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Memórias

Comunicação eclesial no Brasil:

o dilema do ecumenismo e a esfinge midiática1

Há três décadas, um grupo de jornalistas e religiosos fundava em São Paulo, num dos salões da Pontifícia Universidade Católica, uma nova entidade associativa. Inicialmente denominada União Católica Brasileira de Jornalismo, ela veio a ser ampliada para União Cristã Brasileira de Comunicação Social, por iniciativa da diretoria provisória, decisão afinal homologada pela assembléia de fundação, realizada no ano seguinte, na Casa Nossa Senhora da Paz, no Rio de ]aneiro.2

O contexto em que se cria a UCBC é marcado por três conjun-turas singulares: no plano político, o acirramento mundial da guerra fria e o endurecimento do regime militar brasileiro; no plano religioso, o sopro do ecumenismo, advindo do Concilio Vaticano 11, liberando a Igreja Católica para o diálogo e a cooperação inter-eclesial; no plano comunicacional, o avanço da indústria midiática, com a hegemonia da televisão e a integração brasileira através do sistema nacional de telecomunicações.

Tais fatores marcariam profundamente a trajetória da UCBC. A eles deve se agregar um outro: a criação das escolas de comunicação social nas universidades, substituindo os antigos cursos de jornalismo ou a eles agregando as nova carreiras de publicidade, relações

públi-1. Comunicação originalmente destinada aos participantes da cerimônia comemorativa dos trinta anos da UCBC -União Cristã Brasileira de Comunicação Social (São Paulo, 17 de julho de 1999).

2. A história da fundação da UCBC está amplamente descrita e documentada no livro A comunicação cristã em tempo de repressão: a história da VCRC, de 1970 a 1983, de Pedro Gilberto Gomes (São Leopoldo, Unisinos, 1995).

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cas, editoração, rádio e televisão. Tais espaços acadêmicos seriam também povoados por humanistas e cientistas sociais, ensaiando os primeiros exercícios da comunicologia.

Assim sendo, o núcleo jornalístico daquele grupo de brasileiros que se mobilizou nos corredores da PUC/SP, em julho de 1969, logo seria suplantado pela corrente comunicológica em ascensão, na qual a Igreja Católica se amparava para dar sustentação teórica ao aggtornamento evangélico recomendado pelo decreto conciliar Inter mtrtfica (1963). A decifração da esfinge midiática apresentava-se como um problema para toda aquela geração de religiosos, educada pela cartilha de Pio XI. Sua encíclica Vtgtlantt cura (1936) entreabria as portas da civilização da imagem aos católicos, embora num diapasão profundamente reticente e desconfiado.

Muitos dos jovens professores das disciplinas teóricas de comu-nicação que se miaram à UCBC procediam de famílias católicas ou haviam tido formação católico-conservadora, inoculadas portanto pelo vírus anti-midiático. Esse comportamento seria reforçado pelo pessi-mismo dos frankfurtianos que começava a ser disseminado na acade-mia. Agravar-se-ia também pela má vontade com que a intelectua-lidade brasileira encarava os meios massivos de comunicação, censu-rados pela ditadura e abastecidos por conteúdos alienígenas, oriundos das agências noticiosas e das indústrias audio-visuais controladas pelo "imperialismo norte-americano".

Isso contrastava com a benevolência eclesial em relação aos mídia, contida na instrução pastoral Communto et progressto (1971). Encorajando os católicos a se fazerem presentes nos meios massivos e a encará-Ios como resultados do progresso tecnológico e científico, a mensagem do Vaticano contrastava de certo modo com o ambiente dominante no Brasil. Aqui, a mentalidade dos intelectuais e dos re-ligiosos estava mais sintonizada com a tradição apocalíptica.

É compreensível que esse ambiente tenha contaminado o cená-rio em que se desenvolveu a UCBC. Os primeiros tempos da organi-zação são marcados por uma certa atitude de assimilação eclesial das potencialidades evangélicas da mídia. Evidência disso é o interesse do nosso primeiro presidente e de alguns fundadores pela liturgia televisiva. Mas o conjunto da sociedade acabaria por distanciar-se dessas questões, assumindo como prioritárias as tarefas de resistência ao autoritarismo, denunciando as violações ao exercício da liberdade de expressão, o que incluía o encarceramento e a tortura de jorna-listas, radialistas e teledifusores. Paralelamente a esse trabalho de

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com a defesa do nosso patrimônio cultural, especialmente nas cama-das populares, ameaça das de descaracterização pelo consumo cres-cente de bens simbólicos importados. Uma revisão das temáticas dos nossos primeiros congressos aponta nessa. direção.

Quando o ambiente político começa a se desanuviar, no fim dos anos setenta, a UCBC alinha-se com outras organizações da sociedade civil na campanha pela democratização dos meios de comunicação. Engajava-se, portanto, nas correntes eclesiais que reforçavam as teses da Nova Ordem Mundial da Comunicação e da Informação. Trata-se de um momento importante da sua história, pois a entidade acolhe os jovens estudantes das escolas de comunicação, ávidos de espaço para reivindicar mudanças no sistema midiático nacional. Os congres-sos dos anos oitenta são marcados pela temática da transição demo-crática, onde a questão midiática quase sempre servia de pretexto para os debates políticos e a contest!lção do regime em agonia.

Consumada a abertura política, lenta, gradual e segura, como propunha a cúpula militar, os estudantes acorrem aos espaços criados dentro do próprio movimento universitário (Enecom's) ou das insti-tuições acadêmicas (Intercom, Abecom, Com pós) e profissionais (Fenaj, ABRP, APP, ABI, revista Imprensa) do campo comunicacional A UCBC envereda por uma nova rota, aproximando-se dos movimen-tos sociais e neles influindo para o desenvolvimento de projetos de "leitura crítica da comunicação". Os anos noventa têm sido marcados por esse compromisso popular e educativo, formando agentes comu-nitários para a exegese dos conteúdos disseminados cotidianamente pelos meios de comunicação. O Mutirão da Comunicação de Belo Horizonte (1998) corporifica muito bem a tendência recente.

Essa fase corresponde em certo sentido à cooptação da UCBC pela hierarquia católica, convertendo-a numa entidade que, se não está subordinada à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), pelo menos está articulada nacionalmente às entidades católicas de

comunicação

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OCIC, UNDA, UCIP. Seu engajamento na Rede de

Jovens Jornalistas Católicos atribuiu-lhe perfil diferenciado, que em certo sentido recupera um dos seus embriões históricos, o de entidade voltada para um segmento da comunicação social (a imprensa ou o jornalismo). Se, por um lado, a entidade rejuvenesceu, com a parti-cipação de lideranças vinculadas ao novo jornalismo católico, por outro lado, ela corre o risco de se tornar reducionista, tanto do ponto de vista comunicacional quanto eclesial.

Aqui, vale a pena .refletir sobre o legado dos fundadores da UCBC. Duas imagens assaltam meu pensamento. De um lado, Frei 223

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Romeu Dale, nosso primeiro secretário-geral, clamando pela opção ecumênica. De outro lado, Marcelo Casado D'Azevedo, entusiasmado pelas potencialidades evangelizadoras da mídia eletrônica. .

O dilema ecumênico não existia para Frei Romeu Dale. Ele assimilou essa proposta no aprendizado diuturno, desempenhando a função de assistente nacional da JUC (Juventude Universitária Cató-lica). E a consolidou durante o período em que acompanhou, em Roma, o Concílio Vaticano 11.Tanto assim que, ao aceitar o convite de D. Avelar Brandão para coordenar o Departamento de Opinião Pública da CNBB, assumiu, todo o tempo, uma atitude ecumênica. Isso o ajudou a relacionar-se bem com os jornalistas, quando a CNBB se transformou em fonte de informação privilegiada, durante os pri-meiros embates da hierarquia católica com o militarismo brasileiro.

Da sua sábia experiência nos bastidores da CNBB, Frei Romeu adquiria a convicção de que nem todos os nossos bispos, e também muitos dos seus assessores, estavam preparados para o diálogo com os outros cristãos e os não-cristãos. Compreendendo que o universo midiático é multifacetado e complexo, pautando-se por interesses comerciais e políticos, ele sabia que a mentalidade conservadora do nosso clero dificilmente levaria a prática ecumênica ãs últimas consequências. Por isso, ele foi um dos que muito influiu para a mudança da denominação (e do espírito) da nossa associação, no seu nascedouro, evitando que assumisse o reducionismo católico, conver-tendo-se em entidade ecumênica. Estava implícito o receio de a nova entidade vir ser controlada pela hierarquia católica. Trinta anos de-pois, o perigo permanece.

Não estou advogando, absolutamente, o distancimento da UCBC em relação à CNBB ou às entidades católicas de comunicação. Acho que a relação de confiança adquirida com a hierarquia católica, graças aos bons ofícios de nossos ex-presidentes (principalmente Clarencio Neotti e Pedro Gilberto Gomes), deve ser preservada. O que estou reivindicando, isto sim, é uma política de ampliação organizacional, estimulando a participação dos evangélicos protestantes nos quadros da nossa sociedade. Com eles nós católicos temos muito a aprender no campo midiático. São eles que estão desbravando os espaços ele-trônicos, principalmente a televisão, para a comunicação cristã. Essa abertura institucional deve ser ampla o suficiente para evitar o cul-tivo de preconceitos em relação às igrejas modernas, aquelas que alguns rotulariam pejorativamente de "igrejas eletrônicas".

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teve a oportunidade de ocupar a presidência da UCBC. Não creio que houve restrições nesse sentido, ausência de democracia interna. Mas isso reflete a circunstância de que o nosso quadro social continua sendo predominantemente católico.

Vivemos numa civilização pautada pela mídia eletrônica. A sociedade da informação que se antecipa como paradigma para o próximo milênio estriba-se evidentemente nos sistemas midiáticos, especialmente no segmento telemático.

Marcelo D'Azevedo, nosso primeiro presidente, era um cientista sintonizado com o futuro comunicacional. Seus estudos sobre teoria da informação e sua perspicácia para entender o potencial evangé-lico da nova mídia marcaram significativamente sua liderança. Ele foi um dos católicos mais abertos à liturgia televisiva, estimulando jovens como o então seminarista Attilio Hartmann, hoje nosso presidente, a explorar as potencialidades da celebração eletrônica. Sua lição não pode ser esquecida.

Não podemos continuar reproduzindo diante das novas tecno-logias os mesmos temores que os cristãos dos séculos XV e XVI demonstraram em relação à imprensa. Essa atitude estava impregnada daquele germe do distanciamento eclesial em relação aos avanços civilizatórios. O medo de enfrentar a refutação da ortodoxia conduziu a distorções anti-cristãs, felizmente hoje reconhecidas e lamentadas institucionalmente.

Decifrar a esfinge midiática tem sido uma prática vivenciada pelo Papa João Paulo 11. Ele tem demonstrado capacidade para en-tender o mundo em que vive, transformando a figura papal em mídia por excelência. Sua estratégia de peregrinações pelo planeta retirou a Igreja daquele isolamento a que o Vaticano condenou os sucessores de São Pedro. Sua mensagem ganhou repercussão mundial ao potencializar o uso de todos os meios possíveis de difusão. E com isso ele teve condições para exercitar uma política de fraternidade com as outras religiões, dando ao ecumenismo uma dimensão bem mais abrangente e bem mais eficaz. Por isso mesmo, ele tem tido autoridade suficiente para liderar o movimento internacional que se consolida para estimular a paz entre os povos, respeitando as diferen-ças étnicas, preservando os recursos naturais e fortalecendo o senti-mento universal pela defesa da vida humana.

Se invoco o Papa Karol Woytila é porque ele simboliza o duplo desafio da UCBC nessa virada de século. Cabe à nova geração de comunicadores cristãos aqui agremiados o dever de resgatar a nossa vocação ecumênica. Da mesma maneira, espera-se que todos sejam

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capazes de enfrentar o complexo midiático, especialmente em sua dimensão tecnológico-produtiva, sem ser por ele domesticado ou devorado.

Para tanto, é indispensável uma conduta de humildade intelec-tual, procurando entender os fenômenos em sua integridade e não o reduzindo às aparência que tantas vezes os tornam opacos e indecifráveis. E por isso mesmo inspiram medo, confundindo, desnor-teando.

As ciências da comunicação fizeram avanços consideráveis no desvendamento dos processos sociais da interação simbólica. Cabe-nos recorrer a esse arsenal acumulado pela academia, por empresas, governos e movimentos socias, embasando cientificamente nossas ações midiáticas e pautando-nos comunicacionalmente pelos princí-pios éticos que nos unem como cristãos.

José Marques de Meio Co-fundador e ex-presidente 0974-1976) da UCBC (União Cristã Brasileira de Comunicação Social).

Atualmente é titular da Cátedra Unesco-Umesp de Comunicação para o Desenvolvimento Regional.

Prêmio Luiz Beltrão, um reconhecimento

à pesquisaem comunicação

Luiz Beltrão, além de ter sido o primeiro a defender uma tese de doutorado em Comunicação, no Brasil, pela Universidade de Brasília, em 1967, foi fundador do Icinform (Instituto de Ciências da Informação), primeiro centro acadêmico nacional de estudos midiá-ticos, e da publicação Comunicações & Problemas, primeira revista de Ciências da Comunicação. Constituído, assim, em paradigma para quem se dedica à pesquisa nessa área, não foi sem razão que um de seus discípulos, José Marques de Meio, resolveu dar o nome de Luiz Beltrão ao prêmio que criou em 1997, para distinguir pessoas e en-tidades que se destacam na pesquisa da comunicação brasileira. A láurea é conferida pela Intercom (Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação), em seus congressos anuais.

O Prêmio Luiz Beltrão, em sua segunda versão, correspondente a 1999, patrocinada pela Universidade Gama Filho (UGF) e com o apoio da Cátedra Unesco-Umesp de Comunicação para o Desenvol-vimento Regional e da Academia Brasileira de Letras, foi atribuído no dia 6 de setembro de 1999, durante o XXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, no Rio de Janeiro. Não poderia ter sido

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mais expressivo o palco da solenidade de entrega, ocorrida no audi-tório da Academia Brasileira de Letras. Foram agraciados Sérgio Caparelli, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), na categoria de Maturidade Acadêmica; Sérgio Carvalho, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), na de Liderança Emergente; o NPTN (Núcleo de Pesquisa em Telenovela), da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), na de Grupo Inova-dor; e a União Cristã Brasileira de Comunicação Social (UCBC), na de Instituição Paradigmática.

Sergio Caparelli foi escolhido pelo júri por seu protagonismo como fundador do Curso de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pelo conjunto da sua obra. Natural de Uberlândia (MG), Caparelli é bacharel em Jornalismo pela UFRGS, doutor em Ciências da Comunicação e da Informação pela Universidade de Paris e professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tendo iniciado no jornalismo profissional em 1969, em Porto Alegre, onde recebeu vários prêmios por reportagens publicadas, passou a trabalhar também no ensino superior em 1976, ministrando aulas de Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e depois na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Parale-lamente às atividades jornalísticas, na empresa e na universidade, dedica-se à literatura, produzindo contos, novelas e romances, que já lhe garantiram a conquista de distinções nacionais, como o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro. Na pesquisa da comunicação,

destaca-se por sua atuação em associações acadêmicas do porte da Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa da Comunicação (Abepec) e como consultor da Capes e do CNPq, agências federais de fomento científico Tem vários livros publicados sobre temas comunicacionais:

Comunicação de massa sem massa; Televisão e capitalismo no Brasil; Ditaduras e indústrias culturais no Cone Sul.

Sergio de Carvalho teve reconhecido seu protagonismo como fundador e incentivador dos núcleos de pós-graduação e pesquisa em Comunicação Esportiva, da Universidade Federal de Santa Maria e do GT de Mídia e Esporte, da Intercom, bem como pelo conjunto da sua obra. Natural de Santa Maria (RS), é licenciado e especialista em Ciências do Esporte, mestre em Educação Física e doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP), além de ter realizado estudos de pós-doutorado em Educação Física no Instituto Nacional de Educação Física, da Catalunha, na Espanha.. Atua como professor titular do Centro de Educação Física e Desportos da

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Univer-sidade Federal de Santa Maria, onde criou a sub-área de Comunica-ção, Movimento e Mídia no Programa de Pós-Graduação em Ciência do Movimento Humano. Ali vem formando especialistas, mestres e doutores que pesquisam os fenômenos comunicacionais situados na fronteira entre mídia e esporte. Criou na Intercom o GT de Mídia e Esporte, mobilizando pesquisadores nacionais que atuam nesse campo para realizar pesquisas e difundi-Ias no âmbito da comunidade aca-dêmica. Consultor científico do CNPq, da Capes e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), escre-veu ou co-dirigiu obras como Comunicação, movimento e mídia na educação física, Hora da ginástica e A co-gestão esportiva no futebol.

O NPTN (Núcleo de Pesquisa de Telenovela), da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, destaca-se por seu protagonismo no resgate da memória da telenovela brasileira e pelas iniciativas destinadas a estudar empiricamente os fenômenos sócio-culturais gerados pela difusão e recepção dos produtos ficcionais seriados em nossa sociedade. O núcleo foi criado em abril de 1992, com a finalidade de criar um acervo sobre a memória da telenovela brasileira e de realizar estudos e pesquisas sobre a produção midiática nessa área, bem como sobre o impacto dos fenômenos culturais gerados pela difusão desses produtos típicos do gênero ficção televisiva seriada. Sua principal realização tem sido a coleta, guarda e difusão de documentos sobre a história da telenovela, possuindo hoje um acervo estimado em mais de duas mil unidades. Vem publi-cando livros e monografias que discutem a problemática da telenovela na sociedade latino-americana e sua presença nos mercados midiáticos do mundo inteiro. Concluiu em 1998 uma pesquisa integrada sobre a telenovela no Brasil e o Brasil na telenovela, com apoio da Funda-ção de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Atual-mente o NPTN é coordenado pela profa. dra. Maria Aparecida Baccega, contando com a participação de uma dezena de pesquisa-dores seniores, que orientam teses de doutorado, dissertações de mestrado e projetos de iniciaçào científica.

A UCBC (União Cristã Brasileira de Comunicação Social), por fim, vem se salientando, já durante trintas anos, por seu protagonismo como instituição dedicada à produção de conhecimento sobre comunicação eclesial, bem como pelo pioneirismo nacional na realizaçào de inici-ativas destinadas a promover a leitura crítica da comunicação junto aos movimentos populares. Organização não-governamental que reúne membros espalhados por todo o território brasileiro, foi fundada em

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como espaço de reflexão crítica sobre a mídia brasileira, protagonizando um papel de resistência ao autoritarismo desencadeado pelo regime militar, no período pós-68. Realizou nos anos setenta e oitenta congressos nacionais que mobilizaram os jovens estudiosos da comunicação social a produzir conhecimento sobre as mutações do sistema nacional de difusão coletiva. Tais congressos geraram coletâneas que embasaram a formação de toda uma geração de profissionais da comunicação. Nos últimos anos vem se dedicando a produzir conhe-cimento sobre a comunicação popular eclesial, animando duas redes nacionais, a Rede de Jovens Comunicadores (RJC) e a Rede Católica de Imprensa (RCI). As experiências gestadas em suas projetos convergem bienalmente para o Mutirão Brasileiro de Comunicação, um mega-con-gresso que reúne os comunicadores eclesiais de todas as igrejas cristãs. O atual presidente da UCBC é o padre Attilio Hartmann, que também atua como professor de comunicação na Unisinos.

O Prêmio Luiz Beltrão foi atribuído pela primeira vez no ano passado, em Recife, cidade onde Luiz Beltrão iniciou suas pesquisas, conquistando projeção internacional. Com o apoio da Associação de Imprensa de Pernambuco (AIP) e o patrocínio do Governo e da Assembléia Legislativa de pernambuco, além da Prefeitura e da Câma-ra Municipal do Recife, foCâma-ram agCâma-raciados na ocasião o prof. dr. Moacir Pereira, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) - Maturi-dade Acadêmica; o prof. dr. Pedro Giberto Gomes, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos)

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Liderança Emergente; o Núcleo de Pesquisa e Extensão em Comunicação (Nexo), da Universidade Fe-deral do Espírito Santo (UFES)

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Grupo Inovador; e a Cinemateca Bra-sileira, de São Paulo - Instituição Paradigmática.

As indicações ao prêmio são feitas anualmente pela comunidade acadêmica da comunicação e submetidas à apreciação de um júri nacional, integrado pelos ex-presidentes da Intercom. A solenidade de entrega dos troféus aos vencedores ocorre sempre na primeira semana de setembro. A próxima edição está prevista para Manaus, no campus da Universidade Federal do Amazonas, durante o Intercom 2000

-XXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.

Waldemar Lujz KU11SCh

Jornalista e relações-públicas. mcstrando em Comunicação Social da Umesp.

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Folkcomunicação:o folclore no centenário de Câmara Cascudo

Pesquisadores de todas as regiões do País se reuniram de 11 a 15 de agosto, no Campus Santo Antônio, em São João dei-Rei, na 11 Conferência Brasileira de Folkcomunicação, uma promoção conjunta da Cátedra Unesco-Umesp de Comunicação para o Desenvolvimento Regional e da Fundação de Ensino Superior de São João dei-Rei (Fumei), com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). Da pauta de reflexões e debates consta-ram diversos temas: a obra de Câmara Cascudo

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homenageado es-pecialmente pelo seu centenário de nascimento -, as interfaces entre cultura popular e religiosidade e as relações entre folclore, mídia e de-senvolvimento turístico.

Na abertura do encontro, ao som da impecável banda do 110 Regimento de Infantaria do Exército, além do coordenador executivo do evento, prof. Guilherme Rezende, e do presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa, Educação e Cultura (Fapec), co-promotora do evento, prof. Helvécio Luiz Reis, falaram o diretor executivo da Fumei, prof. Mário Neto Borges, saudando todos os participantes, e o diretor cientifico da Cátedra Unesco-Umesp, prof. José Marques de Meio, que fez alusão a um imaginário diálogo entre Câmara Cascudo e Luís Beltrão, formulador da teoria da folkcomunicação.

Depois de receber uma placa em homenagem ao centenário de seu pai, o jornalista Fernando Luís da Câmara Cascudo, representante da família, expôs de improviso comoventes "Confidências de um fi-lho". Mais do que relembrar a extensa obra de seu pai, presente em mais de 140 livros, Fernando Luís descreveu passagens do quotidiano de Câmara Cascudo, resgatando a figura de um homem tão interes-sante e atraente quanto o etnólogo.

No mesmo dia 11, à tarde, a produção acadêmica de Câmara Cascudo foi tema de uma sessão plenária, a partir de conferência feita pelo prof. Vicente Serejo Gomes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), considerado pelo próprio Fernando Luís o maior conhecedor da obra de seu pai. A mesa-redonda con-tou ainda com a participação de outros dois especialistas em Câmara Cascudo: os professores Roberto Benjamin, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), e Gilberto Vasconcelos, da Univer-sidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). De tudo que foi dito, restou a conclusão de que, apesar de ser o maior cientista popular do Brasil, a obra de Câmara Cascudo ainda é muito POLlCOvalorizada, inclusive nas universidades.

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Sob o título de "Manifestações religiosas e cultura popular no Brasil", a sessão plenária do dia 12, alternou exposições do frade franciscano Francisco Van del poel, do reitor da Faculdade de Teolo-gia da Umesp, prof. Clóvis Pinto de Castro, da historiadora profa. Maria Clara Machado, da Universidade Federal de Uberlândia, e do folclorista são-joanense Ulisses Passarelli.

Frei Chico, como de costume, encantou a platéia com toadas populares que aprendeu durante sua longa permanência no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. De outra perspectiva, o teólogo

metodista Clóvis de Castro relatou suas experiências à frente da pas-toral urbana, destacando as diferenças paradigmáticas entre o campo e a cidade e mostrando como algumas seitas religiosas diagnosticam e tratam doenças. Às considerações teóricas acerca da religiosidade popular como Lugar de (re)criaçâo, recusas e resistências, feitas pela professora Maria Clara Machado, somou-se o depoimento de Ulisses Passarelli, um dentista de 26 anos apaixonado por folclore, que ilus-trou sua exposição com um vídeo sobre a Festa do Divino em São João deI-Rei.

A última sessão plenária focalizou o tema "Folkcomunicação e turismo: comunicação popular ou espetáculo". Para suprir a ausência do conferencista convidado, o secretário de Cultura de Minas Gerais, Ângelo Oswaldo, impedido de participar em razão de problemas administrativos, os demais integrantes da mesa abordaram aspectos distintos da questão.

O prof. Sebastião Geraldo Breguêz, da Universidade do Vale do Rio Doce, comentou suas reflexões a respeito de animação cultural, tema de sua tese de doutorado na França, enquanto o professor Flávio Vita,relli da Universidade Newton de Paiva, de Belo Horizonte, rela-cionou uma série de cuidados que um promotor de eventos deve tomar ao promover o folclore como atração turística.

Em outra linha de raciocínio, o presidente da Comissão Mineira de Folclore, prof. Domingos Diniz, defendeu a necessidade de pre-servar a natureza cultural das manifestações folclóricas, de modo a evitar que se transformem em meros espetáculos a serviço do mer-cado turístico.

Na condição de empresária, a representante da Câmara de Turismo da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), Elizabeth Ribeiro, realçou as potencialidades econômicas propor-cionadas pela interação entre folclore e turismo e abriu espaço para que dois empresários são-joanenses divulgassem o projeto Ca-minho Real.

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Irlanda, Varginha

e

Parintins

Além das sessões plenárias, vinte e seis comunicações científicas foram apresentadas nas tardes dos dias 12 e 13 de agosto, distribuídas entre as cinco linhas de pesquisa da Rede Folkcom: Teoria e Meto-dologia da Comunicação, Manifestações Espontãneas da Folkco-municação, Mediações Folkmidiáticas e Massmidiáticas, Mediações Folkmidiaáticas e turísticas e Mediações Folkmidiáticas e Religiosas. Praticamente todas as regiões brasileiras estiveram represen-tadas nas comunicações científicas. Do Mato Grosso do Sul a pes-quisadora Marley Sigrist trouxe A comunicação oral nos versos de cururu e siriri; do Paraná veio um estudo feito pela professora Zeneida Assunção sobre Mídia e folclore na cultura da colonização

russa do paraná; Apropriações do folclore pelos meios de comuni-cação massa e pelo turismo: o caso concreto de São João de Campi-na Grande foi o título do trabalho do professor paraibano Osvaldo Trigueiro; a comunicóloga paraense Eula Dantas Taveira apresentou sua pesquisa De Parintins ao mundo: a história do Festival

Folcló-rico de Parintins; do rico folclore pernambucano o pesquisador Carlos Barreto destacou a Autoprojeção em obra xilográfica popular: Di/a do Caruaru; a cientista Maria Érica descreveu A folkcomu-nicação na cultura messiânica da Bahia: Beato Conselheiro; o jor-nalista e pesquisador paulista Sérgio Barbosa ocupou-se do tema Antônio Conselheiro e Padre Cícero: uma abordagem mística através de um ensaio jornalístico.

Mas não só aspectos do folclore brasileiro foram abordados nas comunicações científicas. A profa. Magda Veloso Tolentido, do Depar-tamento de Letras, Artes e Cultura da Fumei, expôs de que forma as Manifestações populares e a literatura contribuíram para a formação da nação irlandesa.

A Fumei participou da 11Folkcom com outros quatro trabalhos, todos eles relativos a São João dei-Rei: um da antropóloga e produ-tora cultural Suely Campos Franco, Aspectos culturais remanescentes do período colonial: a herança ibero-barroca em São João dei-Rei, e três de autoria de acadêmicas do Curso de Letras da, em projetos de iniciação científica

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Lincoln de Souza e as lendas de São João dei-Rei, de Jacqueline Farias; O repórter que não sabia o abc e o repórter FM, de Sirley Vilela; e São João dei-Rei, terra ideal: a tradição oral como parte da tradição teatral, de Rosilane Aparecida da Silva.

Minas Gerais, de tantos casos e histórias, ganhou destaque tam-bém no trabalho concebido a seis mãos pelos professores Daniel

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nicação da União Muncipal de Ensino Superior (Umes), de São Cae-tano do Sul (SP): O ET de Varginha: entre o fato e a ficção.

A obra de Câmara Cascudo inspirou a elaboração de três comu-nicações científicas: Cascudo e a folkcomunicação, do professor pernambucano Roberto Bemjaminj Na câmara do Cascudo: a arqui-tetura da literatura popular, do pesquisador Frederko Garcia, da Uni-versidade Estadual Paulista (Unesp), de Assis (SP)j Memória e etnografia: quatro livros de Câmara Cascudo, do professor Marcos Silva, da Universidade de São Paulo.

A relação entre folclore e meios de comunicação foi tratada em quatro trabalhos: Recados do rádio, da pesquisadora Elizabeth Ribeiro, de Petrolina (PE)j O cinema fala do sertão de Guimarães Rosa, da pesquisadora carioca Maria Luiza Silvaj Tevê e fole/ore: um estudo de caso, em que a jornalista e professora Rúbia Vasques mostra a parti-cipação de eventos folclóricos no noticiário das emissoras de Santos (SP)j Monteiro Lobato e a dessacralização do livro e da cultura no Brasil, do professor paulista José Apóstolo.

As manifestações folclóricas na perspectiva de duas habilitações do Curso de Comunicação, Turismo e Relações Públicas, da Univer-sidade Federal da Paraíba (UFPB), motivaram o prof. Severino Lucena a fazer dois artigos: Grupos parafole/óricos: um diferencial turístico; e Tempere a cultura de sua empresa com as manifestações populares.

As demais comunicações científicas abordaram questões diversas: A nova abrangência da folkcomunicação, do prof. Roberto Benjamin; Comunicação e crença: mitos e rituais, da pesquisadora pernambucana Betânia Macielj Congado: um passado no presente, da professora e musicóloga mineira Terezinha Araújoj Mito, mitologia e mitificação, da professora Carmen Lúcia José.

Música, dança e artesanato

Apresentações artísticas e feira de artesanato complementaram a programação da II Conferência Brasileira de Folkcomunicação. Grupos folclóricos de São João del-Rei e de cidades da região exibi-ram manifestações de folia-de-reis, folia-do-divino, pastorinhas, dança das fitas, moçambique, folia-de- são-sebastião e congado, no exube-rante largo da Igreja de São Francisco.

No mesmo local, os participantes assistiram, ao lado de centenas de são-joanenses, à Seresta Colonial. Da janela da Casa da Inconfiden-te Bárbara Heliodora, hoje sede da Secretaria Municipal de Cultura, donzelas vestidas com trajes de época suspiravam ao ouvir modinhas

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mineiras entoadas por cantores e músicos do Conservatório Estadual de Música Padre José Maria Xavier.

Música, aliás, foi o que não faltou durante o evento. Na noite de quinta-feira, o Coral da Fumei, sob a regência do maestro Néri Contim, arrancou aplausos do público que compareceu ao Teatro do Campus Santo Antônio, com um repertório que incluía desde clássicos do cancioneiro popular brasileiro a músicas indígenas.

O mesmo teatro abrigou também um dos momentos mais emo-cionantes da II Folkcom, no dia 13, à noite. Em um caso raro de íntima comunhão entre artista e platéia, o coral da. Família Alcântara, grupo da cidade mineira de João Monlevade que reúne integrantes de uma mesma família, desde bebês à matriarca dona Filomena (com mais de noventa anos de idade) mostrou toda a força e beleza do sincretismo cultural afro-brasileiro.

Na sessão de encerramento, após uma avaliação muito positiva do Folk-com 99, o diretor da Cátedra Unesco-Umesp, prof. José Marques de MeIo, anunciou o início da pesquisa de Imagens Midiáticas do Carnaval dos 500 anos do Brasil, que estará sendo coordenada por ele e pelos professores Joseph Luyten e Samantha Castelo Branco, do Curso de Pós-Graduação em Comunicação Social, da Umesp. Em seguida, os professores Severino Lucena e Osvaldo Trigueiro, da Universidade Federal de Paraíba (UFPB), apresentaram a proposta da III Folkcom, programada para o período de 26 a 29 de junho de 2000, em João Pessoa (PB).

Como não poderia deixar de acontecer, o II Folkcom terminou com o que há de mais típico da cultura popular são-joanense: as procissões. Fiéis de todas as idades percorreram as ruas da cidade, no dia 14, na procissão de Nossa Senhora da Boa Morte e, no dia 15, na festiva caminhada em louvor a Nossa Senhora da Glória. Novamente a música deu o tom

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ora de lamento, ora júbilo

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às celebrações religiosas, através da Lira Sanjoanese, orquestra que, ao lado de sua congênere, Ribeiro Bastos, em mais de duzentos anos de atuação contínua, anima os corações da cidade de São João deI-Rei.

Guilherme Jorge de Rezende Doutor em Comunicação Social pela Umesp, professor do Departamento de Letras, Artes e Cultura da Fundação de Ensino Superior de São João DeI-Rei (Fumei) e coordenador executivo da 11 Folkcom.

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Grupo

Comunicacional

de São Bernardo: presença marcante no Intercom99

Os pesquisadores que integram o Grupo Comunicacional de São Bernardo, constituído por docentes e alunos da Faculdade de Ciências da Comunicação e da Cultura (Facom), da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp), tiveram presença destacada no XXII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, promovido pela Intercom, na cidade do Rio de Janeiro, no período de 5 a 8 de setembro de 1999. Uma equipe de quarenta pessoas, constituída por estudantes e alguns professores, viajou em ônibus especial, financiado pelo Fundo de Apoio à Pesquisa e Extensão (Fundac), recentemente instituído pela reitoria da Umesp.

Trata-se do mais importante evento nacional da comunidade acadêmica de comunicação, este ano sediado no campus Piedade da Universidade Gama Filho, com o apoio das principais agências de fomento científico

- Capes-MEC, CNPq, Finep e Fapesp, além da

Academia Brasileira de Letras, e o patrocínio de empresas como o Grupo Pão de Açúcar e Chocolates Garoto, bem como a Fundação Educar D'Paschoal.

A Facom-Umesp conquistou um prêmio nacional e vários tro-féus como finalista das competiçôes destinadas a estudantes de gra-duação e pós-graduação. Inscreveu ainda vinte comunicaçôes cien-tíficas, produzidas pelo seu quadro de pesquisadores das ciências da comunicação.

Graduação

A equipe liderada pela aluna Melaine Silva, sob orientação do prof. dr. Paulo Rogério Tarsitano, foi vencedora do Prêmio Expocom 99 na categoria Publicidade e Propaganda, com uma campanha publi-citária desenvolvida para a AACD. A Facom-Umesp inscreveu setenta trabalhos na 6" Expocom (Exposição da Pesquisa Experimental em Comunicação), figurando em quinto lugar no ranking das universidades que participaram dessa competição acadêmica. Daquele total, quinze trabalhos foram selecionados como finalistas nas seguintes categorias: jornal laboratório, telejornal, audiovisual, marketing cultural, anúncio impresso, campanha de promoção, campanha publicitária, cartaz, filme publicitário, outdoor, pesquisa mercadológica e spot.

A Facom-Umesp também classificou quatro trabalhos no VIII Iniciacom (Seminário de Iniciação Científica em Comunicação): Cober-tura da eleição presidencial de 1998 por jornais online do Mercosul-pesquisa orientada pelo prof. Antonio de Andrade; A questão do

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gê-nero e a profissão de relações públicas - pesquisa dirigida pela profa. Márcia Perecin Tondato; Televisão: novos parâmetros educacionais

-estudo conduzido pelo prof. José Antonio Danielo; e Teledifusão comunitária via tevê a cabo - projeto supervisionado pela profa. Rosemeire Fernandes.

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Pós-graduação

Na área de pós-graduação, a Facom-Umesp recebeu troféus do Prêmio Intercom nas seguintes categorias:

Jornalismo

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conquistado pela tese de doutorado Perfil editorial do telejornalismo brasileiro, de autoria de Guilherme Rezende, orien-tada pelo prof. dr. José Marques de MeIo;

Publicidade e Propaganda

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obtido pela dissertação de mes-trado A comunicação política em cidades de portes diferenciados, de autoria de Elaide Martins da Cunha, orientada pelo prof. dr. Gino Giacomi Filho;

Rádio e Televisão

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recebido pela dissertação de mestrado Um estudo das telenovelas exportadas, de autoria de Márcia Perencin Tondato, orientada pela profa. dra. Anamaria Fadul.

Outro destaque da instituição foi a presença do prof. dr. Isaac Epstein, decano do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social (PósCom) e diretor-adjunto da Cátedra Unesco-Umesp, como fina lista do Prêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação, na categoria Maturidade Acadêmica.

Além das premiações, a Facom-Umesp registrou comparecimen-to significativo da sua equipe de pós-graduação ao debate intelectual convocado pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, entidade promotora do mega-evento denominado Intercom 99.

Nos eventos pré-congresso, a profa. dra. Cicilia Peruzzo, coor-denadora do curso de mestrado, participou do VI Pós-Com - Semi-nário sobre as Tendências da Pesquisa em Comunicação nos Cursos de Pós-Graduação, integrando o painel O futuro dos cursos de mestrado em Comunicação no Brasil.

Coordenação de eventos

O principal evento do congresso, o XXII Cecom (Ciclo de Es-tudos Interdisciplinares da Comunicação), dedicado ao tema lnforma-tização, mídia e sociedade

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Paradoxos das comunicações no mundo

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Por sua vez, o 11 Encontro de Professores de Comunicação e Novas Tecnologias foi coordenado pelo prof. dr. Sebastião Squirra e o GT de Ensino de Comunicação, pela profa. Kathy Nassar, caben-do ao prof. dr. Acaben-dolpho Queiroz a coordenação do VIII Seminário de Iniciação Científica em Comunicação, à profa. dra. Cicilia Peruzzo, a coordenação do IV Seminário de Inovações Científicas em Comunicação, aos professores dr. Paulo Rogério Tarsitano e Celso Falasci, a coordenação da 6' Exposição Experimental da Pesquisa em Comunicação e ao prof. dr. José Marques de Meio, a coordenação do 11 Prêmio Luiz Beltrão de Ciências da Comunicação.

Lançamento de livros e revistas

Na sessão de lançamentos editoriais, realizada na noite do dia 5 de setembro, no campus da Universidade Gama Filho, participaram ou se fizeram representar os seguintes professores, alunos e ex-alunos da Facom-Umesp:

José Marques de Meio

-

cordenador da coletânea Pensamento Comunicacional Brasileiro: o grupo de São Bernardo (Editora da Umesp), autor de artigos incluídos nas coletâneas Vinte anos de ciên-cias da comunicação no Brasil (Editora da Unisanta) e Globalização e regionalização das comunicações (Edusp/UFS) e diretor das publi-cações Comunicação & Sociedade (PósCom-Umesp) e Revista Brasi-leira de Ciências da Comunicação (Intercom);

José Salvador Faro - autor do livro Revista Realidade

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1966-1968: tempo de reportagem na imprensa brasileird' (Editora da Ulbra) e um dos co-autores da coletânea Vinte anos de ciências da comuni-cação no Brasil (Editora da Unisanta);

José Carlos Aronchi, Davi Betts e Sebastião Squirra

- co-autores

do livro A interdisciplinartdade na comunicação: pesquisa &proftssio-nalização (Editora AbreOlho);

Sandra Reimão e Waldemar Luiz Kunsch - editores da revista Comunicação & Sociedade;

Adolpho Queiroz e Fernando Almeida

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coordenadores da cole-tânea Comunicação e mudanças sociais (Editora da Unimep);

Edgar Rebouças

-

autor de artigo incluido na coletânea A

tele-visão na era da globalização (Editora Inamá);

Samantha Castelo Branco - co-organizadora da coletânea Pen-samento comunicacional brasileiro: o grupo de São Bernardo (Editora da Umesp);

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Antônia Clarice de Medeiros

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autora do livro A violência no cotidiano das crianças

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a televisão e a influência dos super seres:

heróis, heroinas, vilões e vilãs (Editora AbreOlho);

Patrícia Kay

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autora do livro O desafio da comunicação nos

movimentos sociais: a utilização da mídia pelas ONGs (Editora AbreOlho):

Comunicações científicas

Contudo, a principal contribuição da Facom-Umesp ao Intercom 99 foi o conjunto de vinte comunicações científicas de autoria dos pesquisadores do PósCom - Programa de Pós-Graduação em Comu-nicação Social, seleciona das pelos comitês acadêmicos para apresen-tação e debate durante as reuniões dos Grupos de Trabalho (GTs) de Ciências da Comunicação.

A lista dessas comunicações, de acordo com a ordem em que estiveram anunciadas no programa do congresso, é a seguinte:

Experiência de uma revista virtual

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Maurício Gasparotto (mes-tre) e Arlete Prieto dos Santos (mestranda);

Interdisciplinaridade: o pensado e o vivido - de sua necessidade

às barreiras enfrentadas

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Adriana Paes de Barros (doutoranda); Olhos de jornalista: o jornalismo de Barbosa Lima Sobrinho

-Rosemary Bars (mestre);

Instituições sem fins lucrativos e o atributo comunicacional -Sérgio Sanches Marin e Daniel Galindo (doutorandos);

A pesquisa de marketing como apoio à propaganda das empresas de pequeno porte

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lara Lúcia Cardoso Alves Rangel (mestre);

Programação jornalística 24 horas por dia: o pioneirismo da CBN -Nivaldo Marangoni (mestre);

IV Cultura: a saúde como prioridade da tevê pública - Simone Bortoliero (doutora);

A divulgação da ciência, segundo estudantes de 20. grau -Ademir Pereira da Cruz Júnior (mestrando);

Telenovela: de gata borralheira à cinderela midiática

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José Marques de Meio (professor-doutor);

Telenovela e família no Brasil

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Anarnaria Fadul (profesora-c!outora); IV Senado: uma tentativa de transmissão democrática - Maria Érica de Oliveira Lima e Eula Dantas Taveira (mestrandas);

Análise das eleições presidenciais de 1998 através do projeto integrado em comunicação

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Samantha Castelo Branco (doutoranda), Jessica OrIandi e Vanessa Casalino (bolsistas de iniciação científica);

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Projeto pedagógico do jornal

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laboratório Comunitau

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Ângela da Costa C. Loures Merkz (doutoranda);

A influência da evolução dos meios de comunicação nas carac-terísticas da linguagem do anúncio impresso - Elizabeth Moraes Gon-çalves (professora-doutora)

Alô Pantanal - Wilson Corrêa da Fonseca ]unior (mestre); Relações públicas com a comunidade: uma agenda para o século XXI

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Cicilia M. Krohling Peruzzo (professora-doutora);

Divulgação científica interativa: impacto de novos modelos de publicações científicas sobre o sistema de divulgação da ciência e tecnologia e proposta de implantação de uma revista eletrônica de

jornalismo científico

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Mônica Macedo (doutoranda);

Televisão comunitária de Santa Bárbara d'Oeste

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Adolpho

Queiroz (professor-doutor);

O controle na tevê

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Ana Carolina Rocha Temer (doutoranda),

Marcia Perencin Tondato (mestre) e Marli dos Santos (mestre); O futebol-arte de Telê Santana no jornalismo esportivo de Arman-do Nogueira - Luciano Victor Barros Maluly (mestre);

Nova diretoria da Intercom

Cabe destacar, ainda, o privilégio concedido à Facom-Umesp, pelo corpo de associados da Intercom, a sociedade científica que reúne os pesquisadores e professores da área, ao eleger três dos seus docentes para integrar a próxima diretoria da entidade, no triênio 1999-2002: profa. dra. Cicilia M. Krohling Peruzzo (presidente), prof. dr. Paulo Rogério Tarsitano (vice-presidente) e prof. dr. Sebastião Squirra (diretor de relações internacionais).

A Intercom é uma sociedade civil sem fins lucrativos, que in-tegra a rede de sociedades científicas capitaneada pela SBPC (Soci-edade Brasileira para o Progresso da Ciência), representando o Brasil nos fóruns internacionais de ciências da comunicação: IAMCR (as-sociação mundial), Alaic (associação latino-americana) e Lusocom (federação lusófona).

José Marques de Meio Diretor da Faculdade de Ciências da Comunicação e da Cultura e coordenador do Curso de Pós-Graduação em Comunicação Social da Umesp.

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