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2012 Rec Bud 16 Jan 2013 Port

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2012

Orçamento Rectificativo

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1

Prefácio

A Lei Orgânica do Ministério das Finanças especifica que a Direcção Nacional do Orçamento é responsável pela

elaboração, acompanhamento e avaliação do Orçamento Geral do Estado.

De acordo com esta provisão, e de modo a aumentar a transparência das finanças públicas, o Ministério das

Finanças está a publicar esta versão final dos documentos referentes à Rectificação do Orçamento Geral de

Estado para 2012, promulgado por S. Exa., o Presidente da República Taur Matan Ruak, no seguimento de

debate na sessão plenária do Parlamento Nacional.

A documentação para a Rectificação do Orçamento Geral de Estado para 2012 consiste na Lei Orçamental, a

qual é publicada no Jornal da República, e neste livro orçamental de apoio. Este livro orçamental contém

informações e análises sobre a economia, despesas, receitas e financiamento, para lá de delinear as despesas

adicionais que o Governo fará em 2012 e a justificação para as mesmas.

A documentação orçamental está disponível no portal electrónico do Ministério das Finanças

(www.mof.gov.tl). Quaisquer questões relativas a esta publicação devem ser dirigidas ao Sr. Agostinho Castro,

da Direcção Nacional do Orçamento, através do correio electrónico acastro@mof.gov.tl ou do telefone +670

333 9520.

Numa altura em que Timor-Leste diz “Adeus Conflito, Bem-vindo Desenvolvimento”, considero que o presente

documento irá sensibilizar os leitores para as finanças e políticas do Governo, prestando informações

detalhadas sobre o orçamento aos cidadãos, sociedade civil e parceiros de desenvolvimento.

Emília Pires

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2

Índice

Parte 1: Discurso do Primeiro-Ministro ... 3

Parte 2: Descrição e Análise do Orçamento de Estado Rectificativo para 2012 ... 12

2.1 Justificação e Sumário Executivo ... 12

2.2 Panorama Económico ... 17

2.3 Despesas ... 24

2.4 Receitas e Investimentos ... 32

2.5 Financiamento ... 37

2.6 Contribuição dos Parceiros de Desenvolvimento ... 37

Anexo 1: Alteração devida à Rectificação por Ministério. Divisão e Categoria Orçamental (in $’000) ... 39

Anexo 2: Alterações propostas pelo Parlamento no Orçamento Retificação por Categoria Divisão Ministério, e

Apropriação (em $ 000) ... 55

Anexo 3: Alteração devida à rectificação no Fundo de Infra-estruturas por Programa (in $’000) ... 80

Parte 3: Lei do Orçamento Geral de Estado Rectificativo para 2012... 82

3.1 Texto da Lei do Orçamento Geral de Estado Rectificativo para 2012 ... 82

3.2 Anexo I: Estimativas de receitas a cobrar pelo Estado em 2012 ($ million) ... 85

3.3 Anexo II: Dotações Orçamentais para 2012 ... 85

3.4 Anexo III: Agências Autónomas financiadas em parte pelas suas próprias receitas(in $’000) ... 102

3.5. Anexo IV: Dotações Orçamentais para 2012 – Fundo das Infra-estruturas(in $’000) ... 104

3.6 Anexo V: Dotações Orçamentais em 2012 – Fundo de Desenvolvimento de Capital Humano(in $’000) ... 107

Parte 4: Documentação Adicional de Apoio ... 108

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3

Parte 1: Discurso do Primeiro-Ministro

Sua Excelência

Senhor Presidente do Parlamento Nacional

Suas Excelências

Vices-Presidentes do Parlamento Nacional

Suas Excelências

Senhores Deputados

Caros colegas, membros do Governo

Senhoras e senhores,

É com muito prazer que me dirijo a Vossa Excelência, Senhor Presidente, e a todos os

distintos deputados desta Casa Magna, para apresentar o Orçamento Rectificativo de

2012 que vai permitir o funcionamento cabal do V Governo Constitucional.

Em Agosto de 2007, o anterior Governo assumiu o compromisso de proceder a

reformas na gestâo e administração do país. Por essa razão, na sequência da

necessidade de mudar o sistema de ‘ano fiscal’, que ocorria de Julho a Junho do ano

seguinte, o Governo apresentou, ao Parlamento Nacional, um orçamento de transição,

não só para cobrir as necessidades do novo Executivo, até 31 de Dezembro de 2007,

como estipulou, a partir dali, o sistema de ‘ano financeiro’, que actualmente cobre de 1

de Janeiro a 31 de Dezembro de cada ano.

Em 2008, houve necessidade de um Orçamento rectificativo, para fazer face à crise

mundial de alimentação e, graças à vontade política do Parlamento Nacional,

Timor-Leste conseguiu evitar todos os problemas, que poderiam ter surgido por falta de

produtos alimentares no país como ainda controlou a inflação, na venda do arroz.

(5)

4

Hoje, venho de novo, perante o Parlamento Nacional, defender a necessidade de um

Orçamento Rectificativo ou, por outras palavras, uma Revisão ao OGE de 2012.

Em 2008 e 2010, os Orçamentos Rectificativos apresentaram despesas para além dos

montantes globais dos respectivos OGEs anuais, exigindo um acréscimo do

levantamento do Fundo Petrolífero. Esta revisão do OGE de 2012 não incorre na

necessidade de um levantamento adicional do Fundo Petrolífero, porque o dinheiro,

que se pretende, será financiado a partir das poupanças do Fundo das Infraestruturas.

Isto significa que o meu Governo vem apenas pedir um reajustamento do OGE de

2012.

A Lei da Gestão Financeira exije disciplina na execução orçamental, impedindo

sobretudo transferências das categorias de Salários e Vencimentos e do Capital de

Desenvolvimento para outras categorias e permitindo apenas 20% nas de Bens e

Serviços e do Capital Menor.

Porque é da competência exclusiva do Parlamento Nacional, por meio de uma lei, a

autorização destas transferências e das mudanças relacionadas a diferentes rubricas, é

que o Governo vem apresentar e defender a necessidade de um Orçamento

Rectificativo ao OGE de 2012.

Senhor Presidente

Senhores Vices-Presidentes

Distintos Deputados

Excelências,

O V Governo Constitucional está empenhado no grande objectivo, que todos

comungamos, de construção de uma Nação mais forte e mais próspera para todos os

timorenses.

Como foi amplamente debatido aqui, o Programa do Governo define as

políticas e as acções para atingir este desígnio, que é conduzir o país para um maior

fortalecimento do Estado e rumo a bases sólidas de desenvolvimento nacional.

(6)

5

Governo anterior e, nesse sentido, é que devo informar, aos Senhores Deputados e a

todo o Povo, de que o princípio adoptado para a formação do actual Governo foi de

obter eficiência e eficácia, nas nossas actuações.

Financiar esta nova estrutura significa dar continuidade aos progressos alcançados até

à data e significa conduzir a administração pública aos objectivos de eficiência e

eficácia, na prestação de serviços ao povo e na prestação de responsabilidades

perante o Estado.

Será esta nova estrutura que vai implementar as actividades definidas, no Programa do

Governo, para assegurar os pilares de desenvolvimento nacional, como são, o capital

social, as infra-estruturas, a economia e a criação de emprego, a par do fortalecimento

do quadro institucional.

Na visão sobre o desenvolvimento, o sector petrolífero será um motor fundamental de

crescimento económico. Agora e no futuro, este Governo está determinado em garantir

que a riqueza dos recursos naturais venha construir a nossa nação e possa reverter a

favor do nosso Povo.

Isto irá requerer capacitação interna e políticas fortes para assegurar que as acções

das companhias petrolíferas internacionais beneficiem a nossa nação, não apenas

através de impostos mas também por via da criação de emprego e de qualificações.

Para tal, precisamos de garantir que o gás natural é processado também em

Timor-Leste e não apenas no estrangeiro.

A importância e a complexidade desta tarefa justificam o estabelecimento do

Ministério

do Petróleo e Recursos Minerais. O orçamento para este Ministério é de 6,3 milhões de

dólares, plenamente justificado em face do potencial em termos de receitas, criação de

emprego e de riqueza resultante da exploração petrolífera.

Timor-Leste é também um país rico em beleza natural, história e cultura. O potencial

para atrair turistas é bastante significativo, sendo que o turismo pode contribuir

directamente para o desenvolvimento económico e criação de emprego.

Neste sentido, é necessário que haja um esforço por parte do Governo para promover

o nosso país no estrangeiro e para garantir as comodidades que os turistas

internacionais procuram.

(7)

6

O IV Governo Constitucional criou as bases para o investimento integrado, planeado e

faseado de projectos com vista a melhorar as infra-estruturas básicas, nomeadamente

a melhoria das estradas, dos portos e aeroportos, das pontes, dos esgotos, da

distribuição de água potável, da produção de electricidade e melhoria das

telecomunicações.

Temos vindo a investir em Capital de Desenvolvimento e na construção de projectos de

grande complexidade, como é o caso da criação de um sistema fiável de produção,

transmissão e distribuição de energia eléctrica, projectos que foram geridos pelo

Ministério das Infra-estruturas.

Uma análise aprofundada aos projectos de infra-estruturas revelou que a gestão dos

mesmos não deveria continuar nas mãos de um único Ministério, de forma a garantir

um programa de investimento de grande escala para actualizar, reparar, melhorar ou

construir uma série de infra-estruturas vitais para permitir o acesso à saúde, à

educação, aos mercados, às indústrias e aos negócios.

Assim, com o intuito de melhorar a relação entre a qualidade e o custo destes

projectos, e a necessidade em termos de mão-de-obra qualificada e conhecimentos

técnicos, o Governo estabeleceu o Ministério dos Transportes e Comunicações e o

Ministério das Obras Públicas, com orçamentos de 6,1 milhões e de 152,7 milhões,

respectivamente.

Um parceiro fundamental para impulsionar o desenvolvimento económico é, sem a

menor dúvida, o sector privado. Assim, este Governo pretende criar um ambiente que

permita ao sector privado contribuir para o crescimento, gerar emprego e reduzir a

pobreza. Esta responsabilidade caberá, sobretudo, ao novo Ministério do Comércio,

Indústria e Ambiente e à Secretaria de Estado de Apoio à Promoção do Sector Privado.

E para tal cabimentámos 20,9 milhões e 1,9 milhões de dólares, respectivamente.

No futuro, será igualmente importante coordenar melhor as políticas a serem

introduzidas por todo Governo. O novo Ministério da Presidência de Conselho de

Ministros, com um orçamento de 2,1 milhões de dólares, contribuirá para uma melhor

coordenação na formulação e implementação das políticas do Governo.

(8)

7

Em resumo, a nova estrutura do Governo irá melhorar a prestação de serviços e tem

um impacto consideravelmente limitado sobre as despesas em 2012.

Excelência, Senhor Presidente

Excelências, Senhores Vices-Presidentes

Excelências, Senhores Deputados

Senhoras e Senhores,

Como se pode ver, na nossa proposta de Revisão do OGE de 2012, o montante total

para o nosso pedido de reajustamento orçamental é de 50 milhões de dólares.

O maior aumento nas despesas prende-se com os 26,9 milhões de dólares destinados

a Pensões para Combatentes da Libertação Nacional. Este aumento, superior ao

inicialmente orçamentado para 2012, é fundamentado por um maior número de

combatentes aprovados em consequência do processo de verificação e validação dos

registos. Os combatentes recém-aprovados recebem pagamentos retroactivos, e este

facto é que provoca um impacto orçamental desproporcionalmente grande, mas só

durante o primeiro ano, em que estes combatentes recebem os benefícios.

Parece-me escusado justificar esta obrigação do nosso Estado, já que, em não fazendo

agora, a única altternativa seria atrasar, até ao próximo ano, os pagamentos a alguns

combatentes. Acredito que todos concordamos que este orçamento rectificativo é a

forma justa e correcta de tratar aqueles que esperaram já demasiado tempo.

O orçamento rectificativo aumenta também as pensões para os idosos em 7,1 milhões

de dólares. Esta despesa é necessária para pagar benefícios às pessoas com mais de

sessenta anos e às pessoas com incapacidade comprovada para trabalhar.

Também o fundo de contingência aumenta em 6,1 milhões de dólares. Este aumento

prende-se com a necessidade de pagar as despesas imprevistas e urgentes que

poderão surgir na parte final deste ano financeiro. Ainda assim, com este aumento, o

orçamento total para o fundo de contingência continuará a ficar significativamente

inferior aos 5% do Orçamento do Estado permitidos por lei.

(9)

8

cerca de 2,4 milhões para bens e serviços da PNTL a fim de continuar a apoiar as

operações em curso com vista a assegurar a segurança interna e fomentar o

policiamento de base comunitária.

Gostaria ainda de destacar a reconstrução e reabilitação de 23 escolas e outras

instalações de educação atingidas por catástrofes naturais, com um investimento de

1,7 milhões, o investimento em serviços de cuidados de saúde no valor de 1,2 milhões

e o investimento que irá ser efectuado, através de transferências públicas, para a

construção e reabilitação de igrejas em Viqueque, Suai, Fohoren, Ermera e Sare que,

juntamente com outros projectos relacionados com o bem-estar da população, tem o

valor de 1,4 milhões.

Este orçamento reflecte ainda investimentos para o funcionamento do Berlim-Nakroma,

para o abastecimento de água em todo o território, para auditorias externas às contas

do Governo para garantir a boa governação e transparência e para o pagamento final

da construção de um porto de atracagem para a componente naval em Hera.

Em conclusão, a despesa adicional no Fundo Consolidado de Timor-Leste é muito

reduzida quando comparada com a dimensão global do orçamento original. Isto

significa que a despesa líquida de 50 milhões de dólares no Fundo Consolidado de

Timor-Leste representa menos de 3% do total do orçamento original para 2012.

Excelências

Senhoras e senhores,

Como lembrei desde o início, o orçamento rectificativo não aumenta a despesa geral do

Estado, para 2012. Os 50 milhões de dólares de despesas adicionais líquidas no Fundo

Consolidado de Timor-Leste são financiados na totalidade por poupanças no Fundo

das Infra-estruturas, mais exactamente no programa do Tasi Mane, o qual não deverá

ter despesas significativas durante este ano.

Como sabem o Fundo das Infra-estruturas é praticado em conformidade com as

melhores práticas internacionais e gere projectos de grande dimensão que, por esta

mesma razão, são plurianuais.

(10)

9

É com esta gestão cautelosa dos fundos e o transporte justificado do Fundo para os

projectos, à medida que se vai verificando a conclusão de determinadas componentes,

que foi possível poupar 50 milhões de dólares no Fundo das Infra-estruturas, mais

exactamente no programa do Tasi Mane.

O que não significa que o projecto de Tasi Mane ficará comprometido com atrasos na

concepção, aprovisionamento e construção, pois caso seja necessário irá ser feito o

reajustamento de todas as poupanças conseguidas em todos os projectos do Fundo

das Infra-estruturas, com a aprovação do CAFI (Conselho de Administração do Fundo

das Infrastruturas), a fim de viabilizar de forma eficiente este investimento tão

importante para a nossa nação.

Assim, não iremos precisar de retirar dinheiro do Fundo Petrolífero, uma vez que

estamos dispostos a financiar as novas despesas e a nova estrutura do Governo,

através das poupanças havidas.

Senhoras e Senhores,

Este orçamento rectificativo não aumenta as despesas, os empréstimos ou os

impostos. Deste modo não irá afectar o crescimento económico, a inflação ou a

sustentabilidade fiscal a curto prazo. A longo prazo a nova estrutura de Governo

poderá melhorar a prestação de serviços e sustentar um forte crescimento económico.

Este Governo está ciente de que o preço de muitos bens aumentou em Timor-Leste

nos últimos anos. Estamos também cientes de que isto está a afectar muitas famílias.

Estamos a envidar todos os esforços no sentido de monitorizar cuidadosamente a

inflação e implementar políticas, incluindo a restrição do crescimento das despesas

recorrentes, para garantir que os preços não subam demasiado depressa.

(11)

10

Em relação a despesas por categorias, de uma forma ainda preliminar, posso informar

a seguinte execução em dinheiro:

- Salários e Vencimentos, 63%

- Bens e Serviços, 64%

- Capital Menor, 40.7%

- Capital de Desenvolvimento, 31.5%

- Transferências, 72.6%

- Fundo de Infra-estruturas, 37%

- Fundo de Desenvolvimento de Capital Humano, 83%

Senhor Presidente do Parlamento Nacional

Distintos Deputados

Senhoras e senhores,

O Governo propõe este orçamento rectificativo ao Parlamento Nacional por três razões

principais:

Primeiro, ao financiar novos ministérios em sectores como o turismo, o petróleo e as

obras públicas, estaremos a melhorar a eficiência dos gastos em infra-estruturas e a

encorajar o desenvolvimento do sector privado.

Segundo, o orçamento rectificativo financia alguns novos investimentos como os

pagamentos aos Combatentes da Luta pela Libertação Nacional, pois não queremos

atrasar indevidamente os pagamentos destinados àqueles que combateram com honra

e com bravura em prol da nossa nação, não esquecendo, no entanto, de proteger a

camada mais vulnerável de cidadãos.

(12)

11

Finalmente, este orçamento rectificativo é o motor de arranque deste novo executivo,

que com firmeza, dedicação, optimismo e coragem vai abordar plenamente os desafios

de desenvolvimento da nossa querida Nação.

Muito obrigado.

Kay Rala Xanana Gusmão

(13)

12

Parte 2: Descrição e Análise do Orçamento de

Estado Rectificativo para 2012

2.1 Justificação e Sumário Executivo

O Governo está determinado em manter um crescimento económico forte, melhorar a

prestação de serviços e reduzir a pobreza. Para tal foi proposta uma nova estrutura de

Governo. Esta estrutura inclui seis novos ministérios, nomeadamente:

Ministério de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros

Ministério do Comércio, Indústria e Ambiente

Ministério das Obras Públicas

Ministério dos Transportes e Comunicações

Ministério do Petróleo e dos Recursos Minerais

Ministério do Turismo

O Ministério de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros será responsável por muitas

das políticas da agora dissolvida Secretaria de Estado do Conselho de Ministros. Este Ministério

deve melhorar ainda mais a coordenação da formulação e implementação de políticas através

do Governo.

O Ministério da Economia e Desenvolvimento foi dissolvido. O Governo tomou esta decisão em

virtude de uma análise do desempenho deste Ministério ter revelado que o seu orçamento

daria uma maior contribuição ao desenvolvimento caso fosse realocado para outros

ministérios. Muitas das funções deste Ministério, como por exemplo a promoção do

investimento e das exportações, foram transferidas para os novos Ministério do Comércio,

Indústria e Ambiente e o Ministério do Turismo.

(14)

13

O Ministério das Infra-estruturas era anteriormente responsável pelo sector das obras públicas

e pelo sector dos transportes. A política do Governo de dar prioridade inicialmente às despesas

com infra-estruturas para fomentar o crescimento económico significa que há muitos projectos

e despesas consideráveis planeados para estes sectores. A administração de um tão grande

número de projectos por parte de um só ministério pode não ser a solução perfeita, sendo que

o Governo considera que a criação do Ministério dos Transportes e Comunicações e do

Ministério das Obras Públicas, dotados de mandatos e responsabilidades bem definidos, servirá

para ajudar a implementação dos projectos e para ajudar a uma melhor relação

qualidade-custo e a uma maior responsabilização perante o Parlamento.

O Governo considera que a criação de novos ministérios para o Petróleo e o Turismo se justifica

em face da importância destes sectores para o desenvolvimento económico. O Ministério do

Petróleo e dos Recursos Minerais irá assumir todas responsabilidades da Secretaria de Estado

dos Recursos Naturais. O Ministério do Turismo será responsável por muitas das políticas

implementadas anteriormente pela Direcção Nacional de Turismo localizada no agora

dissolvido Ministério do Turismo, Comércio e Indústria.

Este orçamento rectificativo transfere os orçamentos relativos a várias divisões de ministérios e

secretarias de estado dissolvidos para outros novos. Em 2012 os orçamentos dos novos

ministérios e secretarias de estado serão compostos sobretudo pelos orçamentos de divisões

que haviam sido incluídas no Orçamento Geral de Estado original para 2012 sob ministérios que

foram entretanto dissolvidos. Isto permitirá aos novos ministérios continuar a prestar serviços

com poucas ou nenhumas perturbações. Significa também que o custo global líquido da nova

estrutura de Governo é reduzido.

(15)

14

Tabela 2.1.1 Despesas adicionais no Orçamento de Estado Rectificativo – CFET em milhões de dólares

Despesas adicionais de mais de 1 milhao de dolares

Amount

Pensao para os Veteranos

26,9

Subsidio para os Idosos

7,1

Fundo de Contingencia

6,1

Ministerio da Defesa e Seguranca

2,9

Ministério da Educação, Escola de Reabilitação

1,7

Bens e Servicos da PNTL

2,4

Traansferencias para Igreja e Sociedade Civil no GPM

1,4

Ministerio da Saude

1,2

Bens e Servicos para operacao do Berlin - Nakroma

1,2

Capital menor para Agua

1,2

Bens e Servicos para o Instituto de Equipamentos

1,2

Auditoria external

1,1

Pagamento para LIFESEA na Secretaria do Estado da Defesa

1,1

Todas as Outras Despesas (líquidas) do FCTL

-5,4

Total

50,0

Todas estas despesas adicionais estão a ser pagas por poupanças no Fundo de Infra-estruturas.

O orçamento adicional para as pensões dos veteranos é de longe o maior item de despesa na

Tabela 2.1.1. Esta despesa é essencial para pagar as pensões a que os veteranos têm direito a

nível legal e moral, à luz do corajoso serviço prestado à nossa nação.

(16)

15

orçamento. Mais especificamente, as estimativas de receitas domésticas, o RSE (Rendimento

Sustentavel Estimado), os levantamentos excessivos, o uso do saldo de dinheiro e os

empréstimos não sofrem alterações com o orçamento rectificativo.

Uma vez que este orçamento rectificativo não altera o montante global de despesas no

Orçamento Geral de Estado ou a forma como estas despesas são pagas, o Governo não prevê

que este orçamento rectificativo tenha um impacto substancial na sustentabilidade fiscal, no

crescimento económico ou na inflação a curto prazo. O estabelecimento de novos ministérios e

secretarias de estado pode melhorar ainda mais a prestação de serviços a longo prazo.

Concluindo, o presente orçamento rectificativo financia uma nova estrutura de Governo e

delineia 50 milhões de dólares em despesas adicionais no FCTL. Estas despesas são pagas

(17)

16

através de poupanças equivalentes no Fundo de Infra-estruturas.

Este orçamento retificativo

não aumenta a quantidade total das despesas do Governo.

Tabela 2.1.3 Tabela Fiscal Padrão de Orçamento do Estado em milhões de dólares

2011 actual

(preliminari

o nao

auditado)

2012

orcament

o original

incluindo

roll over e

depois dos

virements

2012

mudanca

no

retificativ

o

2012

orcament

o final

Total das Despesas

1.097,1

1.806,5

0,0

1.806,5

Recorrente

508,8

709,5

47,8

757,3

Salarios e vencimentos

111,5

140,3

-1,2

139,0

Bens e Servisos (incluindo FDCH)

254,4

370,9

13,6

384,5

Transferencias Publicas

142,9

198,3

35,4

233,7

Capital

588,3

1.097,0

-47,8

1.049,1

Capital Menor

27,3

47,8

1,4

49,2

Capital e Development (inc Fundo das

Infra-estruturas)

561,0

1.049,1

-49,2

1.000,0

Receitas Domesticas

110,7

136,1

0,0

136,1

Non-Oil Balanco Fiscal

-986,4

-1.670,4

0,0

-1.670,4

Financiamento

986,4

1.670,4

0,0

1.670,4

Rendimento Sustentavel Estimado (RSE)

734,0

665,3

0,0

665,3

Excesso de withdrawals do FP

321,0

829,6

0,0

829,6

Uso do balance da Caixa

-68,6

132,4

0,0

132,4

(18)

17

2.2 Panorama Económico

2.2.1 Economia Internacional

2.2.1.1 Tendências no Crescimento Internacional

O crescimento global abrandou para 3,9% em 2011, comparativamente com os 5,3% registados

em 2010, devido ao enfraquecimento continuo da recuperação da crise financeira,

especialmente nas economias avançadas, que se manteve em 2012. No cômputo geral, prevê-

- que o crescimento abrande para 3,5% em 2012 antes de aumentar para 3,9% em 2013 (Figura

2.2.1.1.1).

Figura 2.2.1.1.1: Crescimento Económico Real a nível internacional entre 2008 e 2017

Fonte: Actualização do Panorama Económico Mundial do FMI, Julho de 2012.

Prevê-se que o crescimento nas economias avançadas seja de 1,4% em 2012 e de 1,9% em

2013. A crise na zona euro continua a fomentar incerteza e a ser um obstáculo a uma

recuperação sólida na Europa e noutros mercados. Após um primeiro trimestre forte, os dados

dos EUA sugerem que o crescimento no país continuará também a ser lento, sendo que o

desemprego teima em permanecer elevado.

Está previsto que as economias em vias de desenvolvimento cresçam até 5,6% em 2012 e 5,9%

em 2013. Embora o rápido crescimento registado em países como a China, a Índia e o Brasil

tenha de certa forma abrandado, continua a ser elevado quando comparado com o que se

-6.0

-4.0

-2.0

0.0

2.0

4.0

6.0

8.0

10.0

12.0

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2017

World output

Advanced economies

Emerging and developing

economies

(19)

18

verifica no mundo desenvolvido, sendo esperado que venha a ser impulsionado por políticas

monetárias e fiscais menos rígidas introduzidas em finais de 2011, bem como por preços do

petróleo mais baixos.

2.2.1.2 Tendências a nível de Preços Internacionais

Neste clima de crescimento fraco e de uma procura cada vez maior, prevê-se que a inflação

global desça dos 4,5% registados no último trimestre de 2011 para 3 a 3,5% em 2012-13.

Os preços do petróleo subiram no primeiro trimestre de 2012 devido à maior actividade

económica e à tensão acrescida em torno de uma possível instabilidade no Médio Oriente, a

qual poderia por sua vez afectar a produção. Desde Março estas tendências têm-se mantido

estáveis, o que se reflecte numa queda de 25% no preço do petróleo, passando para os 86

dólares por barril.

2.2.1.3 Impacto dos Factores Económicos Internacionais sobre o Fundo

Petrolífero

As receitas petrolíferas são resultantes do preço, produção e custos do petróleo, com o preço a

ser de longe o factor mais importante. O Orçamento Geral de Estado para 2012 previa que o

preço do petróleo fosse de 88 dólares em 2011 e de 74 dólares em 2012. O preço médio em

2011 acabou por ser de 95 dólares por barril. O preço médio até à data (Junho) em 2012 é de

98 dólares por barril.

2

Esta nova informação significa que as receitas petrolíferas em 2011 foram de 3,2 mil milhões de

dólares, o que fica acima dos 2,5 mil milhões previstos no Orçamento Geral de Estado para

2012. Reflectindo este rendimento acrescido, o saldo do Fundo Petrolífero atingiu os 9,3 mil

milhões de dólares em finais de 2011, comparativamente com 8,7 mil milhões previstos no

Orçamento Geral de Estado para 2012. De acordo com o Banco Central de Timor-Leste (BCTL), o

saldo do Fundo Petrolífero era de 10,5 mil milhões de dólares em finais de Junho de 2012. O

Orçamento Geral de Estado para 2012 prevê que o saldo do Fundo Petrolífero seja de 9,3 mil

milhões de dólares em finais de 2012. Em Junho de 2012 haviam sido retirados do Fundo

Petrolífero 519 milhões de dólares do total de 1,5 mil milhões de dólares orçamentados para

todo o ano de 2012.

(20)

19

2.2.2 Economia Doméstica:

Em Maio de 2012 foram publicadas as Contas Nacionais para 2004 a 2010

3

. Esta secção contém

informações retiradas desta publicação.

2.2.2.1 Produto Interno Bruto (PIB):

A economia de Timor-Leste está muito dependente do sector petrolífero. A Tabela 2.2.2.1.1

mostra que quase 80% do PIB de Timor-Leste vem do sector petrolífero.

Tabela 2.2.2.1.1: PIB Total de Timor-Leste por Sector em 2010

PIB (milhões de dólares

)

Percentagem do Total

Toda a Economia

4.130

100%

Sector Petrolífero

3.255

79%

Sector Não Petrolífero

875

21%

Fontes: Direcção Nacional de Estatística (DNE) e Direcção Nacional de Macroeconomia (DNME)

Entre 2004 e 2010 o PIB aumentou substancialmente, passando a marca dos 4.000 milhões de

dólares em 2010 (Figura 2.2.2.1.1). Em 2010 o PIB era duas vezes e meia superior ao PIB de

2004. Todavia, entre 2004 e 2010 o PIB atingiu o seu ponto máximo em 2008 (4.500 milhões de

dólares). Desde então, o PIB real tem vindo a diminuir. Dado o peso do sector petrolífero no

PIB, bem como as dinâmicas que regem as receitas provenientes deste sector (ver secção

2.4.2), esta evolução não é surpreendente e justifica uma incidência no PIB não petrolífero

aquando da consideração do desenvolvimento da economia timorense.

(21)

20

Figura 2.2.2.1.1: PIB Real de Timor-Leste entre 2004 e 2010 (milhões de dólares)

Fontes: Direcção Nacional de Estatística (DNE) e Direcção Nacional de Macroeconomia (DNME)

2.2.2.2 PIB Não Petrolífero

A Figura 2.2.2.2.1 ilustra a evolução do PIB não petrolífero concreto entre 2005 e 2010 e dos

alvos preliminares para 2011 e 2012 do Orçamento Geral de Estado para 2012. Desde a crise de

2006 o país tem vindo a beneficiar de um forte crescimento económico, com uma média

superior a 12% ao ano até 2010. Os dados concretos mais recentes disponíveis mostram que o

PIB não petrolífero atingiu os 875 milhões de dólares, tendo crescido 9,5% em termos reais

desde 2009. Relativamente aos dados de 2011 e 2012, estes correspondem aos alvos do

Orçamento Geral de Estado para 2012, pelo que devem ser lidos com prudência

4

.

4

O Orçamento de Estado para 2013 disponibilizará novos alvos para 2011 e 2012

0

500

1,000

1,500

2,000

2,500

3,000

3,500

4,000

4,500

5,000

(22)
(23)

22

2.2.2.3 Inflação Doméstica

Em Timor-Leste a inflação é medida pelo índice de preços ao consumidor (IPC), que mede o

custo dos bens e serviços comprados pelo consumidor timorense médio.

A Direcção Nacional

de Estatística (DNE) recolhe os preços destes bens todos os meses em relação a Díli e todos os

trimestres em relação a Timor-Leste.

A inflação anual em Díli atingiu o seu ponto mais elevado em Janeiro de 2012, chegando aos

17,7%, após o que caiu para 10% em Março, o valor mais baixo registado desde Janeiro de

2011, vindo a subir gradualmente desde então. Em Maio de 2012 os preços eram 11,2% mais

altos do que em Maio de 2011.

As movimentações no IPC respondem em grande medida a movimentações nos preços de

alimentos e bebidas, uma vez que esta categoria por si só representa mais de metade do peso

do cabaz do IPC (Figura 2.2.2.3.1).

Pode-se observar uma tendência semelhante em relação ao índice de inflação trimestral em

Timor-Leste. A inflação anual atingiu o seu ponto mais elevado (15,4% em Dezembro de 2011,

tendo descido para 10,8% em Março. Com a excepção da habitação e do lazer / educação, esta

tendência é consistente com todas as categorias restantes.

(24)

23

Figura 2.2.2.3.1: IPC Anual em Díli – Alteração Percentual

Fontes: Direcção Nacional de Estatística (DNE) e Direcção Nacional de Macroeconomia (DNME)

2.2.2.4 Emprego

Uma publicação recente fez uma descrição valiosa da estrutura de emprego na economia. O

Estudo da Força Laboral (EFL) em 2010 indica que aquando da condução do estudo a força

laboral era composta por 262.000 indivíduos, dos quais 252.000 estavam empregados e 9.000

estavam desempregados. Dos empregados, 28% trabalhavam em áreas urbanas e os restantes

72% eram trabalhadores rurais. Quase 69% de todas as pessoas empregadas eram do sexo

masculino. Os números sugerem que a taxa de desemprego em Timor-Leste estava abaixo dos

4%. Todavia, de acordo com o EFL, uma parte muito significativa da população está inactiva.

Entre as pessoas com mais de 15 anos de idade, constatou-se que 366.000 estavam inactivas, o

que quer dizer que não estavam empregadas nem desempregadas.

Estes números indicam que a população timorense continua fortemente orientada para o

trabalho agrícola e que a proporção de mulheres na força laboral continua a ser extremamente

baixa. Para lá disto, a taxa muito elevada de inactividade entre a população reflecte a alta

percentagem de estudantes no país, o que sugere que a força laboral deverá crescer de forma

significativa nos próximos anos. Será necessário criar um grande número de postos de trabalho

para evitar a subida da taxa de desemprego.

-2.0

0.0

2.0

4.0

6.0

8.0

10.0

12.0

14.0

16.0

18.0

20.0

Jan-11

Mar-11

May-11

Jul-11

Sep-11

Nov-11

Jan-12

Mar-12

May-12

(%

)

Food Alcohol & Tobacco Clothing and Footwear Housing

Household Furnishings, Supplies and Services Health

(25)

24

2.3 Despesas

2.3.1 Panorama e Impacto das Alterações na Estrutura do

Governo sobre as Despesas

A Tabela 2.3.1.1 mostra o total das despesas governamentais por fundo. O presente orçamento

rectificativo propõe despesas adicionais no valor de 50 milhões de dólares no FCTL, as quais são

pagas através de poupanças equivalentes no Fundo de Infra-estruturas.

Tabela 2.3.1.1 Total das Despesas Governamentais por Fundo

2011 actual

(preliminario

nao

auditado)

2012

orcamento

original

(depois do

roll over)

2012

mudancas

no

retificativo

2012

orcamento

final

Total das Despesas

Governamentais

1.097,1

1.806,5

0,0

1.806,5

FCTL

605,9

843,9

50,0

893,9

FDCH

16,8

37,4

0,0

37,4

FI

474,4

925,1

-50,0

875,1

2.3.2 Despesas do FCTL

Este orçamento rectificativo delineia despesas adicionais no FCTL e redistribui divisões (bem

como os seus orçamentos originais para 2012) de ministérios antigos / dissolvidos para novos

ministérios e secretarias de estado.

2.3.2.1 Novas Despesas do FCTL

(26)

25

Tabela 2.3.2.1.1 Novas Despesas no FCTL acima de 1 milhão de dólares (em milhões)

Despesas adicionais de mais de 1 milhao de dolares

Amount

Pensao para os Veteranos

26,9

Subsidio para os Idosos

7,1

Fundo de Contingencia

6,1

Ministerio da Defesa e Seguranca

2,9

Ministério da Educação, Escola de Reabilitação

1,7

Bens e Servicos da PNTL

2,4

Traansferencias para Igreja e Sociedade Civil no GPM

1,4

Ministerio da Saude

1,2

Bens e Servicos para operacao do Berlin - Nakroma

1,2

Capital menor para Agua

1,2

Bens e Servicos para o Instituto de Equipamentos

1,2

Auditoria external

1,1

Pagamento para LIFESEA na Secretaria do Estado da Defesa

1,1

Todas as Outras Despesas (líquidas) do FCTL

-5,4

Total

50,0

Pensões para Veteranos –

O montante de despesa necessário para pagar as pensões para

veteranos é mais alto do que aquele inicialmente estimado pelo Ministério da Solidariedade

Social e dotado no Orçamento Geral de Estado para 2012. Os veteranos têm direito a este

benefício e é essencial que esta despesa seja incluída no Orçamento Geral de Estado

Rectificativo para 2012.

Subsidios para os idosos –

Esta despesa é necessária para pagar os benefícios às pessoas com

mais de sessenta anos e às pessoas com incapacidade comprovada para trabalhar.

Fundo de Contingência –

É necessário um aumento no fundo de contingência para pagar

despesas imprevistas e urgentes que possam surgir no último trimestre do ano financeiro.

Mesmo após este aumento o orçamento total para o fundo de contingência em 2012 é

significativamente inferior aos 5% do Orçamento de Estado total permitidos por lei.

Diversas do Ministério da Defesa e Segurança

– Esta despesa irá pagar os custos , da formação

dos marinheiros, da manutenção e combustível de veículos, repor o que se gastou para aluguer

de carros para as eleições, dos salários dos assessores, das comunicações por rádio e da

limpeza de gabinetes, bem como outros custos operacionais. Ele também irá pagar algumas

despesas de capital menor.

(27)

26

Ministério da Educação

Este orçamento será utilizado pelo Ministério da Educação, para

reconstruir e reabilitar 23 escolas e outras instalações educacionais atingidas por catástrofes

naturais.

Transferência do Gabinete do Primeiro-Ministro para Organizações Religiosas e da Sociedade

Civil –

O orçamento de Transferência do Gabinete do Primeiro-Ministro está a ser aumentado

para financiar a construção e reabilitação de igrejas em Viqueque, Suai, Fohoren, Ermera e

Sare. Este orçamento irá igualmente suportar algumas reuniões entre bispos, bem como

possivelmente outras propostas meritórias que venham a ser recebidas de grupos da sociedade

civil.

Ministério da Saúde

- Este aumento no orçamento de transferência é necessário para a

continuação do funcionamento eficiente dos cuidados de saúde em Timor-Leste.

Funcionamento do Berlim – Nakroma –

O orçamento para o funcionamento do

ferry

Berlim –

Nakroma foi aumentado. Este orçamento é necessário para pagar o combustível de Agosto a

Dezembro e para alugar um

ferry

adicional que dê continuidade ao serviço enquanto o

ferry

antigo está parado a receber manutenção.

Direcção Nacional de Serviços de Água –

O orçamento rectificativo aumentou o orçamento de

capital menor desta direcção com o intuito de possibilitar a continuação do abastecimento de

água por todo o território.

Instituto de Gestão de Equipamento –

É necessário um aumento no orçamento destinado à

esta agência de modo a cobrir despesas com combustível e manutenção de equipamentos.

Auditoria External –

Este orçamento adicional será utilizado para pagar a auditoria externa das

contas do Governo. A auditoria externa contribui para controlar a corrupção e garantir

transparência nas finanças públicas.

LIFESE –

É provável que em 2012 sejam necessários pagamentos adicionais no valor de 1,1

milhões de dólares à empresa de engenharia LIFESE. O Orçamento Geral de Estado original para

2012 não incluiu qualquer dotação relativamente a este pagamento, o qual resulta de um

contrato para a construção de uma instalação de atracagem para embarcações no porto de

Hera.

(28)

27

Energética, Ministério da Economia e Desenvolvimento e Ministério da Solidariedade Social.

Existem igualmente algumas poupanças nos orçamentos das divisões actuais, com a maior a ser

uma redução de 4 milhões de dólares no orçamento de capital menor da EDTL, dado que já não

são necessários pagamentos durante o presente ano para a instalação de sistemas de

contadores de electricidade. Uma vez que as poupanças são superiores aos orçamentos das

novas divisões e que as outras despesas adicionais estão abaixo de 1 milhão de dólares, este

item apresenta poupanças de 5,4 milhões.

2.3.2.2 FCTL – Nova Estrutura de Governo / Transferência de Divisões

A nova estrutura de Governo inclui seis novos ministérios e quatro novas secretarias de estado.

A maior parte do orçamento dos novos ministérios e secretarias de estado está em divisões que

foram transferidas a partir de ministérios antigos / dissolvidos. O impacto global líquido dos

novos ministérios e secretarias de estado nas despesas do CFET é assim reduzido. Os parágrafos

seguintes explicam o orçamento para cada novo ministério e secretaria de estado.

Secretaria de Estado dos Assuntos Parlamentares –

Esta Secretaria de Estado deverá melhorar

a formulação e implementação de políticas entre o Executivo e o Parlamento. O seu orçamento

é composto inteiramente por novas divisões.

Secretaria de Estado de Apoio à Promoção do Sector Privado –

O estabelecimento desta

Secretaria de Estado justifica-se pela necessidade do Governo em continuar a apoiar o

desenvolvimento do sector privado em Timor-Leste. O orçamento desta Secretaria de Estado é

composto pelos orçamentos de divisões transferidas a partir do Ministério da Economia e

Desenvolvimento e por uma nova divisão.

Secretaria de Estado para o Fortalecimento Institucional –

Esta Secretaria de Estado tem por

objectivo ajudar os ministérios operacionais a melhorar os seus processos administrativos e em

última instância os serviços que prestam aos cidadãos. É composta por uma nova divisão.

Secretário de Estado da Comunicação Social.

Este secretário de Estado deve melhorar a

comunicação das políticas e programas governamentais para o público.

Ministério de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros –

O estabelecimento deste

Ministério deverá melhorar a formulação de políticas em todo o Governo.

(29)

28

Ministério das Obras Públicas –

Este Ministério é composto sobretudo pelos orçamentos de

divisões dos agora dissolvidos Ministério das Infra-estruturas e Secretaria de Estado da Política

Energética. O Governo garante que o estabelecimento deste novo Ministério se justifica em

face do grande número de projectos de capital e desenvolvimento a ser actualmente conduzido

nesta área. De igual modo, a formulação deste Ministério deverá melhorar a coordenação e

implementação da política energética, já que tanto a função de tomada de decisões políticas

como a construção de meios de geração, distribuição e transmissão de electricidade estarão

sob o seu mandato.

Ministério dos Transportes e Comunicações –

O Governo considera que o estabelecimento de

um Ministério distinto responsável pelos transportes e comunicações se justifica à luz da

complexidade dos projectos de portos e aeroportos previsto para os próximos anos. O

estabelecimento deste Ministério deverá melhorar ainda mais a gestão destes projectos e

contribuir para uma despesa mais eficiente a longo prazo. O Ministério dos Transportes e

Comunicações é composto sobretudo pelos orçamentos de divisões anteriormente

subordinadas ao Ministério das Infra-estruturas.

Ministério do Petróleo e dos Recursos Minerais –

Este ministério é composto exclusivamente

por divisões que estavam anteriormente sob a Secretaria de Estado dos Recursos Naturais. O

Governo considera que a criação de um Ministério do Petróleo e dos Minerais se justifica em

face da importância destes sectores para a economia nacional e para o desenvolvimento futuro

de Timor-Leste.

Ministério do Turismo –

O Governo considera que a criação de um Ministério do Turismo se

justifica pela importância deste sector para o futuro desenvolvimento económico. O orçamento

deste Ministério é composto sobretudo pelo orçamento de divisões que se encontravam

anteriormente sob o Ministério do Turismo, Comércio e Indústria e sob o Ministério da

Educação.

2.3.2.3 Orçamento do FCTL por Categoria de Dotação

(30)
(31)

30

(32)

31

Tabela 2.3.3.1 Orçamento do Fundo de Infra-estruturas por Programa

Programa

2011

(preliminario

nao

auditado)

2012

Orcamento

Original

2012

Orcamento

depois do

roll over

2012

Mudancas

no

Retificativo

2012

Total

Final

Agricultura

0,5

9,4

9,8

0,0

9,8

Água e Sanitação

0,0

33,5

33,5

0,0

33,5

Desenvolvimento Urbano e

Rural

0,2

6,9

7,1

0,0

7,1

Edificios Públicas

9,2

37,1

46,3

0,0

46,3

Educação

0,1

11,2

11,3

0,0

11,3

Energia Electrica

19,8

282,0

301,8

0,0

301,8

Equipamento Informatico

4,9

7,1

12,0

0,0

12,0

MDG

42,5

75,0

117,5

0,0

117,5

Saúde

2,5

3,4

5,8

0,0

5,8

Segurança e Defesa

5,0

11,2

16,2

0,0

16,2

Solidaridade e social

0,7

1,3

1,9

0,0

1,9

Tasi Mane

10,2

162,8

173,0

-50,0

123,0

Transporte

29,3

159,5

188,8

0,0

188,8

Total

124,9

800,3

925,1

-50,0

875,1

2.3.4 Fundo de Desenvolvimento de Capital Humano

(33)

32

2.4 Receitas e Investimentos

2.4.1 Receitas Domésticas

A Tabela 2.4.1 mostra que os impostos, taxas e pagamentos, bem como as receitas das agências

autónomas, deverão continuar a aumentar até 2016.

Estima-se que os Impostos Directos atinjam os 40,6 milhões em 2012, com o crescimento a

estabilizar de aí em diante, devido ao maior investimento do Governo na economia através de

despesas de capital. A projecção para Impostos Indirectos em 2012 é de 54,5 milhões de

dólares, aumentando para 95,8 milhões até 2016. Estas projecções assentam em grande

medida em dois factores: por um lado a necessidade continuada de importações para facilitar o

crescimento doméstico e o consumo, e por outro a capacidade continuada das infra-estruturas

domésticas para suportar estes aumentos.

É esperado que as Taxas e Pagamentos de Utilização aumentem de 16,2 milhões de dólares em

2011 para 19,0 milhões em 2012. A quebra em 2011 é resultado de Outras Receitas Não Fiscais

excepcionalmente elevadas em 2010, devendo manter-se a tendência de crescimento nesta

categoria, com as receitas provenientes de Taxas e Pagamentos a atingirem os 55,3 milhões em

2016.

As receitas das Agências Autónomas (Instituto de Gestão de Equipamentos, Aviação, Portos e

EDTL) deverão continuar a crescer gradualmente até 20,9 milhões de dólares em 2012. Esta

subida é facilitada pela nova central eléctrica que irá entrar em funcionamento em Hera, bem

como pelas melhorias planeadas no aeroporto e porto, com o intuito de dar resposta à maior

procura por estes serviços.

Tabela 2.4.1.1 Projecções de Receitas Domésticas (em milhões de dólares)

2010 2012 2013 2014 2015 2016

Direct Taxes 18.2 27.9 40.6 43.2 46.4 50.4 53.7

Indirect Tax 31.9 50.7 54.5 64.4 74.6 85.0 95.8

Fees and Charges 19.7 11.6 19.0 24.0 30.9 40.8 55.3

Rice Sales 12.6 1.0 0.8 0.9 1.1 1.2 1.3

Interest 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1

Auto Agencies 13.7 16.7 20.9 25.9 32.2 40.0 49.9

Social Game Receipt 0.0 0.5 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2

Total 96.4 110.7 136.1 158.7 185.5 217.8 256.3 Projection

2011 Actual

(34)

33

2.4.2 Receitas Petrolíferas

2.4.2.1 Panorama das Receitas Petrolíferas

O preço do petróleo é o factor mais importante para determinar as receitas petrolíferas. O

Orçamento de Estado para 2012 previa que o total das receitas petrolíferas dos campos de

Bayu-Undan e de Kitan atingisse o seu ponto mais alto em 2011, nos 2,5 mil milhões de dólares,

antes de começar a descer para 1,8 mil milhões em 2012 e para 1,6 mil milhões em 2015. Em

face dos preços do petróleo superiores ao esperado, o total das receitas petrolíferas acabou

por ser de 3,2 mil milhões de dólares em 2011. Segundo o BCTL o total das receitas petrolíferas

em 2012, até Junho, era de 1,8 mil milhões de dólares.

(35)
(36)

35

baixa. De acordo com estes números, o total da produção petrolífera do Bayu-Undan (incluindo

também o GNL) já atingiu o seu valor mais alto e deverá agora ir descendo até cessar em 2024.

O Plano de Desenvolvimento no Terreno relativo ao campo de Kitan foi aprovado em 2010,

tendo a produção tido início no quarto trimestre de 2011. A produção total é modesta quando

comparada com a do campo de Bayu-Undan, gerando um rendimento acumulado de cerca de

1% do rendimento do Bayu-Undan.

2.4.2.4 Custos

(37)

36

2.4.3 Estratégia de Investimento do Fundo Petrolífero

2.4.3.1 Panorama do Fundo Petrolífero

O Orçamento de Estado para 2012 previu que o saldo do Fundo Petrolífero seria de 8,7 mil

milhões de dólares no final de 2011 e de 9,3 mil milhões no final de 2012. O BCTL reportou que

o saldo do Fundo Petrolífero no final de 2011 atingiu os 9,3 mil milhões de dólares, isto após se

ter transferido um total de 1,1 mil milhões para o Orçamento de Estado.

De acordo com o BCTL o saldo do Fundo Petrolífero chegou aos 10,5 mil milhões de dólares em

finais de Junho de 2012, tendo levantado 519 milhões de dólares dos 1,5 mil milhões alocados

no orçamento para 2012.

A Tabela 2.4.3.1.1. mostra o saldo futuro do Fundo Petrolífero, tal como está projectado no

Orçamento de Estado para 2012.

Tabela 2.4.3.1.1 Estimativa de Poupanças do Fundo Petrolífero entre 2011 e 2016 (em milhões de

dólares)

2.4.3.2 Retorno de Investimentos

O Orçamento de Estado para 2012 assumiu um retorno total para o Fundo Petrolífero de 3,7%

(nominal) em 2011 e 2012, o que se traduz em 283 milhões e 326 milhões de dólares,

respectivamente. De acordo com o relatório do BCTL relativo ao 4.º trimestre de 2011, o

retorno total do Fundo Petrolífero foi na verdade de 2,8% para o ano de 2011, o que se traduz

em 221 milhões de dólares líquidos. O retorno inferior ao previsto foi resultado da reacção dos

mercados à incerteza das questões em torno das dívidas soberanas e da crise bancária na zona

euro, à posição fiscal dos EUA e à redução das suas classificações de crédito a longo prazo para

AA+ por parte da Standard & Poor’s, bem como aos dados macroeconómicos pouco

encorajadores emitidos em 2011. De acordo com o relatório do BCTL em Maio de 2012, o

retorno do total da carteira de investimentos desde a sua criação é de 3,9% (nominal).

2011 Actual

State Budget 2012 Projections*

2012 2013 2014 2015 2016 Opening Balance 6,904.0 8,679.0 9,276.0 9,524.0 9,596.0 10,227.0

Petroleum Revenue excluding PF Interest 3,240.1 1,766.0 1,565.0 1,410.0 1,557.0 1,596.6 Petroleum Fund Interest, net 221.2 326.0 341.0 347.0 360.0 383.7 Withdrawal -1,055.0 -1,495.0 -1,658.0 -1,686.0 -1,286.0 -1,305.9

(38)

37

2.5 Financiamento

A Tabela 2.5.1 mostra o financiamento do Orçamento de Estado. Este orçamento rectificativo

não propõe quaisquer alterações a nível de itens de financiamento. O principal ponto a ter em

atenção é que o orçamento, caso seja executado na totalidade, irá requerer levantamentos de

829,6 milhões a partir do Fundo Petrolífero.

Tabela 2.5.1 Financiamento (em milhões de dólares)

Concreto

em 2011

Orçamento

original

para 2012

incluindo

transporte

Alteração

rectificativa

em 2012

Orçamento

final para

2012

Total de Financiamento

986,4

1.670,4

0,0

1.670,4

Rendimento Sustentável

Estimado (RSE)

734,0

665,3

0,0

665,3

Levantamentos Excessivos a

partir do FP

321,0

829,6

0,0

829,6

Uso de Saldo de Dinheiro

-68.6

132,4

0.0

132,4

Contracção de Empréstimos

0.0

43,1

0.0

43,1

2.6 Contribuição dos Parceiros de Desenvolvimento

(39)

38

Tabela 2.6.1 Contribuição dos Parceiros de Desenvolvimento ($ million)

Concreta

em 2011

Orçamento

de Estado

para 2012

Original

2012

actualizado no

Orçamento

Rectificativo

Compromissos de Parceiros de

Desenvolvimento

291,6

188,9

221,8

(discriminação por sector)

Reforço Institucional

106,1

52,2

Infra-estruturas

41,6

49,2

Educação

31,1

36,5

Saúde

32,5

20,3

Agricultura. Florestas e Pescas

15,3

15,8

Desenvolvimento Económico

7,5

6,8

Outros Serviços Sociais

7,4

5,2

Vários Sectores / Transversais

22,1

18,3

(40)

39

Anexo 1: Alteração devida à Rectificação por Ministério. Divisão e Categoria Orçamental (in $’000)

Salários e

Vencimentos

Serviços

Bens e

Transferências

Capital

Menor

Desenvolvimento

Capital

Total das

Despesas

Incluindo Agências Autónomas. Fundos Especiais e Empréstimos (1.250) 15.038 35.417 (19) (49.187) (0) Excluindo Agências Autónomas. Fundos Especiais e Empréstimos (1.323) 12.996 35.427 3.986 813 51.899 Incluindo Agências Autónomas (906) 15.524 35.427 (14) 813 50.844 Total Agências Autónomas 417 2.528 - (4.000) - (1.055) Total Fundos Especiais (Excluindo Emprestimos) - - - - (50.000) (50.000) Total Empréstimos - - - - - - Total Instituições Extintas (344) (486) (10) (5) - (844) Presidência da República (188) 926 - - - 738

Casa Civil do Presidente da República 876 876 Direcção Geral da Presidência da República (188) (188)

Casa Militar do Presidente da República -

Gabinete da Primeira Dama 50 50

Secretariado Técnico Post CAVR - Parlamento Nacional - - - - - -

Parlamento Nacional -

Gabinete do Presidente do Parlamento -

Bancadas Parlamentares -

Secretariado do Parlamento Nacional -

Comissão A -

Comissão B -

Comissão C -

Comissão D -

Comissão E -

Comissão F -

Comissão G -

Comissão H -

Comissão I -

Conselho Consultivo do Fundo Petrolífero -

(41)

40

Salários e

Vencimentos

Serviços

Bens e

Transferências

Capital

Menor

Desenvolvimento

Capital

Total das

Despesas

Primeiro Ministro - (525) 1.400 - - 875

Gabinete do Primeiro-Ministro -

Secretariado do Primeiro-Ministro 500 500

Assessoria da Sociedade Civil 1.400 1.400

Direcção de Administração e Finanças -

Direcção dos Recursos Humanos -

Residência Oficial do Primeiro-Ministro -

Gabinete do Director-Geral -

Agência do Desenvolvimento Nacional (ADN) -

Comissão Nacional de Aprovisionamento (CNA) (1.024) (1.025)

Serviço Nacional de Inteligência (SNI) -

Gabinete da Inspecção-Geral (IG) -

Agencia Planeamento de Estrategico Investimento (APEI) - Vice-Primeiro-Ministro. Coordenador dos Assuntos Sociais (50) 150 - - - 100 Gabinete do Vice-Primeiro-Ministro. Coordenador dos Assuntos Sociais (50) 150 - 100 Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto - - - - - -

Gabinete do Secretário de Estado -

Direcção de Administração e Finanças -

Direcção Nacional da Juventude -

Direcção da Educação Física e Desporto -

Direcção da Política do Desenvolvimento -

Gabinete do Director-Geral -

Direcção de Comunicação -

Secretaria de Estado para a Politica da Formação Profissional e Emprego - - - - - -

Gabinete do Secretário de Estado -

Direcção Nacional de Administração e Finanças -

Direcção Nacional da Formação Profissional -

Direcção Nacional de Emprego -

Direcção Nacional da Relação do Trabalho -

Secretaria de Apoio ao Conselho Nacional do Trabalho -

Gabinete de Assistência Jurídica -

Referensi

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