INSTITUTO FEDERAL DA BAHIA - SAJ PRODUÇÃO MULTIMÍDIA
ADRIENNI NEVES RIBEIRO
ANÁLISE DE OBRA AUDIOVISUAL: JOGADOR Nº1
Santo Antônio de Jesus, 18 de Dezembro de 2023.
INSTITUTO FEDERAL DA BAHIA - SAJ PRODUÇÃO MULTIMÍDIA
ANÁLISE DE OBRA AUDIOVISUAL: JOGADOR Nº1
Análise apresentada como requisito para aprovação na matéria de Cibercultura do curso de (Produção Multimídia) do Instituto Federal da Bahia - SAJ, sob a orientação do Prof. Ronald Jesus.
Santo Antônio de Jesus, 18 de Dezembro de 2023.
Jogador Nº 1 é um filme de ficção científica dirigido por Steven Spielberg e baseado no livro de Ernest Cline. A trama se passa no ano 2045 na cidade de Columbus. Grande parte da humanidade utiliza o seu tempo conectado ao mundo virtual chamado de Oasis. E lá as pessoas podem viver o imaginário, fazer qualquer coisa, ir pra qualquer lugar. Porém antes da morte de James Halliday que é o criador do jogo, ele lança uma competição para seus usuários onde quem vencer receberá uma fortuna e o controle total do jogo. Mas é preciso encontrar 3 chaves escondidas no oasis, e para isso precisará decifrar enigmas que também estarão escondidos dentro dele. A partir disso o protagonista, Wade conhecido pelo avatar Parzival e seus amigos Artemis (Samantha Cook), Aech (Helen Harris),Sho (Shoto - Toshiro Yoshiaki) e Daito (Toshiro Yoshiaki) decidem desvendar o desafio e vão em busca da grande conquista. Durante todo o filme é nítido uma montanha-russa de referências culturais, aventuras virtuais e reflexões profundas sobre a relação entre o mundo digital e o real.
Logo no início do filme o personagem Wade fala sobre sua satisfação pelo mundo Oasis, em que é possível ir pra um lugar sem sair dele, e que todo mundo está procurando um jeito de fugir. Essa fuga da realidade leva a busca constante ao ambiente virtual, que no caso do filme, leva aos jogadores o espaço de comando e liberdade entre eles. Em outro momento do filme aparece uma cena de uma rapaz jogando no mundo Oasis, e após perder um de seus equipamentos ele corre em direção a janela, mas é impedido por seu colega de trabalho antes que acontecesse uma fatalidade. A partir disso podemos pensar até onde essa realidade virtual pode fazer bem, pode trazer benefícios que não prejudiquem a integridade física de quem está utilizando.
No filme mostra que aquele espaço pode ser acessado por todos independentemente da sua localização geográfica e que aquela comunidade que são grupos de indivíduos que se conectam e interagem entre si, também se identificam através de suas próprias linguagens, assim percebemos que todos seguem uma lógica que é ir em busca do grande prêmio no virtual. E ao acessar aquele espaço cada pessoa tem contato com outras pessoas que nem nunca se conheceram pessoalmente, e é isso que a cibercultura pode proporcionar a partir do que é gerado na interação das pessoas daquele ambiente que é o ciberespaço.
Quando as pessoas acessam aquele lugar ao colocar os óculos é como se estivessem atravessando um portal e apagando todas as suas dores, preocupações, inseguranças porque as pessoas podem usar qualquer identidade digital através de um avatar criado com suas próprias características ou até mesmo totalmente diferentes delas, como por exemplo a personagem de Artemis que tem o cabelo todo espetado, com a pele meio avermelhada, mas o seu real é uma mocinha que não tem esses traços. E a cibercultura trouxe exatamente essa capacidade de possuir várias identidades e através disso manifestar aspectos de si mesmo no online. Mas todo esse mundo ilusório traz a preocupação e o risco de não saber quem está por trás, já que lá todo mundo pode se transformar . A mentira a enganação nesse lugar infelizmente acaba sendo uma prática desonesta, seja ela usada como proteção ou para ludibriar alguém. E por isso as pessoas nem sempre estão com boa intenção, então se camuflar em um personagem e nome diferente talvez seja o ideal para a proteção da sua vida real. E isso aconteceu em dois momentos do filme em que Wade fala seu nome verdadeiro mas é repreendido por sua amiga, e o outro momento é quando o próprio Wade fala que está apaixonado por Artemis, mas seu amigo aconselha a esquecer a história por não conhecê la pessoalmente e o alerta sobre o perigo e o transtorno que pode causar.
O filme alerta sobre o tempo que as pessoas passam no mundo virtual e o que isso pode interferir nas relações intepessoais, causando um grande impacto na vida offline. O próprio personagem sente essa carência do mundo real e ele até deixa uma mensagem no final e fala “ As pessoas precisam passar mais tempo no mundo real, a realidade é a única coisa que é real”
Outra realidade está relacionada a empresa IOI como mostra no filme, que é uma megacorporação que busca a todo custo controlar o jogo Oasis para moldar a experiência dos usuários. E hoje em dia essa realidade é exatamente igual fora do filme, as grandes empresas buscam dominar espaços digitais e manter o poder de influência para se aproveitarem da facilidade de rastreio de nossos dados pessoais.
As grandes corporações na cibercultura contemporânea age corriqueiramente para o compartilhamento e coleta de informações que é feito instantaneamente para que haja o controle da massa.
