes a curto prazo, pelo que é necessário considerar retornos a longo prazo.

A exigência de Ministra para tomar em consideração vários factores (efeitos, limitações e riscos) destina-se a colocar num amplo paralelo um conjunto de factores semelhantes que

o CAI deve considerar no artigo 16.3, a fim de assegurar a coerência da estrutura de governação, embora a redacção proposta neste ponto seja deliberadamente ampla para permitir a possibilidade de que a Ministra possa levar em conta factores além daqueles que o CAI é obrigado a considerar.

A frase "a capacidade de Timor-Leste para assumir riscos" foi incluída de acordo com a

proposta da Ministra. A frase significa que as decisões sobre o perfil de risco do Fundo devem basear-se numa perspectiva muito ampla sobre o funcionamento do Fundo na economia. Exemplos de questões eventualmente relevantes incluem o impacto do Fundo sobre a variabilidade das receitas do Governo, a fracção da riqueza petrolífera total

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Recomendação da Ministra Proposta do CAI

14.2 A política de investimento deve fornecer liquidez suficiente na carteira para garantir que o financiamento esteja

disponível sempre que necessário para as transferências para o Orçamento Geral do Estado ou de reequilíbrio dos investimentos dentro da exposição política.

Mesmoa

Fundamentação

Este número pretende garantir que o Fundo será suficientemente líquido para permitir transferências para o Orçamento do Estado e reequilíbrios.

A Lei actual assenta no pressuposto de que o CAI irá recomendar uma estratégia que terá de levar a liquidez em conta (conforme está obrigado pela alínea c) do número 3 do Artigo 16.º) e que o Ministro aceitará e implementará a política, assegurando assim liquidez suficiente. O parágrafo actual retira a possibilidade de o Ministro agir contrariamente ao parecer do CAI e decidir investir o Fundo em activos ilíquidos, impedindo dessa forma transferências para o Orçamento do Estado.

É igualmente acrescentado um requisito sem paralelo na Lei actual, nomeadamente que o Fundo precisa também manter liquidez suficiente para permitir o reequilíbrio de

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Recomendação da Ministra Proposta do CAI

14.3 O Fundo Petrolífero será gerido de forma responsável dentro dos princípios da diversificação por forma a procurar uma ampla exposição e evitar riscos excessivos, estando sujeito aos sãos princípios

reconhecidos internacionalmente para o controlo operacional e gestão de riscos

14.3 O Ministro e o Gestor Operacional deverão desenvolver e manter políticas, sistemas e procedimentos que garantam a identificação, monitorização e gestão dos riscos associados com a implementação da estratégia de investimento.

Fundamentação

O princípio da diversificação (o que implicitamente inclui a amplitude de exposição e a

redução do risco) foi transferido para o artigo 14.1, uma vez que é mais estreitamente associado com o desenvolvimento da estratégia de investimento do que com a

implementação das políticas.

Este número foi reformulado para se concentrar na segunda metade da proposta da Ministra, e para ampliar as responsabilidades. O texto recomendado exige que todos os riscos, tanto financeiros como operacionais, estejam sujeitos a processos de gestão de risco adequados.

Algumas formas como o risco pode ser gerido é aqui incluído, nomeadamente através da política de gestão de riscos, sistemas e procedimentos.

A referência aos "princípios internacionalmente bem reconhecidos para o controlo operacional e de gestão de risco" foi removido, uma vez que pode não estar claro que

princípios particulares devam ser aplicados. A exigência de "identificar, monitorar e gerir”

o risco implica que determinadas normas deverão ser cumpridas, no mesmo sentido que a

palavra “gestão” é utilizada no artigo 11.1, sem a necessidade de especificar "em conformidade com as melhores práticas internacionais", ou redacção semelhante. Além disso, evita a necessidade de levantar a questão "Apesar de estarmos a identificar,

monitorar a gestão do risco, é possível que beneficiando de uma visão retrospectiva alguém possa afirmar que um princípio internacional poderia ser considerado como definindo um padrão mais elevado do que aquele que foi aplicado?"

O requisito de garantir que os riscos são “identificados, monitorizados e geridos” reflecte o

19.º princípio Santiago “O FRS deverá ter um quadro que identifique, avalie e faça a gestão dos riscos das suas operações” e o PPGA 22.1 “O quadro de gestão de riscos deverá

... possibilitar a monitorização e gestão adequadas de riscos relevantes...”

Pretende-se que a frase “O Ministro e o Gestor Operacional deverão desenvolver ...

procedimentos” seja interpretada como significando que ambas as partes deverão trabalhar

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Recomendação do Ministra Proposta do CAI

14.4 O Fundo Petrolífero deve ser gerido em plena conformidade com todos os requisitos regulamentares e de divulgação aplicáveis e evitar qualquer conflito de interesse real ou aparente.

14.4 A gestão do Fundo Petrolífero deverá ser feita de acordo com todos os requisitos de regulamentação e divulgação aplicáveis dos países em que são feitos os

investimentos.

Fundamentação

A intenção deste número é garantir que os investimentos do Fundo cumprem totalmente os requisitos reguladores apropriados nos vários mercados em que o Fundo irá investir.

O texto proposto reflecte o texto do número 4 do 14.º princípio Santiago “As operações e actividades de FRS em países anfitriões devem ser conduzidas de acordo com todos os

requisitos aplicáveis de regulamentação e divulgação dos países onde operem.” O texto

não pretende sugerir a tautologia de que é necessário cumprir as leis de investimento. Ao invés, afirma que as actividades de investimento do Fundo serão efectuadas de forma responsável e transparente em outros países.

A redacção sobre os conflitos de interesse foi removida porque o assunto é parte integrante dos princípios da boa governação, que é imposta pelo actual artigo 11.4. Parafraseando os princípios de Governação Corporativa de 2004 da OCDE (tendo em conta que eles são direccionados para o sector comercial) os componentes da boa governação constituem o quadro de governação; a protecção dos direitos das partes interessadas (a parte do que é a prevenção de conflitos de interesse); a prestação de informação fiável e oportuna aos interessados; eficácia dos conselhos de gestão (incluindo a monitorização de conflitos de interesses e a garantia de que não executivos independentes estejam em número suficiente no processo de tomada de decisões sempre que haja um potencial para conflitos de

interesses).

Vários dos princípios de Santiago abordam a questão da governação, incluindo o PPGA 6

(“O quadro de governação para os FRS deve ... facilitar a responsabilização e a

independência operacional”) e o PPGA8 (“Os órgãos de governação devem agir de acordo com os melhores interesses dos FRS...”). Pode-se argumentar que estes e outros princípios de Santiago relativos à governação estão incluídos por implicação na frase do Artigo 11.º

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Recomendação da Ministra Proposta do CAI

Nenhuma. 14.5 O Ministro deve apresentar um resumo

da política de investimento proposta do Fundo Petrolífero ao Parlamento no Relatório Anual do Fundo Petrolífero e antes da tomada de decisões sobre alterações significativas de afectação de activos. O Relatório Anual deverá também incluir uma declaração sobre a forma como as provisões dos Artigos 14.º e 15.º foram aplicadas durante o ano.

Fundamentação

A intenção deste número é reconhecer a flexibilidade acrescida proposta nos números 2 e 3 do Artigo 15.º, permitindo ao Ministro mais escolhas a respeito das classes de activos em que o Fundo poderá ser investido. A intenção consiste em incluir a provisão proposta na lei para assegurar que o Ministro informa o Parlamento todos os anos relativamente à forma como a política e regras de investimento delineadas nos Artigos 14.º e 15.º foram aplicadas e a como o Governo vê alterações na política de investimento para o ano seguinte. Esta informação deve ser fornecida no Relatório Anual para garantir um grau elevado de responsabilização e transparência.

Para lá disto, o Ministro deverá informar o Parlamento no que se refere a alterações significativas de afectação de activos antes de confirmar a decisão. Isto poderá suceder através da submissão de relatórios escritos ao Parlamento, como por exemplo ou Documento Branco ou outros documentos apropriados.

Este número não pretende limitar a autoridade do Ministro para elaborar a estratégia de investimento ou determinar a afectação preferida de activos (dentro dos condicionalismos do restante do Artigo 15.º), mas sim possibilitar a aceitação das alterações por parte dos intervenientes. Poderá ser vista como uma alternativa para o período de revisão explícita na legislação vigente, para trazer os procedimentos para a obtenção de aceitação dos

intervenientes, mais em consonância com as tradições parlamentares de outros países com Fundos de Riqueza Soberanos.

Este número foi acrescentado para garantir a conformidade com o princípio Santiago

PPGA 18.3 “Deverá ser divulgada publicamente uma descrição da política de investimento do FRS.”

As palavras “política de investimento proposta” pretendem esclarecer a intenção de o

governo não ficar mais limitado pelo resumo submetido ao Parlamento do que fica por outras declarações de intenção relativamente às suas actividades.

A intenção de incluir a política de investimento proposta no Relatório Anual não visa apenas informar o Parlamento da política num documento que não seja limitado pelo voto, mas também funcionar como padrão de referência contra o qual se possa medir a

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Este artigo está incluído na lei a fornecer orientações específicas para o investimento do Fundo Petrolífero. A intenção das orientações é definir os limites legais sobre a forma como parcelas da carteira podem ser investidas, reservando o suficiente poder

discricionário da Ministra e ouvido o parecer do CAI para determinação da afectação de activos estratégicos dentro desses limites.

O artigo também permite que o Fundo participe de actividades de gestão de activos, tais como empréstimos de títulos financeiros e o uso de instrumentos derivativos em condições definidas.

Limites de Afectação de Activos

A inclusão de máximos / mínimos específicos para determinadas classes de activos na Lei destina-se a proporcionar um equilíbrio entre o papel do Parlamento para definir limites globais sobre a estratégia de investimento e o papel da Ministra / CAI na determinação da estratégia de afectação de activos em qualquer altura, dentro desses limites. De seguida fornece-se uma discussão sobre os limites adequados de afectação de activos na lei e as razões por detrás dos números específicos previstos nos artigos 15.2, 15.3 e 15.4.

Análise da Watson Wyatt

O Comité de Assessoria para o Investimento reviu o relatório "Do Petróleo para os Activos Financeiros: Planeamento para um Futuro Sustentável para Timor-Leste", fornecido pela Watson Wyatt, a pedido do Ministério das Finanças.

O Comité anotou as seguintes conclusões chave do Relatório da Watson Wyatt:

1. 1. É necessária uma afectação de títulos de pelo menos 25% para obter um retorno real a longo prazo de 3% ao ano, com base na experiência histórica e nos nossos modelos de antecipação do futuro.

2. Uma maior afectação de títulos proporciona um retorno a longo prazo superior ao esperado, mas também um maior nível de risco esperado. Por exemplo, o retorno esperado num ano pobre de 1 em 20 sob uma estratégia de 25% de títulos é de -9%, enquanto para uma estratégia de 80% de títulos é de -28%.

3. Pode haver benefícios de diversificação em incluir na carteira investimentos alternativos tais como imobiliário, títulos privados e fundos de cobertura; todavia as afectações para estas classes de activos conduzem também a questões que incluem oneração sobre o tempo dos intervenientes, taxas mais elevadas, riscos de liquidez e níveis gerais de complexidade.

4. Um nível de gastos do RSE só será sustentável se for acompanhado por uma estratégia de investimento que procure obter um retorno real consistente com esse nível de gastos.

O relatório da Watson Wyatt (WW) ilustra a ligação entre afectação de activos, retorno esperado, directivas de despesas e sustentabilidade da construção do fundo. A afectação de activos deve, com um grau de confiança razoável, ser capaz de produzir um retorno real anual semelhante às

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Tabela 7: Retornos históricos de diversas estratégias de investimento desde 1990 Resultado nominal fraco 1 em 20

anos (% pa) -1,6 -0,9 -4,7 -6,2 -11,5 -17,2 -22,1 Fonte: Relatório da Watson Wyatt, Novembro de 2009

A tabela resume o retorno histórico e as figuras de riscos para diversas opções de afectação de activos. Todas as opções de afectação de activos que incluem mais de 25% em títulos obtiveram mais de 3% de taxa de retorno real histórica. A actual estratégia de investimento ficou aquém do nível de RSE em 1%, enquanto os títulos de 25% e 40% excederam o nível de RSE de 3% em 0,1% e 0,8% respectivamente, numa base histórica.

O desvio padrão de retorno aumenta 1,4% e 3,7% (para 6,5% e 8,8%) a partir da afectação de activos actual (5,1%) para as opções que incluem 25% e 40% em títulos,

respectivamente. Isto significa que durante 2/3 dos anos a estratégia actual proporcionou uma taxa de retorno real entre 3,1% e 7,1%, enquanto os intervalos correspondentes são -3,4% e 9,6% e -5% e 12,6% para as opções de títulos de 25% e 40%, respectivamente. A frequência do retorno anual negativo aumentou de 9,2% para 11,9% e 19,3%

respectivamente para estas duas opções de afectação de activos. Isto significa que a

estratégia actual e que os 25% em títulos produziram retornos negativos aproximadamente a cada dez anos, enquanto a frequência aumentou para o dobro a cada quinto ano, com afectação de 40% para títulos. Assim, passando para os títulos de 25%, podemos sustentar o nível actual do RSE, mantendo o nível de risco próximo ao que temos utilizado até agora. Olhando para o modelo de antecipação do futuro conduzido pela Watson Wyatt, a figura seguinte mostra o retorno real esperado para diferentes opções de afectação de activos sujeitas ao perfil de risco destas opções. O risco é medido por “Tail Conditional Expectations de 5%”, o que mostra que o retorno esperado será para os 5% piores

Referensi

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